
Com uma proporção de três médicos no serviço público para cada grupo de  1.000 habitantes, o Rio Grande do Norte ocupa a segunda posição no  Nordeste e chega perto da média nacional, de 3,1. O Estado se destaca  ainda na taxa de frequência líquida de 90,4% e no ensino fundamental,  63,3% dos professores tem  formação superior. É o que mostra o estudo  "Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e  Municipalidades", divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica  Aplicada (Ipea). De acordo com o estudo, o Norte e o Nordeste têm menos  profissionais de saúde qualificados e menos médicos por mil habitantes  que a média brasileira, que é de 3,1. No Norte, esse número é de 1,9 e  no Nordeste, de 2,4, enquanto o Sul e o Sudeste têm igualmente 3,7  médicos por mil habitantes. O Centro-Oeste tem 2,9 médicos por mil  habitantes.
Os temas abordados contemplam as áreas de saúde,  educação, cultura, assistência social, trabalho, segurança pública,  transportes e instituições financeiras públicas. Os dados referem-se ao  último ano disponibilizado e tratam em sua maioria de registros  administrativos coletados junto aos ministérios, às autarquias e aos  institutos de pesquisa. Este documento mantém-se no nível da unidade da  Federação (UF), mas há dados analisados por município, que serão  disponibilizados no site do Ipea posteriormente.
De acordo com o  presidente do Ipea, Márcio Pochmann, a desigualdade na saúde ocorre  porque os equipamentos e a presença dos profissionais é diferenciada. "O  Estado tem uma atuação bastante complexa do ponto de vista de um país  continental e com uma população que é a quinta do mundo. Essa  complexidade é maior pelo fato de termos um sistema único de saúde  especialmente na atuação pública fazendo com que todo o país seja  atendido embora as regiões mais ricas sejam aquelas que possuem melhores  equipamentos e maior presença de profissionais, quando os estados mais  pobres não têm o mesmo padrão de intervenção". 
 Postado Por:Daniel Filho de Jesus








