‘Não há Direitos Humanos para quem morre nesse País. Isso só serve a quem mata, que fala o que quer. Quem morre não tem defesa nem voz”.
Bruno e Macarrão continuam presos em Minas Gerais, onde respondem por assassinato e pelo desaparecimento do corpo da jovem. Condenados em primeira instância em 2008, Bruno e Macarrão tiveram as penas reduzidas ontem para um ano e dois meses de prisão pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
Como estão presos há mais tempo, a Justiça considerou a pena extinta neste processo. Na avaliação do advogado da família de Eliza, José Arteiro Cavalcante, entretanto, a redução em nada compromete o processo que corre em Minas Gerais.
“Pelo contrário, esse processo no Rio foi fundamental, pois com ele, Bruno deixou de ser réu primário e, como reincidente, não tem direito a responder em liberdade. Ele não sai da cadeia antes do julgamento e vai a júri popular, que o condenará”, avalia o advogado.
Interrompida a todo momento durante a entrevista a por Bruninho, filho de Eliza e Bruno, Sônia — que tem a guarda da criança — prefere falar do menino.
“Ele fala tudo, está com 2 anos e meio e 17 quilos, pesado, quase não consigo mais carregá-lo. Bruninho é uma bênção que compensa a dor e a saudade. Ele é muito esperto, igualzinho à mãe”, elogia Sônia.
Eliza teve relacionamento com Bruno no auge da carreira do goleiro, que jogava no Flamengo. Grávida, ela registrou queixa em 2009, o acusando de sequestrá-la e obrigá-la a tomar remédio abortivo para impedir que o bebê nascesse e ele não tivesse que assumir a criança. Segundo a polícia, Bruno teria planejado o assassinato de Eliza no sítio dele, em Minas.
Três ainda estão presos pelo crime
Os outros denunciados — Dayanne Souza (ex-mulher de Bruno), Fernanda Gomes de Castro, Elenílson Vítor da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha — respondem pelo homicídio de Eliza Samudio em liberdade. Segundo a polícia, partes do corpo de Eliza foram entregues para cachorros e os ossos da vítima, concretados.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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