Com pouco dinheiro e crédito na praça, a diretoria do Flamengo vê Thiago Neves cada vez mais perto do Fluminense, que terá os R$ 16 milhões necessários para a aquisição do apoiador disponibilizados pela Unimed. Nos bastidores, o Rubro-Negro, embora relute a admitir, dá sinais de desistência.
No lado tricolor, o otimismo contrasta com o silêncio da cúpula do futebol. Mesmo depois de o Al Hilal, da Arábia Saudita, aceitar a oferta do clube, os dirigentes só pretendem se pronunciar quando a negociação estiver sacramentada.
No meio do tiroteio de informações Léo Rabello, procurador de Thiago Neves, mantém o discurso de que o Flamengo tem a preferência na negociação. Porém, o apoiador é aguardado em Mangaratiba até terça.
O presidente tricolor, Peter Siemsen, já avisou que gostaria de ver Thiago com a camisa 10, numa medida para apagar de vez sua passagem pelo arquirrival Flamengo, equipe pela qual jogava com o número 7.
Pelo compromisso de três anos, Thiago Neves receberia salário na faixa de R$ 700 mil.
Embora o elenco tricolor já fale abertamente sobre a expectativa de jogar com o apoiador, o técnico Abel Braga prefere adotar o tom de cautela.
“Thiago Neves é um grande jogador. Todo bom reforço é válido, mesmo em uma posição que não seja necessária. Mas estou alheio a qualquer tipo de negociação e, portanto, não posso falar muito”, disse Abel.
No Flamengo, alguns dirigentes já jogaram a toalha, mas o diretor de futebol do clube, Luiz Augusto Veloso, ainda crê na permanência do atleta.
“Continuo acreditando na palavra do jogador e no compromisso do agente conosco. O clube árabe não se manifestou oficialmente e, para nós, a nossa proposta está valendo”, disse Veloso, ironizando os tricolores.
“Ano passado, o Grêmio colocou alto-falantes no gramado e depois teve que tirar. Não sei se vão ter que tirar agora, mas tem que esperar. Já vi muita coisa surpreendente no futebol”.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus