As críticas do secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, aos servidores grevistas, na entrevista publicada em O Poti/Diário de Natal do último domingo, foram rebatidas ontem por líderes sindicais.
Eles consideraram "absurdas" as acusações do secretário de que as greves são radicalmente políticas. Os servidores grevistas frisaram que o objetivo das greves é a conquista de melhorias para as classes trabalhistas.
O vice-presidente do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN), José Teixeira, rechaçou a análise feita por Paulo de Tarso sobre as facções que disputam o comando do sindicato.
"Na verdade, ele (Paulo de Tarso) até entra em uma seara que não é dele, quando diz que há uma briga política no sindicato. Isso não é da conta do governo. Nossos conflitos internos são problemas da gente", declarou ele.
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol-RN), Djair Oliveira, também repudiou as afirmações do secretário.
"O que a gente espera do governo é diálogo. Nossa greve não tem a ver com nenhum partido político. A greve é um direito constitucional e vamos fazer greve sempre que o direito do trabalhador for desrespeitado. Estamos buscando melhorias para a categoria e para o serviço de segurança pública", disse o representante do Sinpol.
Já o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Indireta (Sinai), Santino Arruda, afirmou que vê nas palavras do secretário a tentativa de desviar o foco do debate mais uma vez.
“Paulo de Tarso sabe que as greves não são políticas. Ele tenta mudar o foco do assunto. Dizer que a greve é política é bobagem. É ignorar a luta dos servidores por melhorias. A lei nos garante o reajuste. O governo vai ter que pagar", assinalou Santino Arruda.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus