domingo, 16 de janeiro de 2011

Dez anos depois, apagão ainda ensina a poupar luz


Há quase 10 anos, o Brasil entrava em um programa forçado de economia de energia que durou nove meses. A população, assustada, foi obrigada a reduzir seus gastos em 20%. O racionamento ou apagão — como foi apelidado — mudou definitivamente os hábitos e a política energética. O consumidor amadureceu. Conheceu o conceito de eficiência, adotou selos que classificam equipamentos, mudou a iluminação da casa e aboliu o desperdício.
O País voltou a investir em geração, linhas de transmissão e diversificou as fontes de energia. Hoje, o sistema interligado nacional é predominantemente baseado na hidroeletricidade, mas conta com usinas termelétricas suficientes para compensar períodos de baixa nos reservatórios. Além disso, as energias novas e renováveis, como eólica (ventos) e biomassa (bagaço de cana) ganham cada vez mais espaço na matriz.
Como pode ser lido na pági na anterior, o País tem energia suficiente para suportar crescimento de 7% ao ano até 2014. “Temos folga de 5 mil megawatts, porque a projeção de crescimento é de 5% ao ano”, diz o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
O consultor Sérvulo Mendonça, da Insigne, que fornece soluções financeiras, afirma que o consumo é determinante. “Nós sempre analisamos como o cliente está lidando com esse serviço. Aqui, adotamos almoço coletivo. Fechamos tudo às 12h e voltamos às 13h. Também abolimos trabalho no fim de semana. O custo da estrutura não compensa” explica.
Para economizar, a empresa tem 15 funcionários internos e 30 fora. “Substituímos antigos computadores. Economizamos 10% da conta. Um cliente nosso tinha três linhas de produto: massa, pizza e pastéis. A energia era medida por relógio e colocamos um para cada linha. Descobrimos que o pastel não compensava. Economia gera emprego: organizar o almoço em fábrica de 1 mil trabalhadores pode gerar sobra para mais cinco funcionários”, diz Sérvulo, para quem o brasileiro aprendeu a usar energia.
Para quem não viveu o medo do corte da energia nos dias de apagão de 2001
Por conta da falta de investimento em novas geradoras e linhas de transmissão, logo após a retomada do crescimento da economia na fase pós-Plano Real, o consumo de energia voltou a crescer, mas não havia reservatórios suficientes nas hidrelétricas para suportar a alta
Alertas de abastecimento foram feitos por técnicos e especialistas, mas não havia mais tempo. No primeiro período mais seco, o governo precisou decretar medidas emergenciais. O episódio assustou o País, que se viu obrigado a economizar energia.
Em 1º de junho de 2001,foi dado início ao programa de racionamento que instituiu cotas de redução de gasto para cada consumidor, sujeito a multa (sobretaxa) e corte, se ultrapassasse a teto. Com base no consumo do ano anterior, cada um deveria deixar de gastar 20%.
Para consumo de 51 e 100 kWh/mês, a sobretaxa era o valor do excedente em dobro. No mês seguinte, era de quatro vezes o valor da tarifa.
Nova superação da cota tornava o gasto em excesso seis vezes mais caro. Entre 101 e 500 kWh, o excedente era multiplicado por cinco, no primeiro mês; por 10, no segundo; e 15, no terceiro.
Entre 501 e 1.000 kWh, pagavam 10 vezes mais sobre o excedente no primeiro mês; 20 vezes no segundo; e 30, no terceiro.
Em 1º de março de 2002, o racionamento foi oficialmente extinto, mas efeitos ficaram. Reajustes foram estratosféricos, distribuidoras de energia tiveram prejuízo e empresas demitiram.

Mas o País aprendeu, em plena crise, a reduzir o consumo. O brasileiro passou a conhecer quanto cada equipamento gastava, adotou selos de eficiência energética, comprou (de vez) a ideia das lâmpadas fluorescentes e descartou o stand-by dos aparelhos.

Preocupação agora é com televisores
Chefe da Divisão de Eficiência Energética em Equipamentos da Eletrobrás, Rafael David afirma que hábitos do racionamento ficaram: “Trocaram lâmpadas incandescentes por novas, fluorescentes. Isso se refletiu na indústria: as incandescentes vão desaparecer até 2016. Os consumidores fizeram a opção, e o mercado se desenvolveu. Elas são mais eficientes, iluminam mais, duram mais e consomem menos energia”.
Ele acrescenta que o freezer não tem mais a presença que tinha nas casas. “As pessoas perceberam que não precisavam mais desse aparelho, que estava muito associado à inflação”, lembra. “Agora, nós analisamos os novos equipamentos. Desde 1999, tivemos uma redução de 26% do consumo de energia do refrigerador. O aparelho de uma porta gastava 34 KWh por mês. Hoje, um consome 25 KWh. O ar-condicionado de 7.500 BTUs teve 32% de redução de 1998 para cá. A indústria nacional evoluiu muito”, observa o especialista.
Segundo Rafael David, o consumo tem crescido muito com a quantidade de tevês de LCD e Plasma. “Antes, a gente tinha telas de 20 polegadas. Agora, a média está em 42. Lançamos etiqueta de eficiência para o stand-by das tevês antigas, que caiu de 6 watts para 1 watt por hora. Agora, vamos fazer isso com os novos televisores”, promete.
DICAS DO PROCEL E DA ANEEL PARA ECONOMIA DE ENERGIA
HORÁRIO DE PICOSe possível, deve-se usar aparelhos elétricos fora do horário de pico (18h às 21h).
SELO DE EFICIÊNCIA
Os mais eficientes ganham o Selo Procel. Na hora da compra, escolha-os.
TEMPO DE BANHO Reduzir tempo de banho. Economizar água também é importante.
VIAGENSDesligar chave geral.
ALERTATomadas quentes são sinônimo de desperdício. Deve-se evitar benjamins.
AQUECIMENTO SOLARAo comprar um, dimensione adequadamente o sistema (coletores e reservatórios) para a quantidade de água que será utilizada na casa.AR-CONDICIONADORepresenta um terço do consumo de energia da casa. Dimensionar adequadamente o aparelho para o tamanho do ambiente.
LÂMPADASSubstituir lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas ou circulares na cozinha, área de serviço, garagem — espaços que fiquem com luzes acesas mais de 4 horas por dia. Uma lâmpada fluorescente de 40 Watts ilumina mais que uma incandescente de 150 Watts. E dura 10 vezes mais.
SENSORES DE PRESENÇA
Nos corredores externos, utilize sensores de presença que se acenderão somente quando houver circulação.
COMPUTADORESUm computador ligado durante uma hora/dia consume 5,0 kWh/mês. No decorrer de um ano, a economia de desligar durante essa hora será de 60 kWh — e deixa de lançar na atmosfera 18 Kg de CO2, volume correspondente ao de um carro movido a gasolina que percorre 120 km. O consumo com impressora e estabilizador durante uma hora por dia por 30 dias é de 3,6 kWh. Usar o notebook 3 horas por dia durante 30 dias consome 6,75 kWh.
CELULARES E CÂMERAS Nunca deixar seu aparelho “dormir” carregando. Para câmeras digitais que não não usam pilhas, aplica-se a mesma regra do celular. Só carregar o tempo sugerido no manual.
BOILER E AQUECEDOR
Instalar perto dos pontos de consumo. Isole adequadamente as canalizações de água quente. Nunca ligue o aquecedor à rede elétrica sem ter certeza de que ele está cheio d’água.
GELADEIRAS E FREEZERS
Instalar em local bem ventilado, longe do fogão, aquecedores e áreas expostas ao sol. Deixar espaço mínimo de 15 cm dos lados, acima e no fundo do aparelho, em caso de instalação entre armários e paredes. Não abrir a porta sem necessidade ou por tempo prolongado. Não guardar alimentos e líquidos quentes, nem em recipientes sem tampa. Não forrar prateleiras da geladeira (dificulta a circulação de ar). Fazer o degelo periodicamente para evitar que se forme camada de gelo.
TELEVISÃO Desligar o aparelho se não tiver ninguém assistindo. Evite dormir com a televisão ligada. Se tiver recursos de programação, use o timer. Telas de LCD consomem menos energia que as de Plasma. Nunca desligar a TV só no controle remoto. STAND-BYO consumo de aparelhos em stand by pode representar 12% do gasto doméstico de energia.
MÁQUINA DE LAVAR ROUPAEconomiza-se água e energia elétrica lavando de uma só vez a quantidade máxima de roupa indicada pelo fabricante. Usar a dose certa de sabão do manual para evitar repetir operações de enxágue. Limpar o filtro.
FERRO ELÉTRICO
Evitar ligar nos horários em que muitos outros aparelhos estejam ligados. Juntar sempre a maior quantidade de roupa possível e passar todas de uma vez.
CHUVEIRO ELÉTRICO
Evitar seu uso no horário de maior consumo de energia, ou seja, o horário de pico (18h às 21h). Quando não estiver fazendo frio, deixar a chave na posição “verão”.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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PORTO ILHA AREIA BRANCA-RN -Em 1974 foi inaugurado o porto-ilha de Areia Branca, o principal escoadouro do sal produzido no Rio Grande do Norte para o mercado brasileiro. Situado 26 quilômetros a nordeste da cidade e distante da costa cerca de 14 milhas, consiste em um sistema para carregamento de navios com uma ponte em estrutura metálica com 398m de comprimento. O cais de atracação das barcaças que partem de Areia Branca tem 166m de extensão e profundidade de 7m. Ali o sal é descarregado para estocagem em um pátio de 15.000m2 de área e capacidade para 100.000t. O porto-ilha movimenta em média 7000 toneladas de sal por dia.

MINHA CIDADE -

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança