Mais um ano, mais um iPhone. A Apple fez nesta quarta-feira (7) o evento de lançamento do iPhone 7 e do iPhone 7 Plus. Os novos smartphones chegam renovações tecnológicas para substituir o iPhone 6S e o iPhone 6S Plus. Desta vez – assim como no ano passado – não houve nenhuma revolução. As adições ao iPhone 7 são naturais e muito bem-vindas.
Com chegada da nova geração, iPhone 6S fica até R$ 1 mil mais barato no Brasil
Os
destaques vão para o novo botão Home, o conjunto de câmeras, a tela, o
acabamento e o desempenho da bateria. Estivemos com iPhone 7 e o 7 Plus
em mãos em San Francisco. Nos próximos parágrafos, portanto, você fica
sabendo as primeiras impressões de uso do celular.O botão Home,
aquele que fica na parte inferior da tela e dá acesso ao menu de
aplicativos, passou por uma renovação. Por fora ele continua com a mesma
aparência. Foi dentro dele que os engenheiros da Apple inovaram, ao
criar um sensor touchscreen que vibra, criando o mesmo efeito tátil de
quando um usuário pressionava até o fundo o botão Home dos iPhone 5S, por exemplo.
Novo botão Home tem três opções de intensidade da vibração
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A
verdade seja dita: causa um desconforto porque o mecanismo de vibração
difere bastante do que estamos acostumados. Ao menos é possível
selecionar entre três intensidades de feedback tátil, para que a
migração seja a mais confortável possível.
Jogadores casuais vão se favorecer do motor de vibração porque games para iOS
poderão tirar proveito deste novo recurso de hardware. Na demonstração
da Apple foi mostrado um título de tiro em que cada armamento, ao ser
disparada, fazia o telefone vibrar numa frequência diferente.
Foi uma implementação interessante e que pode aumentar a vida útil dos iPhones. Sabe aquele velho hábito de ativar o AssistiveTouch para exibir o botão Home virtual, sempre flutuando na tela? Pode ser que agora a Apple tenha decretado seu fim.
Câmeras e fotos
O
iPhone 6S (2015) deu um salto na quantidade de megapixels: passou de 8
para 12 MP. Desta vez a Apple optou por melhorar a qualidade destes
pixels, mesmo movimento que a gente tem visto a Samsung fazer.
Câmera do iPhone 7 tem 12 megapixels, com direito a estabilizador de imagem
A câmera principal do iPhone 7 e 7 Plus tem abertura f/1.8,
o que na prática significa que ela capta 50% mais luz do que a lente
com abertura f/2.2 do modelo anterior. Quem gosta de fazer fotos à noite
provavelmente vai tirar maior proveito desta novidade.
As
cores estão mais vivas, como pudemos ver nas demonstração feitas pela
fabricante. Até o fim do ano vai chegar uma atualização de software que
vai permitir aos donos do Plus uma maior exploração da profundidade de
campo. Em última instância, isso significa poder brincar com o foco,
deixando o protagonista da cena em destaque, enquanto o fundo fica
ligeiramente esfumaçado. Este efeito é bastante celebrado nas câmeras
fotográficas profissionais.
Traseira do iPhone preto fosco. Além dele, consumidor poderá optar pelo preto brilhante
O iPhone 7 Plus sai na frente do 7 convencional porque tem duas câmeras, o chamado dual camera.
O grande benefício é o zoom ótico de duas vezes, ideal para trazer mais
perto pessoas, objetos e itens da paisagem, sem abrir mão da qualidade.
É
preciso testar o telefone em condições cotidianas de uso. Ainda assim,
as primeiras impressões são de que a câmera ficou mais rápida para
abrir, e também com resultados melhores. A câmera frontal também teve
uma ligeira melhoria e agora conta com 7 megapixels, em vez de 5 MP.
Tela
O novo iPhone (2016) permanece com a chamada tela Retina,
nomenclatura bolada pela Apple para designar o display em que não é
possível distinguir os pixels, os pontinhos brilhantes que compõem a
imagem. O iPhone 7, com tela de 4,7 polegadas, tem resolução de 1334 x
750 pixels. O iPhone 7 Plus, por sua vez, conta com uma tela de 5,5
polegadas e resolução de 1920 x 1080 (Full HD).
iPhone 7 permanece com tela de 5,5 polegadas
Ou seja, nada mudou. A Apple ainda está atrás de fabricantes que usam o OLED
no painel do smartphone. Ao menos ela conseguiu elevar a qualidade da
tela, que passa a reproduzir uma gama maior de cores e também está 25%
mais luminosa. Quem usa o telefone sob o sol escaldante sabe a
dificuldade que é ler as informações na tela. As novidades devem ajudar
neste quesito.
Adeus ao áudio analógico
Gesto
mais do que esperado pela indústria, a retirada da saída de áudio no
padrão de 3,5 milímetros (aquela redondinha, na parte de baixo do
celular) ainda causa estranhamento. O consumidor terá de se acostumar a
usar o fone de ouvido conectado diretamente na porta Lighting (aquela
mais larga e que também é usada para recarregar a bateria ou passar
arquivos para o computador).
RIP 3,5 mm: somente uma porta Lightning na parte de baixo do iPhone 7 (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)
A
Apple até inclui um adaptador para quem tiver fones de ouvido
compatíveis com o padrão de 3,5 mm, mas a ideia é aos poucos mudar esse
cenário.
Outra aposta da fabricante é nos fones de ouvido sem fio. Os AirPods
foram apresentados como a opção descolada para quem quer ouvir música
em qualquer lugar, sem depender da porta Lightning. Os fones parecem
cigarros eletrônicos, com um bastão que sai para fora do ouvido. O som
em si não muda em nada em relação aos EarPods que a Apple já colocava dentro da caixa de cada iPhone.
Os
AirPods são ergonômicos e não caem da orelha, por mais que este
repórter tenha agitado a cabeça para a esquerda e direita durante os
testes. A bateria do fone wireless dura até cinco horas, segundo a
Apple. O estojo para guardar os AirPods faz o papel de carregador e
comporta 24 horas de carga para o acessório.
Bateria dos AirPods dura 5 horas, de acordo com a Apple
Cores e acabamento
São
cinco opções de cor: preto fosco, preto brilhante (chamado de Jat
Black, com armazenamento de 128 GB ou 256 GB), dourado, prateado e ouro
rosa. A primeira lembra qualquer acessório saído do cinto de utilidades
do Batman, com um visual sóbrio, porém, com um toque de sombrio.
O
preto brilhante, apresentado com destaque pela Apple, acumula muitas
marcas de dedo. Ele escorrega mais facilmente, além disso, o que vai
requerer uma capinha sempre que estiver em uso.
Lateral do iPhone 7 preto fosco, que mais parece um item do cinto de utilidades do Batman
Em
relação à pegada, pouca coisa mudou em relação ao iPhone 6S. Os
telefones ficam bem na mão, embora outras marcas já tenham superado o
desenho industrial que a Apple continua usando.
As dimensões
são praticamente as mesmas e o peso foi reduzido em alguns poucos
gramas. Essencialmente, trata-se do mesmo formato do modelo do ano
passado.
Podemos levar nossas mãos para o céu e agradecer pela estreia da certificação IP67
no iPhone 7, o que confere ao smartphone o título de "resistente a
água". Ainda não é possível levar o telefone preferido de Tim Cook para
nadar, é bem verdade. Os consumidores estarão a salvo em situações menos
adversas, como numa chuva ou num acidente envolvendo líquidos em cima
do novo iPhone.
iPhone 7 continua disponível com acabamento dourado
Outros detalhes
Os
representantes da Apple disseram que a bateria do iPhone 7 e do iPhone 7
Plus devem durar entre uma e duas horas a mais do que na geração
anterior, do iPhone 6S.
A fabricante não entrou em detalhes
sobre a ficha técnica da bateria mais nova, o que dificulta o nosso
trabalho de dizer se essa promessa é factível. O jeito que tem é
aguardar os testes mais aprofundados.
Agora, sobre o
desempenho eles falaram: entrou em cena um processador quad-core, para
realizar as tarefas mais rapidamente. O chip A10 Fusion tem o dobro da
velocidade do iPhone 6.
Também chamado de Jet Black, acabamento em preto brilhante incomoda por causa das marcas de dedos
Considerando-se
que o iPhone 6 (2014) já entregava um bom resultado em multitarefa e
com diversas aplicativos abertos, você pode imaginar como estão as
coisas no 7 e no 7 Plus – extremamente rápidas, até que os
desenvolvedores criem programas mais pesados e este ciclo se renove.
Resumo da ópera
O
iPhone 7 e o iPhone 7 Plus são evoluções do iPhone 6S e do iPhone 6S
Plus respectivamente. Eles poderiam se chamar 6S 2ª Edição e 6S Plus 2ª
Edição, ou algo que o valha. Como a tradição não permite, deram um nome
importante para um telefone que passou por renovações, mas que
essencialmente repete o que foi visto no passado.
O desempenho
é fora de série, a câmera parece estar melhor do que nunca e finalmente
há novas opções de cor, com direito a acabamento resistente a água.
Tendo isso em vista, dá para dizer que o iPhone 7 agradou no nosso
primeiro contato. Ele tende a ser uma boa opção para quem comprou seu
último celular há dois anos, para justificar o upgrade. De resto, é
esperar o produto desembarcar no Brasil.
iPhone 7 dourado conectado ao cabo Lightning
O
preço do iPhone 7 nos Estados Unidos é de US$ 649 (cerca de R$ 2.070).
Maiorzinho, o iPhone 7 Plus sai a US$ 769 (cerca de R$ 2.460). É
importante ressaltar que os valores são para os modelos com
armazenamento de 32 GB, e sem levar em consideração os impostos locais
dos Estados Unidos ou os custos de importação para o Brasil.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus