Duas disputas envolvendo o Fluminense aconteceram nesta terça-feira. Na mais óbvia, no Maracanã, o gol tricolor saiu aos 28 minutos do primeiro tempo, quando Gustavo Scarpa recebeu na direita e cruzou para a cabeçada macia de Cícero. O 1 a 1 veio num pênalti cometido por William Matheus em cima de Lucas Fernandes, que Hernani converteu aos 18 minutos do segundo tempo. No fim, Scarpa teve a bola do jogo na marca do pênalti, mas o goleiro Santos defendeu com o pé.
- A fase é ruim, e a torcida grita "time sem vergonha", é assim mesmo, é normal. Assumo minha responsabilidade, não tem problema, e domingo é levantar a cabeça e buscar a vitória - disse Scarpa, ainda no gramado.
No campo político, onde o clube vive intensa clima eleitoral até o dia 26 deste mês, outro certame foi decidido no último dia de homologação de chapas que disputarão a presidência tricolor do próximo triênio. Serão candidatos o presidente do Conselho Fiscal Pedro Abad, o ex-vice de futebol Mario Bittencourt e o eterno mecenas do período da patrocinadora médica, Celso Barros.
A novidade foi o desaparecimento da chapa de Cacá Cardoso, que agora integra a chapa da situação, encabeçada por Pedro Abad, e terá mandato como vice-presidente geral em caso de vitória.
Nessa chapa, o cargo tem importância específica, uma vez que Abad teria restrições ao assinar atos de gestão junto ao poder público, por ser auditor da Receita Federal. Antes, haviam sido ventilados os nomes de Pedro Antônio, atual vice-presidente de Projetos Especiais e figura-chave na montagem do novo CT tricolor, e do próprio Peter Siemsen como “procuradores” de uma hipotética gestão Abad.
Num pleito em que os quatro pré-candidatos tinham passagem pela gestão Siemsen, já se esperava que uma das chapas fosse fagocitada. Pedro Abad havia se encontrado com Celso Barros na segunda-feira e pasou o resto do dia costurando o acordo com Cacá. Já Celso Barros trocou muitos acenos públicos com a chapa de Mario Bittencourt, ex-advogado e ex-vice de futebol do clube.
VAIAS NO MARACANÃ
Com um público de 39.877 pagantes no feriado, o Fluminense foi comandado pelo interino Marcão. Foi a primeira partida após a demissão de Levir Culpi, no último domingo.
No primeiro tempo, o time tricolor foi envolvido pelo Atlético-PR de Paulo Autuori, mas a equipe curitibana não tinha poder de conclusão enquanto gastava a posse de bola — o empate representou o primeiro ponto fora de casa em dez rodadas. Com o pênalti desperdiçado por Scarpa, as vaias, que já se ouviam desde o primeiro tempo, dominaram o Mário Filho.
FLUMINENSE 1 X 1 ATLÉTICO-PR
Fluminense: Júlio Cesar, Wellington Silva, Gum, Henrique e William Matheus; Pierre, Gustavo Scarpa, Edson (Osvaldo), Marquinho (Richarlison); Welligton e Cícero (Douglas).
Atlético-PR: Santos, Léo (Rafael Galhardo), Paulo André, Thiago Heleno e Nicolas; Otávio, Hernani, Lucas Fernandes (Marcos Guilherme), Lucho González (Nikão) e Pablo; AndréPostado Por:Daniel Filho de Jesus Lima.
Gols: 1T: Cícero aos 28; 2T: Hernani aos 18.
Cartões amarelos: Wellington Silva, Pierre, Wellington, Paulo André, Nicolas e Otávio.
Público presente: 43.691Local: Maracanã.
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