Fred abriu o jogo nesta terça-feira. Tranquilo ao responder a críticas e duro ao dar a sua opinião, o centroavante do Fluminense atacou e defendeu ao não se furtar a responder nenhuma pergunta nos 30 minutos em que esteve sentado à mesa da sala de entrevistas Nelson Rodrigues, nas Laranjeiras. Falou dos altos e baixos dele e do Tricolor em busca de vaga à Libertadores, da crise financeira do clube, da indefinição quanto à renovação de contrato de colegas seus, de Seleção e da perseguição sofrida após o fracasso na Copa do Mundo. Inclusive com bom humor ao revelar ter bloqueado torcedores que o chamaram de “cone” nas redes sociais.
O centroavante é uma espécie de
oásis no deserto em que se transformou o Fluminense na reta final do
Brasileirão. Sem vencer há três jogos e com sete empates nas últimas 11
rodadas, o time caiu para oitavo, a pior colocação na competição, cinco
pontos atrás da zona da Libertadores. O centroavante, porém, empilha
gols: fez seis dos últimos dez do clube. Soma
11, número capaz de brigar pela artilharia. A boa fase individual,
porém, não o deixa cego. O camisa 9 entende que o time pode mais. Ao
definir erros como ingenuidade, disse que o Flu está sem confiança. Mas
se recusou a jogar a toalha:
- Quem briga lá em cima
tem time e elenco mais qualificados. Mas, pela forma que perdemos alguns
pontos, ficamos um pouco chateados. Não se pode jogar o ano fora tão
rápido assim. Temos de ganhar para manter as chances.Com ou sem Libertadores em 2015, Fred disse entender ser fundamental
reforçar o time. Voltou a dizer que o elenco é carente. E revelou que
briga com a direção a permanência de jogadores que têm contrato por
acabar em 31 de dezembro - casos de Diego Cavalieri, Gum, Carlinhos e
Diguinho - e pela contratação de novos valores. Apesar da crise
financeira que atrasa salários.
- Não falta
matéria-prima no Brasil. É só buscar, só planejar. Tem na Série B, na
Série C. Só quero que o clube continue forte. O pessoal tem de estar
preparado com a Unimed para manter o time brigando por títulos - pediu o
capitão, que garantiu cumprir o seu contrato até o final de 2015.
Planos
só não foram feitos quando o assunto foi Seleção. Ele assistiu aos
amistosos da nova Era Dunga. Reiterou confiar na qualidade do time do
Brasil. Mas reclamou de uma espécie de abandono após o Mundial.
-
Parece que quem disputou a Copa foi só eu e o Felipão. Não vi ninguém
defender ninguém. Eu estou acostumado. Pior é a família. Olhar quem você
ama triste por sua causa, é duro. Houve injustiça. A crítica tem de
existir. Mas parece que só eu e o Felipão jogamos - reclamou o atacante.Postado Por:Daniel Filho de Jesus