domingo, 16 de janeiro de 2011
BC põe fim ao monopólio do consignado
O Banco Central proibiu ontem que instituições financeiras criem qualquer tipo de contrato que restrinja ou impeça o acesso de clientes a operações de crédito ofertadas por concorrentes. A medida vale para todos os tipos de crédito, mas o caso mais evidente é o do crédito consignado - aquele que conta com taxas mais baixas para o consumidor porque tem garantia quase total de que será honrado.
Além de estimular a eficiência do setor, o BC espera a redução do spread - a diferença entre a taxa captada pelos bancos e a cobrada aos clientes.
A exclusividade no consignado é mais fácil de ser detectada. Muitos convênios assinados para repassar a folha de pagamento de servidores entre bancos e prefeituras, por exemplo, eram condicionados a esse monopólio. 'A exclusividade pode acarretar desvantagens ao cliente, pois ele não tem a possibilidade de escolher a taxa mais barata', explicou o procurador do BC, Isaac Ferreira.
A vedação põe fim a uma novela que atinge há anos milhares de clientes, principalmente de servidores públicos. Antes da decisão, o BC e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) viviam um impasse sobre suas atribuições no âmbito da concorrência do setor financeiro. Essa indefinição deixava em suspenso a avaliação de denúncias contra alguns bancos.
É o caso da acusação feita em junho do ano passado pela Federação dos Servidores Públicos Municipais e de 11 Estados, a Fesempre. A entidade revelou que o Banco do Brasil detinha o monopólio na concessão de consignado aos órgãos em que é responsável pela folha de pagamento.
Punições. Até agora, o episódio da Fesempre não foi avaliado porque Cade e BC não se entendiam sobre a quem competia a função. Depois de parar na Justiça, o BC assumiu a responsabilidade. A decisão, no entanto, vale apenas a partir de agora e os contratos existentes não serão considerados ilegais. Quem descumprir as novas normas, porém, pode ser punido, desde advertência e multa até o cancelamento da inscrição do banco no BC.
O advogado que representa a Fesempre, Vicente Bagnoli, afirmou que continuará com seu processo no Cade, mas o procurador do BC deixou claro que caberá à autoridade monetária o acompanhamento de casos desse tipo. 'O BC tem hoje a segurança jurídica de que é a entidade competente para regular e dispor sobre condições de concorrência entre os bancos', disse Ferreira.
Em agosto de 2010, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou um caso sobre a competência do BC e do Cade. A interpretação da sentença do STJ, porém, foi diferente para as instituições. O BC utilizou o processo para começar a atuar de fato na área. O Cade vê com restrições o ganho de causa concedido ao BC. O acórdão ainda não foi publicado e poderá ser decisivo.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Dez anos depois, apagão ainda ensina a poupar luz
Há quase 10 anos, o Brasil entrava em um programa forçado de economia de energia que durou nove meses. A população, assustada, foi obrigada a reduzir seus gastos em 20%. O racionamento ou apagão — como foi apelidado — mudou definitivamente os hábitos e a política energética. O consumidor amadureceu. Conheceu o conceito de eficiência, adotou selos que classificam equipamentos, mudou a iluminação da casa e aboliu o desperdício.
O País voltou a investir em geração, linhas de transmissão e diversificou as fontes de energia. Hoje, o sistema interligado nacional é predominantemente baseado na hidroeletricidade, mas conta com usinas termelétricas suficientes para compensar períodos de baixa nos reservatórios. Além disso, as energias novas e renováveis, como eólica (ventos) e biomassa (bagaço de cana) ganham cada vez mais espaço na matriz.
Como pode ser lido na pági na anterior, o País tem energia suficiente para suportar crescimento de 7% ao ano até 2014. “Temos folga de 5 mil megawatts, porque a projeção de crescimento é de 5% ao ano”, diz o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
O consultor Sérvulo Mendonça, da Insigne, que fornece soluções financeiras, afirma que o consumo é determinante. “Nós sempre analisamos como o cliente está lidando com esse serviço. Aqui, adotamos almoço coletivo. Fechamos tudo às 12h e voltamos às 13h. Também abolimos trabalho no fim de semana. O custo da estrutura não compensa” explica. Para economizar, a empresa tem 15 funcionários internos e 30 fora. “Substituímos antigos computadores. Economizamos 10% da conta. Um cliente nosso tinha três linhas de produto: massa, pizza e pastéis. A energia era medida por relógio e colocamos um para cada linha. Descobrimos que o pastel não compensava. Economia gera emprego: organizar o almoço em fábrica de 1 mil trabalhadores pode gerar sobra para mais cinco funcionários”, diz Sérvulo, para quem o brasileiro aprendeu a usar energia.
Para quem não viveu o medo do corte da energia nos dias de apagão de 2001
Por conta da falta de investimento em novas geradoras e linhas de transmissão, logo após a retomada do crescimento da economia na fase pós-Plano Real, o consumo de energia voltou a crescer, mas não havia reservatórios suficientes nas hidrelétricas para suportar a alta
Em 1º de junho de 2001,foi dado início ao programa de racionamento que instituiu cotas de redução de gasto para cada consumidor, sujeito a multa (sobretaxa) e corte, se ultrapassasse a teto. Com base no consumo do ano anterior, cada um deveria deixar de gastar 20%.
Para consumo de 51 e 100 kWh/mês, a sobretaxa era o valor do excedente em dobro. No mês seguinte, era de quatro vezes o valor da tarifa.
Nova superação da cota tornava o gasto em excesso seis vezes mais caro. Entre 101 e 500 kWh, o excedente era multiplicado por cinco, no primeiro mês; por 10, no segundo; e 15, no terceiro.
Entre 501 e 1.000 kWh, pagavam 10 vezes mais sobre o excedente no primeiro mês; 20 vezes no segundo; e 30, no terceiro.
Em 1º de março de 2002, o racionamento foi oficialmente extinto, mas efeitos ficaram. Reajustes foram estratosféricos, distribuidoras de energia tiveram prejuízo e empresas demitiram.
Mas o País aprendeu, em plena crise, a reduzir o consumo. O brasileiro passou a conhecer quanto cada equipamento gastava, adotou selos de eficiência energética, comprou (de vez) a ideia das lâmpadas fluorescentes e descartou o stand-by dos aparelhos.
Preocupação agora é com televisores
Chefe da Divisão de Eficiência Energética em Equipamentos da Eletrobrás, Rafael David afirma que hábitos do racionamento ficaram: “Trocaram lâmpadas incandescentes por novas, fluorescentes. Isso se refletiu na indústria: as incandescentes vão desaparecer até 2016. Os consumidores fizeram a opção, e o mercado se desenvolveu. Elas são mais eficientes, iluminam mais, duram mais e consomem menos energia”.
Ele acrescenta que o freezer não tem mais a presença que tinha nas casas. “As pessoas perceberam que não precisavam mais desse aparelho, que estava muito associado à inflação”, lembra. “Agora, nós analisamos os novos equipamentos. Desde 1999, tivemos uma redução de 26% do consumo de energia do refrigerador. O aparelho de uma porta gastava 34 KWh por mês. Hoje, um consome 25 KWh. O ar-condicionado de 7.500 BTUs teve 32% de redução de 1998 para cá. A indústria nacional evoluiu muito”, observa o especialista.Segundo Rafael David, o consumo tem crescido muito com a quantidade de tevês de LCD e Plasma. “Antes, a gente tinha telas de 20 polegadas. Agora, a média está em 42. Lançamos etiqueta de eficiência para o stand-by das tevês antigas, que caiu de 6 watts para 1 watt por hora. Agora, vamos fazer isso com os novos televisores”, promete.
DICAS DO PROCEL E DA ANEEL PARA ECONOMIA DE ENERGIA
HORÁRIO DE PICOSe possível, deve-se usar aparelhos elétricos fora do horário de pico (18h às 21h).
SELO DE EFICIÊNCIA
Os mais eficientes ganham o Selo Procel. Na hora da compra, escolha-os.
TEMPO DE BANHO Reduzir tempo de banho. Economizar água também é importante.
VIAGENSDesligar chave geral.
ALERTATomadas quentes são sinônimo de desperdício. Deve-se evitar benjamins.
AQUECIMENTO SOLARAo comprar um, dimensione adequadamente o sistema (coletores e reservatórios) para a quantidade de água que será utilizada na casa.AR-CONDICIONADORepresenta um terço do consumo de energia da casa. Dimensionar adequadamente o aparelho para o tamanho do ambiente.
LÂMPADASSubstituir lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas ou circulares na cozinha, área de serviço, garagem — espaços que fiquem com luzes acesas mais de 4 horas por dia. Uma lâmpada fluorescente de 40 Watts ilumina mais que uma incandescente de 150 Watts. E dura 10 vezes mais.
SENSORES DE PRESENÇA
Nos corredores externos, utilize sensores de presença que se acenderão somente quando houver circulação.
COMPUTADORESUm computador ligado durante uma hora/dia consume 5,0 kWh/mês. No decorrer de um ano, a economia de desligar durante essa hora será de 60 kWh — e deixa de lançar na atmosfera 18 Kg de CO2, volume correspondente ao de um carro movido a gasolina que percorre 120 km. O consumo com impressora e estabilizador durante uma hora por dia por 30 dias é de 3,6 kWh. Usar o notebook 3 horas por dia durante 30 dias consome 6,75 kWh.
CELULARES E CÂMERAS Nunca deixar seu aparelho “dormir” carregando. Para câmeras digitais que não não usam pilhas, aplica-se a mesma regra do celular. Só carregar o tempo sugerido no manual.
BOILER E AQUECEDOR
Instalar perto dos pontos de consumo. Isole adequadamente as canalizações de água quente. Nunca ligue o aquecedor à rede elétrica sem ter certeza de que ele está cheio d’água.
GELADEIRAS E FREEZERS
Instalar em local bem ventilado, longe do fogão, aquecedores e áreas expostas ao sol. Deixar espaço mínimo de 15 cm dos lados, acima e no fundo do aparelho, em caso de instalação entre armários e paredes. Não abrir a porta sem necessidade ou por tempo prolongado. Não guardar alimentos e líquidos quentes, nem em recipientes sem tampa. Não forrar prateleiras da geladeira (dificulta a circulação de ar). Fazer o degelo periodicamente para evitar que se forme camada de gelo.
TELEVISÃO Desligar o aparelho se não tiver ninguém assistindo. Evite dormir com a televisão ligada. Se tiver recursos de programação, use o timer. Telas de LCD consomem menos energia que as de Plasma. Nunca desligar a TV só no controle remoto. STAND-BYO consumo de aparelhos em stand by pode representar 12% do gasto doméstico de energia.
MÁQUINA DE LAVAR ROUPAEconomiza-se água e energia elétrica lavando de uma só vez a quantidade máxima de roupa indicada pelo fabricante. Usar a dose certa de sabão do manual para evitar repetir operações de enxágue. Limpar o filtro.
FERRO ELÉTRICO
Evitar ligar nos horários em que muitos outros aparelhos estejam ligados. Juntar sempre a maior quantidade de roupa possível e passar todas de uma vez.
CHUVEIRO ELÉTRICO
Evitar seu uso no horário de maior consumo de energia, ou seja, o horário de pico (18h às 21h). Quando não estiver fazendo frio, deixar a chave na posição “verão”.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Trabalhador deve conhecer políticas da empresa para requerer reajuste no momento ideal
Conquistar um aumento espontâneo de salário não é tão difícil como pode imaginar boa parte dos trabalhadores. Atualmente, as empresas adotam, sim, política de reajuste ou de promoção de cargos, apontam especialistas do mercado. No entanto, se você está pensando em pedir um aumento, é importante saber que existem algumas regras básicas a serem seguidas, para não se decepcionar diante de uma resposta negativa das chefias.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ), Paulo Sardinha destaca que, muitas vezes, o trabalhador cria expectativa em receber um aumento e, quando isso não acontece, ele passa a ter uma reação negativa no trabalho.
MOMENTO CERTO“Geralmente, o funcionário cria uma expectativa de reajuste, que nem sempre se confirma. Então, ele fica aborrecido, de mau humor, o que se reflete no trabalho e até mesmo na relação com o chefe e demais colegas”, afirma.
Para que isso não ocorra, Sardinha diz que há situações oportunas para pedir reajuste: “Quando a empresa encontra-se diante de uma boa notícia, como ter conseguido atingir uma meta ou fechado um novo contrato”.No entanto, segundo ele, o primeiro passo é o trabalhador fundamentar o seu pedido. Fazer uma lista, avaliando por que está pedindo o reajuste e observando critérios, como qual contribuição dá para a empresa, qual responsabilidade tem naquela função e o tempo e a solidez no emprego, entre outros pontos. “Só então, conversar com o chefe e, após a concordância deste de que o pedido é plausível, discutir um valor”, acrescenta o vice-presidente da ABRH-RJ.
O que fazer ou evitar na abordagemNa hora de pedir um aumento de salário, o profissional deve avaliar não apenas se executa bem as suas tarefas, mas no quanto ele agrega valor à empresa.
Marcar uma conversa com o superior imediato e evitar que o encontro ocorra de forma desordenada.
Evitar marcar a reunião na frente dos outros colegas: pode parecer pressão sobre o chefe.
Conhecer bem a política salarial da empresa.
Evitar argumentações como estar ganhando pouco ou que trabalha mais dos que os outros.
Conversa franca é o caminho
Obter o reconhecimento profissional — revertendo em aumento salarial ou promoção — é o que desejam todos os profissionais. No entanto, para alcançar essa conquista, o funcionário deve se dedicar ao trabalho, qualificar-se, para assim buscar novas oportunidades dentro ou fora da empresa.
Há 14 anos trabalhando na Casa Rio Minho Materiais de Construção — Rede Construir, Lídio Severino Teles, 36 anos, recebeu um aumento salarial no fim do ano passado. Ele disse acreditar que a empresa reconheceu sua dedicação ao trabalho ao longo dos anos.
“Comecei a minha vida profissional aqui com 22 anos. Fui crescendo junto com a empresa. Depois, recebi uma proposta para mudar de emprego e avisei ao meu chefe. Ele pediu para eu avaliar se valia a pena trocar o tempo de serviço que tinha na casa e aguardar um pouco até receber um aumento. Foi uma conversa franca, jogo aberto e, mais adiante, conquistei o reconhecimento”, contou.
Nem sempre barganhar um aumento, afirmando ter uma proposta de emprego, é a melhor saída. Os especialistas recomendam uma conversa aberta entre funcionário e chefe para descobrir o melhor caminho para se obter um reajuste salarial.
Foi o que fez Elaine Leite. Supervisora de Departamento Pessoal SH Fôrmas, empresa de formas de concreto e escoramento metálicos, há cerca de seis meses, ela tomou a iniciativa de procurar seu chefe para saber o que poderia fazer para obter um aumento de salário. Recebeu a orientação de que o caminho seria executar novas tarefas. Assim ela procedeu, e o aumento veio naturalmente.
“Geralmente, o funcionário espera ser reconhecido apenas pelo que ele faz, sem procurar saber se essa é a mesma visão do seu superior. E, quando recebe uma negativa, ele se sente injustiçado. A conversa tem que ser baseada no que ele pode fazer para merecer ganhar mais”, descreve Elaine.
Diretora de Recursos Humanos da Rio Minho, Michele Silveira diz que hoje as empresas investem mais no capital humano, capacitando, qualificando e reciclando seus funcionários. E gastam com isso. “A valorização do trabalhador é importante para as empresas. E mantê-lo no emprego também”, acrescenta a executiva.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Nova camisa da Seleção Brasileira vaza na Internet
A nova camisa que será utilizada pela Seleção Brasileira ao longo de 2011 vazou na Internet. O site australiano da Nike, fornecedora de material esportivo da equipe, se antecipou e já está vendendo o modelo em seu site.Em contato com o Terra, a empresa confirmou que a camisa divulgada pelos australianos será usada pelos comandados de Mano Menezes. O lançamento oficial será realizado no dia 31 de janeiro, no Rio de Janeiro.A principal novidade é a presença de uma listra verde no peito. A explicação da Nike é que ela simboliza um "escudo", que protegerá os "guerreiros" da Seleção. A estreia da camisa será no dia 9 de fevereiro, no amistoso contra a França, em Paris.O primeiro rival do Brasil no ano, aliás, também acertou parceria com a empresa e estreará o modelo no duelo. O site australiano da empresa também divulgou imagens da suposta nova camisa, mas, segundo a Nike, este não é realmente a peça que vestirá a seleção europeia.A nova camisa do Brasil será utilizada ao longo de 2011, com destaque para a Copa América, principal competição do ano para a equipe. No site da Nike na Austrália, o modelo está sendo comercializado por 140 dólares australianos, o equivalente a cerca de R$ 233.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
INSS:Governo reservou R$ 2,5 bilhões para atrasados de quem sofreu perdas em 1998 e 2003
O governo reservou quase o dobro do anunciado para pagar os benefícios de aposentados e pensionistas do INSS que contribuíam acima do teto previdenciário e sofreram perdas com as mudanças na legislação previdenciária em 1998 e 2003. Até dezembro, falava-se em R$ 1,5 bilhão para arcar com as diferenças de 154 mil pessoas, mas o Orçamento 2011 tem R$ 2,5 bilhões para ressarcir esses segurados que foram prejudicados pelas emendas constitucionais 20/1998 e 41/2003.
Esse pessoal sofreu o impacto das emendas que alteraram o teto à época, mas os valores não foram repassados aos segurados, que terão direito a reajuste de até 39,35% este ano nas aposentadorias e pensões. Os atrasados referentes a cinco anos podem atingir R$ 50 mil em alguns casos. Ainda não se sabe se essa sobra de dinheiro vai beneficiar mais pessoas com a revisão do benefício ou elevar o valor dos atrasados. A média das indenizações, segundo o governo, é de R$ 10 mil por segurado.
Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a decisão que reconhece o direito à revisão e ao pagamento dos atrasados. O INSS, que é o maior “cliente” da Justiça, pretende evitar uma corrida aos tribunais. Carlos Gabas, então ministro da Previdência, anunciou que o governo vai efetuar o pagamento de forma administrativa, sem que os aposentados e pensionistas precisem apelar para o Judiciário.
A Previdência aguarda apenas a publicação do acórdão do Supremo para anunciar os termos do acordo administrativo, que pode seguir modelo adotado para pagar as diferenças do Índice de Reajuste do Salário Mínimo para os aposentados de 1994 a 1997, em 2004. Para pequenos valores, o pagamento foi feito em uma só vez. Para os maiores, o governo estipulou parcelas. Quem aceitou recebeu no contracheque. Aqueles que não concordavam com os termos foram à Justiça e ganharam, porque o INSS não recorreu.
Segundo o Supremo, a publicação do acórdão poderá sair em menos de um mês, logo após a reabertura das atividades, marcada para 1º de fevereiro. Até dezembro de 2010, cinco dos 10 ministros já haviam enviado as peças com os votos revisados. Agora, só faltam as cinco restantes. Esse é um procedimento burocrático usual para a publicação. Os ministros precisam analisar e aprovar o texto final antes de encaminhá-lo à publicação.
Para alguns, revisão pode ir a R$ 989O Boletim Estatístico da Previdência do ano passado apontava que 236 mil pessoas recebiam aposentadorias ou pensões de R$ 2.701 do INSS. O benefício desse pessoal hoje é no valor de R$ 2.874,13, com o reajuste de 6,41%, em vigor desde 1º de janeiro.
Parte desse grupo terá direito a um aumento de R$ 989 para chegar a R$ 3.689,66, teto atual, quando o acordo do governo for anunciado, após a publicação do acórdão. Isso porque nem todos tiveram benefícios concedidos no período contemplado pelas emendas 20 e 41. Pelas contas do economista do Ipea Marcelo Caetano, pelo menos 47 mil pessoas podem ganhar a revisão.
Trabalhadores eram limitados a teto
A lógica que deu ganho de causa ao autor da ação no Supremo Tribunal Federal e que vai beneficiar todos os segurados na mesma condição é com base na contribuição que os trabalhadores faziam ao INSS. No caso específico da ação, segurado contribuía sobre salário de R$ 1.500, mas foi aposentado com teto menor, de até R$ 1.081.51, porém um outro limite de benefício foi instituído pela Emenda Constitucional 20, de 1998: R$ 1.200. Assim, essa pessoa que foi limitada a R$ 1.081,51 de teto teria o direito de chegar aos R$ 1.200, mas não chegou até ele.
Em 2003, a EC 41 instituiu o teto de R$ 2.400, ante o vigente de R$ 1.869,34. Gerou novo passivo. Para saber se tem direito à revisão, o segurado precisa verificar se sua carta de concessão diz “limitado ao teto”. A diferença no benefício mensal pode ultrapassar R$ 700 hoje.
A decisão do Supremo reconheceu que quem tinha contribuição superior ao teto deveria ter o benefício corrigido pelo novo e obrigou o INSS a pagar os atrasados. Há segurados que aguardam a revisão há mais de 20 anos. São aposentadorias de 1988 a 2003, pensões herdadas e todos os benefícios limitados pelo teto menor.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
sábado, 15 de janeiro de 2011
FGTS tem o pior rendimento em 43 anos
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) teve, em 2010, o pior rendimento desde a sua criação, há 43 anos. A correção no período foi de 3,6189%, somando o juro de 3% anuais mais a TR (Taxa Referencial), que é usada na atualização do fundo e ficou em 0,6009%.
Esse rendimento ficou abaixo da inflação, que acumulou 5,92% no ano passado, de acordo com o IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo), pesquisado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso mostra que como aplicação financeira, o fundo teve uma perda de R$ 4,9 bilhões para a inflação.
Os cálculos são do Instituto FGTS Fácil, que defende a substituição da TR por um índice de inflação como o IPCA para que seja feita a atualização monetária do fundo. Caso o rendimento usasse o indicador inflacionário do IBGE, esse seria de 8,7981%, que mostra uma perda de R$ 15,3 bilhões na comparação com o que o FGTS teve de rendimento em 2010.
Mario Avelino, presidente do Instituto, diz que "o rendimento do FGTS perde até para a poupança, que usa a TR também como fator de correção". A caderneta rende 6,17% mais TR.
- O trabalhador contribui socialmente com metade da poupança por deixar de ter uma correção maior para o fundo.
O FGTS passou a ser corrigido pela TR desde 1990 durante a gestão de Fernando Collor como um índice para atualizações monetárias. Até 1999 ele rendeu mais do que a inflação, o que beneficiava o fundo e as cadernetas de poupança, mas prejudicava quem tinha financiamento para a compra de casa própria que usava a taxa para corrigir as parcelas. Porém, a partir desse ano foi adotado um redutor para a taxa referencial, o que o fez perder sua rentabilidade.
Segundo o Instituto, as perdas geradas pela TR de 2002 a 2010 em relação ao IPCA são de R$ 72,7 bilhões, o equivalente a 37,30% de redução nos ganhos.
De acordo com Avelino, a forma para os trabalhadores reaverem essa perda é entrar na Justiça contra a Caixa Econômica Federal - que é quem administra o fundo - para pedir a correção da aplicação da TR.
No Senado e na Câmara do Deputados tramitam projetos de lei para mudar o rendimento do FGTS. Uma dessas matérias é de 2008 e pede a substituição da TR pelo IPCA, além da progressividade de taxa de rendimento de 3% para 6%, como ocorria até 1971. O texto já foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais no Senado e atualmente está parado na Comissão de Assuntos Econômicos.
Controle
A partir do dia 17, o trabalhador poderá acompanhar o saldo de seu FGTS e os depósitos feitos pela empresa que trabalha. O Instituto FGTS Fácil vai oferecer a ferramenta que garantirá o acesso aos dados do fundo, chamado de Sistema FGTS de Saldo Devido.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Prefeita Micarla continua em São Paulo se recupera de cirurgia cardiaca
A prefeita de Natal Micarla de Sousa segue em recuperação no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo Após ser submetida a uma cirurgia cardíaca, na última quarta-feira (12),o seu estado de saúde é estável. Ontem(14), a gestora foi autorizada pela equipe médica a fazer pequenas caminhadas. O cardiologista Roberto Kalil Filho ainda não informou qual a previsão de alta da prefeita e quando ela estará autorizada para retornar ao comando do executivo da capital.no seu apartamento a prefeita recebeu a visita da sua mãe dD.Miriam que ficou muito feliz com o estado de saúde da sua filha que está reagindo muito bem.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Caixas eletrônicos: mais sujos que banheiro público
Depois de usar o caixa eletrônico, lave as mãos. Uma pesquisa feita na Inglaterra constatou que as máquinas de atendimento automático de bancos são tão sujas e cheias de germes quanto vasos sanitários de banheiros públicos. Os pesquisadores analisaram amostras da superfície de caixas de lugares movimentados como supermercados, postos de gasolina, agências bancárias e shoppings, e compararam com privadas dos mesmo locais.
Bactérias como a pseudomonads e a bacillus, que podem causar diarreia, foram encontradas em todas as amostras dos caixas. O fato impressionou os cientistas, que afirmaram ter encontrado traços de muitas outras no teclado da máquina e também em telefones públicos, pontos de ônibus, estações de trem, além de assentos e interior do metrô e de ônibus.
A pesquisa não só analisou locais públicos, mas também avaliou três mil questionários sobre a higiene das pessoas nestes locais. Embora a maioria não imaginasse o quão sujo são os caixas eletrônicos, dois terços dos participantes disseram não usar banheiros públicos para evitar contrair doenças.
OUTRAS DOENÇAS
“Em lugares públicos, podemos encontrar alguns vírus, como o da Hepatite A, o da gripe, o Rotavírus e o Norovírus, além de outras bactérias, como a que causa conjuntivite. Quanto pior a condição de higiene da população, mais germes e mais doenças poderão aparecer”, afirma Migowski.
ÁGUA E SABÃO
ÁLCOOL EM GEL
No caso de não haver como lavar as mãos, o álcool em gel é uma boa opção de higienização. Embora não remova a poeira das mãos, mata as bactérias.
DIFERENTES DOENÇAS
Diarreia e vômito, gripe, hepatite A, parasitoses e infecções intestinais, além de conjuntivite são causadas por vírus e bactérias.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Mínimo será de R$ 545 conclui Ministro Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta sexta-feira (14) que o salário mínimo terá mais um aumento neste ano, de R$ 5, para R$ 545.
O novo valor passa a vigorar em 1º de fevereiro. O governo reviu o índice de inflação usado, em conjunto com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas do país), para definir o valor do mínimo e resolveu alterar o valor, fixando-o em R$ 540 a partir de 1º de janeiro deste ano - aumento de R$ 30 sobre o anterior.
O governo e os sindicatos têm um acordo para aumentar o mínimo, anualmente, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes.
Para a MP (Medida Provisória) que foi publicada em 30 de dezembro, o Ministério da Fazenda tinha usado uma previsão com a estimativa da inflação de dezembro. Como a inflação daquele mês ficou maior que o previsto, o governo vai corrigir o valor que foi dado para o mínimo.
Com a correção, o mínimo subiria para R$ 543, mas o governo arredondou para R$ 545.
O trabalhador brasileiro só vai receber o mínimo de R$ 545 no início de março, referente a fevereiro. No segundo mês do ano, referente a janeiro, o mínimo será de R$ 540.
O impacto do aumento do mínimo será de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão nas contas públicas em 2011. Isso porque, de acordo com o Ministério do Planejamento, cada R$ 1 de reajuste representa quase R$ 300 milhões a mais em gastos por conta do pagamento de benefícios previdenciários.
As centrais sindicais brasileiras, entretanto, querem que o salário mínimo suba para R$ 580 e reivindicam um reajuste de 10% para aposentados que ganham mais que um mínimo, além da correção da tabela do Imposto de Renda para 2011.
Uma carta das centrais foi entregue na terça-feira (11) à presidente Dilma Rousseff e o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), esteve reunido na quarta-feira (12) com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio.
De acordo com Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), as centrais reivindicam uma mudança na metodologia de reajuste do salário mínimo, que atualmente é a correção da inflação do ano anterior somada ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, ou soma das riquezas produzidas no país) de dois anos anteriores. Como o crescimento de 2009 foi negativo, os trabalhadores querem agora uma revisão da metodologia.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Presidente da Câmara Municipal de Caicó é afastado do cargo
Um fato inédito aconteceu na noite de ontem na política de Caicó. O presidente da Câmara Municipal, vereador Waldemar Araújo, foi afastado do cargo pelo prazo de 30 dias.
A decisão foi tomada durante sessão extraordinária convocada para deliberar sobre o pedido de afastamento de Waldemar da presidência do legislativo caicoense.
Votaram pelo afastamento oito dos dez vereadores com assento na Câmara.
Com o afastamento de Waldemar Araújo(foto) assumiu a presidência da Câmara, interinamente, o vereador Lobão Filho.
Waldemar ainda tentou evitar que a sessão extraordinária para afastá-lo não fosse realizada, mas não obteve êxito na Justiça, que indeferiu o pedido.
Waldemar ainda tentou evitar que a sessão extraordinária para afastá-lo não fosse realizada, mas não obteve êxito na Justiça, que indeferiu o pedido.
O Presidente afastado deve se pronunciar sobre as medidas que tomará para tentar voltar ao cargo.
Caso Waldemar não consiga reassumir a presidência da Câmara no prazo de 30 dias, uma nova eleição será realizada.
Atos arbitrários
Waldemar Araújo tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Caicó no dia 1º de janeiro.
Os primeiros atos do novo presidente surpreenderam os seus colegas e os bastidores da política caicoense.
Waldemar, inexplicavelmente, mandou recolher as chaves dos gabinetes dos vereadores e não nomeou os cargos a que tinham direito seus colegas.
“Além desses, outros atos arbitrários foram praticados pelo vereador Waldemar, algo jamais visto na Câmara Municipal de Caicó”, disse ao blog um político caicoense.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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PROG.COISAS DA GENTE DE SEG Á SEXTA FEIRA DAS 5:00 AS 06:00Hs.
PROG. ALVORADA SERTANEJA(FORA DO AR)
AREIA BRANCA-RN
MINHA CIDADE -
SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon
Ordem: 1.º Imperador do Brasil
Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança