
As tarifas de energia da Light e da Ampla baixarão 18,10% e 18%, respectivamente, segundo regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), divulgada ontem. Esse é o percentual mínimo determinado pela presidenta Dilma Rousseff. Em outros estados, o desconto chega até 25,94% para residências. As empresas terão redução de até 32%.
Segundo o informe da Aneel, as novas tarifas já estão valendo desde quarta-feira, dia 24. Com isso, quem tem leitura feita no dia 10 de fevereiro, terá metade da energia faturada pela tarifa antiga e a outra metade pela nova tarifa. “A partir de 25 de fevereiro, todas as contas já perceberão os benefícios completos da tarifa reduzida”, informa a nota.
O benefício custará, este ano, R$ 8,46 bilhões ao Tesouro, de acordo com a agência. Por outro lado, consumidores terão um alívio ao receber as próximas faturas.
Dona do restaurante Mani&Oca, na Praça da Bandeira, Cristina Divano está ansiosa para ver a redução da tarifa da conta de luz. “Gasto cerca de R$ 1.200 por mês com energia elétrica, por causa dos sete freezers e do ar-condicionado. Se esse custo diminuir, vai ser ótimo, porque o preço dos alimentos aumentou. Então, equilibraria os gastos”, afirma Cristina.
ESTIMULAR A COMPETIÇÃO
Presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria diz que a redução é positiva para o brasileiro: “O país tem uma das maiores tarifas do mundo na energia elétrica. A redução chega em boa hora”.
Mas o Banco Central informou ontem, em ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que espera uma redução menor: de apenas 11%. A entidade considera encargos e possíveis revisões do setor.
Para o presidente da Anace, o desconto abre chances para novas reduções. “A fim de estimular competitividade e incentivar o consumo entre os brasileiros”, avalia.
Tarifa tem corte maior em outros estados
No Rio Grande do Sul, a redução foi bem maior que a do Estado do Rio de Janeiro, de 25,94%, segundo a Aneel. Mesmo com a diferença, o corte nas contas de luz já é garantido.
Em nota, a Ampla (que reduzirá em 18%) limitou-se a informar que cumprirá a medida. Procurada, a Light (18,1%) informou que espera a publicação no Diário Oficial.
As empresas podem ser fiscalizadas diretamente pelo governo estadual, segundo Julio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento e Energia. “É preciso que o estado participe com a concessionária da discussão de investimentos e operacionalidade”, diz Bueno.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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