— Hoje trabalhamos com até 62 votos. Todos os brasileiros gostariam de ter a solução desse impasse imediatamente. O presidente Michel governa como se fosse governar para a eternidade, mas esse projeto ganha mais fôlego se ele for confirmado na Presidência — disse Padilha.
O ministro disse que não cabia ao governo falar sobre a data de votação da cassação de Eduardo Cunha pela Câmara.
— Sou um respeitador da Constituição. Faço parte do Poder Executivo e essa é uma questão do Poder Legislativo. Não tenho que me opinar — desconversou ele.
Ele ainda confirmou que o Ministério do Desenvolvimento Agrário será recriado e que está sendo feito um levantamento sobre a situação dos assentados e dos assentamentos no país.
— Não podemos favelizar o campo. Na medida em que se assente, se dê condições para eles se tornarem pequenos produtores. São mais de cem mil proprietários que têm condições de receber o título, mas temos que filtrar a estrutura (dos assentamentos). Ainda não se tem objetivamente o que é preciso fazer para dar estrutura. A pretensão é fazer a entrega dos primeiros títulos em setembro e provavelmente o primeiro será Mato Grosso — disse ele.
Padilha brincou que está de "passagem" no Executivo, porque sempre foi parlamentar. Ele disse que é preciso recriar o ministério.
— Não é mudança de posição, é otimizar. Não tem um centavo a mais de custo, não vamos contratar ninguém. Apenas vamos ter alguém 24 horas pensando nesse assunto como ministério — disse Padilha.
Segundo ele, o Incra tem estrutura pesada e deverá ser otimizada.