O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já telefonou para líderes partidários anunciando a decisão de concorrer a reeleição.
O líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), disse que Sarney terá respaldo da sigla.
Em novembro, o Palácio do Planalto já havia emitido orientação para que a bancada recém-eleita do PT apoiasse Sarney. A intenção era frear desde então qualquer clima beligerante com o PMDB.
Em 2009, a defesa de Sarney, abalado pelo caso dos atos secretos, provocou uma crise institucional no PT.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) chegou a afirmar que se afastaria da liderança do PT no Senado em caráter "irrevogável". A pedido de Lula, contudo, acabou voltando atrás.
Mercadante defendia a reabertura de pelo menos um processo contra Sarney - o que trata da nomeação do namorado de uma neta feita por meio de ato secreto.
Para estancar a crise, senadores governistas costuraram acordo para livrar o presidente do Senado.
A eventual reeleição de Sarney - alternativa mais provável - dará ao peemedebista sua quarta rodada na presidência do Senado.
Ele está em seu quinto mandato parlamentar. Em 1971, assumiu uma vaga no Senado, de onde saiu em 1985 para ser presidente.
Após deixar a Presidência, Sarney voltou ao Senado, eleito e reeleito pelo PMDB do Amapá.
Do blog – Sarney de novo? O Senado não tem jeito. Num país um pouco mais sério, um político como Sarney já teria sido banido da vida pública. Aliás, Sarney só não foi defenestrado da presidência do Senado por causa do presidente Lula. Foi Lula quem bancou a permanência de Sarney no comando do Senado em 2009. Foi Lula quem disse essa pérola: "Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”. Sem comentários.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus