segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Rumo ao caneco Fluzão é líder de novo!
Washington balançou a rede e o Fluzão recuperou a liderança do Brasileirão ontem. O roteiro parece ser só de alegria, mas não foi tão fácil assim. O Coração Valente, que entrou em campo com o peso de um jejum de oito jogos sem marcar, realmente fez um gol, mas foi contra, abrindo o placar para o Atlético-PR. Graças a Marquinho e Conca, o time saiu da Arena da Baixada com um empate em 2 a 2 e depois foi beneficiado pela derrota do Cruzeiro para o Atlético-MG, em noite do ex-flamenguista Obina, que fez três gols. Agora, o Flu tem os mesmos 54 pontos da Raposa, mas leva vantagem no saldo de gols.
O primeiro tempo foi de muita marcação e pouco perigo. A primeira boa chance foi do Flu, com Rodriguinho, que cabeceou por cima. Cinco minutos depois, Diogo chutou de longe e Neto pegou. A partir daí, o Atlético-PR melhorou. Na melhor chance do Furacão, aos 42, Guerrón recebeu na área e tentou por cobertura, mas a bola saiu. No último minuto, Washington cobrou falta muito bem, e o goleiro Neto salvou.
Após o intervalo, o jogo recomeçou mais equilibrado. Até que, aos 16, Paulo Baier cruzou após rebote de escanteio, Washington subiu para cortar e acabou fazendo gol contra. Dois minutos depois, Guerrón invadiu a área e foi derrubado por Diguinho, mas o juiz ignorou o pênalti. Aos 24, após boa trama no ataque, Marquinho pegou de primeira e chutou forte para empatar.
Quando o Flu pressionava, Wagner Diniz, impedido, fez 2 a 1 para o Furacão. Aos 42, Tartá foi derrubado na área por Iván González. Pênalti. Washington quis bater, mas Conca, obedecendo ordens do técnico Muricy Ramalho, fez a cobrança e fechou o placar em 2 a 2. Pontinho que vale ouro.
Atacante não se abate
Washington teve seu nome gritado pela torcida do Atlético-PR, clube que defendeu entre 2003 e 2004, depois do gol contra. Mas não se abateu: "Infelizmente marquei um gol contra, mas ainda bem que isso não nos abateu e conseguimos buscar o empate".
Muricy achou que o empate foi pouco. "Pela nossa atuação, merecíamos a vitória. Estávamos perto da virada quando eles marcaram o segundo gol", disse o técnico tricolor.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
O câncer de mama no RN será discutido nesta terça Por iniciativa de Antônio Jácome
A Assembléia Legislativa, através do Centro de Estudos e Debates, realizará nesta terça-feira(26), às 9h30, audiência pública sobre o câncer de mama no RN”.
A iniciativa do evento, que irá acontecer no auditório Robinson Faria, é do deputado Antônio Jácome(PMN).
O câncer de mama mata uma mulher a cada 48 minutos somente no Brasil.
Segundo Jácome, a audiência visa debater maneiras que ajudem a combater, esclarecer e divulgar a prevenção e diagnóstico prematuro da doença.
“Como médico voluntário do Hospital Luis Antônio, referência em câncer no RN, percebo o aumento no número de casos a cada ano e em mulheres cada vez mais jovens”, afirma o deputado.
E acrescenta:
“A prevenção, o auto-exame e o conhecimento são as principais armas para combater o câncer de mama”.
Dados internacionais apontam que a cada dois minuto uma mulher é diagnosticada com esse tipo de câncer em todo o mundo e só aqui no RN são esperados 540 novos casos em 2010.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), aproximadamente 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher ao apalpar suas mamas, ou seja, com o auto-exame.
Convidados
Foram convidados para a audiência pública representantes da Liga Norte- riograndense contra o Câncer, Outubro Rosa, Sociedade Brasileira de Mastologia, Voluntárias do Hospital Luis Antônio, Secretária de Saúde de Natal, Secretária Estadual de Saúde, Promotoria de Saúde do Ministério Público, Conselho Regional de Medicina, Ongs, associações que lutam em defesa da saúde da mulher e diversas instituições ligadas que trabalham com a questão do câncer de mama.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Lula se queixa de que "nove ou dez famílias" controlam a mídia brasileira
Já se tornou um ritual nas manhãs de sábado durante a atual corrida presidencial --funcionários dos partidos e jornalistas correm às bancas para verem se, desta vez, a edição da revista Veja derruba a candidata Dilma Rousseff (PT).
Com sua capacidade para fazer ataques, a revista mais lida do Brasil --que já divulgou dois escândalos de corrupção que afetaram Dilma-- parece ser o último grande trunfo da oposição, numa disputa em que a candidata governista chega à penúltima semana ampliando sua vantagem na dianteira das pesquisas.
Alguns analistas políticos descrevem a corrida em termos de quantas capas da Veja faltam para a eleição: duas.
A incansável campanha da publicação contra Dilma é um sinal daquilo que alguns dizem ser uma profunda tendência da mídia brasileira contra o PT e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro presidente brasileiro egresso da classe operária.
O esquerdista Lula tem a aprovação de 80 por cento dos brasileiros e é muito elogiado no exterior pela trajetória que fez o ex-operário virar um presidente que tirou milhões de pessoas da miséria. Mas isso não impede que sua relação com a imprensa brasileira esteja desgastada.
"Há uma revista cujo nome eu não lembro. Ela destila ódio e mentiras," disse Lula em setembro num comício, em um dos seus muitos ataques à imprensa durante esta campanha, em que ele acusa alguns veículos de comunicação de agirem como partidos políticos.
Membros do PT admitem que a irritação de Lula com a imprensa pode ser contraproducente, e que talvez tenha até custado votos a Dilma no primeiro turno. Mas as pesquisas ainda a apontam como favorita no segundo turno, no dia 31, depois da aparente perda de fôlego na recuperação da candidatura de José Serra (PSDB).
Embora a Veja tenha uma orientação clara, suas reportagens têm se provado corretas, e resultaram na demissão de Erenice Guerra, ex-braço-direito de Dilma, do Ministério da Casa Civil após denúncia de envolvimento num suposto esquema de corrupção.
Os grandes grupos da imprensa dizem que as críticas de Lula têm ido longe demais e citam seu direito constitucional à liberdade de imprensa. A antiga desconfiança da grande imprensa de que o PT gostaria de restringir a liberdade de imprensa foi alimentada, no começo da campanha, quando um documento do partido --depois retirado às pressas-- sugeria propostas por um maior controle sobre a mídia.
"Acho que essa tensão entre mídia e poder é normal --basta ver o presidente (dos EUA, Barack) Obama e a Fox News," disse Ricardo Pedreira, presidente da Associação Nacional de Jornais.
HISTÓRICO DE DESEQUILÍBRIO
Ainda assim, alguns creem haver provas concretas para justificar a irritação de Lula, e consideram que a postura negativa da imprensa pode ser um problema também para Dilma, caso eleita.
"É inquestionável," disse James Green, professor de assuntos latino-americanos na Universidade Brown, dos EUA, que vem acompanhando a campanha. "Sempre que um evento ocorrer ele será distorcido de um modo claramente destinado a favorecer a candidatura Serra e a diminuir a candidatura Dilma."
Segundo ele, o paralelo entre Obama e o canal Fox News não se sustenta, porque no Brasil, ao contrário do que ocorre nos EUA, não há grandes jornais ou redes de televisão com posições de esquerda, que poderiam equilibrar a cobertura.
Lula, com sua origem humide do Nordeste, é sistematicamente retratado como "ignorante, analfabeto, rude e preguiçoso," disse Bernardo Kucinski, professor de Jornalismo e ex-assessor de comunicação do governo Lula no primeiro mandato.
"Ultimamente, os jornalistas reconheceram sua habilidade política e abandonaram os termos mais insultantes, mas continuam a retratá-lo como um homem não-educado e, portanto, despreparado para a Presidência."
Kucinski disse que Dilma, por ser oriunda da classe média, será poupada de tais ataques pessoais, mas não de uma cobertura ideologicamente tendenciosa. "A meta da elite é impedir outros oito anos 'deste tipo de governo,'" afirmou.
Lula se queixa de que "nove ou dez famílias" controlam a mídia brasileira.
Num dos casos mais famosos de comportamento ideológico da mídia, a TV Globo, em 1989, editou o debate de Lula contra seu então adversário Fernando Collor de modo a ressaltar os maus momentos do petista, que acabou derrotado naquela eleição presidencial, a primeira após a redemocratização do país.
Hoje em dia, a Globo faz uma cobertura mais neutra, mas muitos acharam que os apresentadores do Jornal Nacional a trataram de forma mais agressiva do que aos demais candidatos numa série de entrevistas feita em agosto, o que também provocou uma reação de Lula. O jornal O Globo, pertencente ao mesmo grupo, também tem um claro viés anti-Dilma.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Após acharem que viram o diabo Onze pessoas saltam da janela de apartamento
Um bebê morto, uma dezena de feridos e dois presos foi hoje o balanço de um estranho fato ocorrido na madrugada passada nos arredores de Paris, no qual 11 pessoas caíram ou pularam de uma janela de um apartamento, aparentemente após crerem ter visto o diabo.
Uma menina de quatro meses morreu em decorrência das contusões várias horas depois que ocorreram os fatos em um conjunto habitacional da localidade de La Verrière, segundo a Procuradoria de Versalhes, que advertiu que só contava por enquanto com a versão de um dos presentes.
Um pai de família, segundo a versão que deu à Polícia, teria sido confundido por sua mulher com o diabo quando se levantou, nu, para preparar uma mamadeira para seu filho, disse à imprensa Odile Faivre, funcionária da Procuradoria.
Sua mulher, que ao vê-lo gritou "O diabo, o diabo!", o feriu seriamente na mão com uma faca e, junto com as outras pessoas, o expulsou do apartamento, ainda de acordo com seu relato.
Se especula que enquanto o homem tentava entrar no imóvel, as 11 pessoas - incluindo duas crianças - tenham fugido pulando pela janela, o que provocou fraturas em várias delas.
A Polícia, que não encontrou drogas e também não tem pistas de que estivessem realizando uma sessão de espiritismo, prendeu o pai e outro homem que ficou escondido por várias horas em arbustos próximos ao local do incidente.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Uma menina de quatro meses morreu em decorrência das contusões várias horas depois que ocorreram os fatos em um conjunto habitacional da localidade de La Verrière, segundo a Procuradoria de Versalhes, que advertiu que só contava por enquanto com a versão de um dos presentes.
Um pai de família, segundo a versão que deu à Polícia, teria sido confundido por sua mulher com o diabo quando se levantou, nu, para preparar uma mamadeira para seu filho, disse à imprensa Odile Faivre, funcionária da Procuradoria.
Sua mulher, que ao vê-lo gritou "O diabo, o diabo!", o feriu seriamente na mão com uma faca e, junto com as outras pessoas, o expulsou do apartamento, ainda de acordo com seu relato.
Se especula que enquanto o homem tentava entrar no imóvel, as 11 pessoas - incluindo duas crianças - tenham fugido pulando pela janela, o que provocou fraturas em várias delas.
A Polícia, que não encontrou drogas e também não tem pistas de que estivessem realizando uma sessão de espiritismo, prendeu o pai e outro homem que ficou escondido por várias horas em arbustos próximos ao local do incidente.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Dilma tem 49% e Serra 38%, indecisos aumentam, diz Vox Populi
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, caiu para 49 por cento das intenções de voto, segundo pesquisa Vox Populi divulgada nesta segunda-feira, mas a diferença para seu adversário José Serra (PSDB), oscilou negativamente apenas 1 ponto.
Segundo dados publicados no site iG, Dilma caiu 2 pontos percentuais em relação à pesquisa da semana passada, enquanto Serra oscilou de 39 para 38 por cento. O que aumentou foi o número de eleitores indecisos, que passaram de 4 para 7 por cento.
A margem de erro da pesquisa, que ouviu 3.000 pessoas, entre sábado e domingo, em 214 municípios, é de 1,8 ponto percentual.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Primo de Bruno conta como foi feita a execução de Eliza Samudio
Um dos acusados de participação no desaparecimento de Eliza Samudio, o primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, contou detalhes dos últimos momentos com vida da ex-amante do atleta, em reportagem do Fantástico, na noite de domingo. Nas imagens, Sales conta que quando perguntou por Eliza, na noite do crime, Bruno respondeu "já era".
O primo do goleiro foi o único que desde o desaparecimento da ex-amante de Bruno não voltou atrás em seu depoimento. Já o menor, também primo do atleta, em um primeiro momento relatou uma versão semelhante a de Sales e depois negou tudo o que havia dito.
Na reportagem, Marco Antônio Siqueira, advogado de Sérgio Rosa Sales, afirmou que caso seu cliente mude o depoimento, pagará por isso. "Uma certeza eu tenho: que se ele mudar para tentar beneficiar a, b ou c, certamente ele será condenado", disse o advogado ao programa de TV.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Pesquisa mostra desrespeito às grávidas
Todas as mães esperam que o nascimento de um filho ocorra tranquilamente, cercadas de todos os cuidados médicos possíveis e com o apoio da família. No entanto, a realidade nem sempre dialoga com o sonho das futuras mamães. O parto vem se tornando um procedimento cada vez mais artificial, reclamam. No lugar das contrações, um bisturi. No lugar da família, médicos que sequer acompanharam o pré-natal e, no lugar do apoio, muitas vezes o que elas encontram é algo muito próximo do descaso. Profissionais e autoridades admitem o problema e criam programas, na tentativa de garantir o que antigamente era comum se desejar a qualquer gestante: "Uma boa hora".
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra que, pelo menos nas unidades de saúde da capital paulista, uma das regiões mais ricas do país - e, portanto, teoricamente em melhor situação -, o desrespeito aos direitos das gestantes é constante. "Elas relataram ter sofrido com a ausência de recursos materiais e humanos, como a falta de anestesistas de plantão para aliviar a dor do parto normal", conta a psicóloga Janaína Marques de Aguiar. "Muitas relataram a negação do direito - garantido por lei - a um acompanhante durante todo o trabalho de parto e pós-parto", conta.
Outro problema apontado pela pesquisa da USP foi a discriminação social e racial que muitas mães, especialmente as de renda mais baixa, sofriam. "Isso se manifesta na forma de brincadeiras jocosas de cunho moralista, baseadas em preconceitos e estereótipos de classe e gênero", conta. "Está chorando por quê? Na hora de fazer, não chorou" é um típico insulto que algumas gestantes relataram às pesquisadoras paulistas. "Esses jargões revelam crenças culturais como a de que a dor do parto é o preço que a mulher deve pagar pelo prazer sexual; ou que a mulher pobre tem uma sexualidade descontrolada e por isso tem muitos filhos", conta.
Segundo a doula Clarissa Kahn, o problema não está restrito à capital paulista. "O parto se tornou algo muito hospitalar, muito médico. Nós defendemos tornar esse momento o mais natural possível. Achamos que é direito da mulher ter por perto quem ela gosta e ter seus direitos respeitados", afirma a psicóloga, que faz parte da organização não governamental Amigas do Parto, que trabalha para a humanização do tratamento das gestantes em todo o Brasil.
O grupo tenta divulgar o conceito de parto humanizado. "A Organização Mundial da Saúde (OMS) exige uma série de aspectos que podem ser flexibilizados para dar mais qualidade de vida e conforto no momento do parto", afirma Clarissa. "Não deixar a gestante sem se alimentar durante todo o trabalho de parto, garantir um espaço privado que resguarde a intimidade da gestante e respeitar a sua manifestação de dor são alguns dos aspectos aos quais os profissionais de saúde devem estar atentos", conta.
Se no dia do parto muitas gestantes se sentem perdidas, durante o pré-natal a sensação é constante. "A informação é muito ruim. Sinto que os médicos não se dão ao trabalho de explicar o que está acontecendo", reclama a socióloga Mariléia Hillesheim, 35 anos, grávida pela primeira vez. "As consultas são geralmente rápidas, objetivas e focadas. Sempre que surge alguma questão, o máximo que eles respondem é: 'Fique tranquila, não é nada grave'."
Na sétima semana de gravidez, Mariléia teve um susto. "Fui fazer uma ultrassonografia e foi detectado um descolamento da minha placenta. Na hora, o médico simplesmente disse para eu procurar meu obstetra. Me senti desnorteada. Até o médico me explicar, não tinha informação alguma", relata. "O jeito é a gente ir se resolvendo como dá. Tento pesquisar em livros e procurar na internet mais informações, mas elas nem sempre são confiáveis. E quem não tem acesso a esse tipo de ferramenta, como faz?", questiona.
Para tentar resolver o problema, o Ministério da Saúde (MS) criou o Programa Parto Humanizado. "Nosso objetivo é levar informação e capacitação para as maternidades, para que as mães possam exercer plenamente seus direitos. Algumas das questões são um pouco mais complicadas. Para garantir a presença de um acompanhante, temos que investir na ampliação nas salas de parto", explica a coordenadora técnica de Saúde da Mulher do MS, Thereza De Lamare.
Cesarianas
Se as maternidades públicas ainda têm problemas estruturais, as mães reclamam que no setor privado o problema é outro. "Logo na primeira consulta, a primeira coisa que o médico diz é: 'Parto normal para quê? Melhor marcar a data e o horário e resolver isso logo'", reclama a professora Maria Ferreira Florinda, 35 anos. A opção pela cesariana, que deveria ser apenas para casos específicos, tem se tornado padrão, reclamam as mães. "Eu já passei por cinco obstetras e nenhum deles aceitou fazer parto normal, que é o que quero pra mim. É uma forma menos invasiva, mais natural. Desde que soube que seria mãe, decidi que seria parto normal. Só falta encontrar um médico", diz.
Ela diz que, entre os especialistas que já consultou, as desculpas foram muitas. "Alguns tentam dizer que é mais prático, mais rápido e menos doloroso. Outros já são mais diretos e dizem abertamente que não fazem parto normal", conta Maria. "Eles dizem que até podem fazer o pré-natal, mas na hora do parto não te acompanharão e que eu ficarei na mão da equipe que estiver de plantão." O problema é o mesmo relatado por Mariléia. "É muito mais difícil e demorado, então me disseram abertamente: se eu quiser parto normal, terei que procurar outro profissional, mas está difícil de encontrar", lamenta.
A médica Lucila Nagata, da Federação Brasileira da Associação dos Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo), admite o problema. "Muitos profissionais trabalham em vários hospitais e, por uma questão econômica, preferem a cesariana. Por mais que o valor pago por um parto normal seja maior que o da cesariana, o tempo e esforço do médico são muito maiores, e isso acaba desestimulando-o a optar pelo parto natural", conta.
O Ministério da Saúde também reconhece o abuso nas cesarianas - que violam o direito das gestantes a um parto o mais natural possível. Segundo dados do próprio ministério, 43% de todos os partos do Brasil são desse tipo. Na iniciativa privada, o índice chega a 80%. "Há três anos fazemos campanhas com as associações médicas e com os planos de saúde para conscientizar os médicos, especialmente da iniciativa privada, sobre a importância do parto normal", afirma Thereza. "Nos hospitais públicos, as normas do SUS também reforçam que cesariana só em casos excepcionais", completa a coordenadora.
Amanhã, a professora Maria Ferreira tem uma consulta com o sexto obstetra. Na lista de perguntas que pretende fazer sobre a gestação e sobre a saúde do futuro filho, a primeira não será a tradicional "É menino ou menina?" Antes de qualquer coisa, a professora vai perguntar: "Podemos optar pelo parto normal?"
Suporte profissional
A palavra vem do grego e significa "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. Antigamente, o cargo era ocupado por mulheres mais velhas, que, além de ajudar no momento do nascimento, acompanhavam as mães e faziam serviços domésticos. Hoje, com famílias menores, a doula virou uma profissão. Psicólogas e outras profissionais dão assessoria para o pré e o pós-parto e acompanham a mãe, tanto no hospital quanto em casa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra que, pelo menos nas unidades de saúde da capital paulista, uma das regiões mais ricas do país - e, portanto, teoricamente em melhor situação -, o desrespeito aos direitos das gestantes é constante. "Elas relataram ter sofrido com a ausência de recursos materiais e humanos, como a falta de anestesistas de plantão para aliviar a dor do parto normal", conta a psicóloga Janaína Marques de Aguiar. "Muitas relataram a negação do direito - garantido por lei - a um acompanhante durante todo o trabalho de parto e pós-parto", conta.
Outro problema apontado pela pesquisa da USP foi a discriminação social e racial que muitas mães, especialmente as de renda mais baixa, sofriam. "Isso se manifesta na forma de brincadeiras jocosas de cunho moralista, baseadas em preconceitos e estereótipos de classe e gênero", conta. "Está chorando por quê? Na hora de fazer, não chorou" é um típico insulto que algumas gestantes relataram às pesquisadoras paulistas. "Esses jargões revelam crenças culturais como a de que a dor do parto é o preço que a mulher deve pagar pelo prazer sexual; ou que a mulher pobre tem uma sexualidade descontrolada e por isso tem muitos filhos", conta.
Segundo a doula Clarissa Kahn, o problema não está restrito à capital paulista. "O parto se tornou algo muito hospitalar, muito médico. Nós defendemos tornar esse momento o mais natural possível. Achamos que é direito da mulher ter por perto quem ela gosta e ter seus direitos respeitados", afirma a psicóloga, que faz parte da organização não governamental Amigas do Parto, que trabalha para a humanização do tratamento das gestantes em todo o Brasil.
O grupo tenta divulgar o conceito de parto humanizado. "A Organização Mundial da Saúde (OMS) exige uma série de aspectos que podem ser flexibilizados para dar mais qualidade de vida e conforto no momento do parto", afirma Clarissa. "Não deixar a gestante sem se alimentar durante todo o trabalho de parto, garantir um espaço privado que resguarde a intimidade da gestante e respeitar a sua manifestação de dor são alguns dos aspectos aos quais os profissionais de saúde devem estar atentos", conta.
Se no dia do parto muitas gestantes se sentem perdidas, durante o pré-natal a sensação é constante. "A informação é muito ruim. Sinto que os médicos não se dão ao trabalho de explicar o que está acontecendo", reclama a socióloga Mariléia Hillesheim, 35 anos, grávida pela primeira vez. "As consultas são geralmente rápidas, objetivas e focadas. Sempre que surge alguma questão, o máximo que eles respondem é: 'Fique tranquila, não é nada grave'."
Na sétima semana de gravidez, Mariléia teve um susto. "Fui fazer uma ultrassonografia e foi detectado um descolamento da minha placenta. Na hora, o médico simplesmente disse para eu procurar meu obstetra. Me senti desnorteada. Até o médico me explicar, não tinha informação alguma", relata. "O jeito é a gente ir se resolvendo como dá. Tento pesquisar em livros e procurar na internet mais informações, mas elas nem sempre são confiáveis. E quem não tem acesso a esse tipo de ferramenta, como faz?", questiona.
Para tentar resolver o problema, o Ministério da Saúde (MS) criou o Programa Parto Humanizado. "Nosso objetivo é levar informação e capacitação para as maternidades, para que as mães possam exercer plenamente seus direitos. Algumas das questões são um pouco mais complicadas. Para garantir a presença de um acompanhante, temos que investir na ampliação nas salas de parto", explica a coordenadora técnica de Saúde da Mulher do MS, Thereza De Lamare.
Cesarianas
Se as maternidades públicas ainda têm problemas estruturais, as mães reclamam que no setor privado o problema é outro. "Logo na primeira consulta, a primeira coisa que o médico diz é: 'Parto normal para quê? Melhor marcar a data e o horário e resolver isso logo'", reclama a professora Maria Ferreira Florinda, 35 anos. A opção pela cesariana, que deveria ser apenas para casos específicos, tem se tornado padrão, reclamam as mães. "Eu já passei por cinco obstetras e nenhum deles aceitou fazer parto normal, que é o que quero pra mim. É uma forma menos invasiva, mais natural. Desde que soube que seria mãe, decidi que seria parto normal. Só falta encontrar um médico", diz.
Ela diz que, entre os especialistas que já consultou, as desculpas foram muitas. "Alguns tentam dizer que é mais prático, mais rápido e menos doloroso. Outros já são mais diretos e dizem abertamente que não fazem parto normal", conta Maria. "Eles dizem que até podem fazer o pré-natal, mas na hora do parto não te acompanharão e que eu ficarei na mão da equipe que estiver de plantão." O problema é o mesmo relatado por Mariléia. "É muito mais difícil e demorado, então me disseram abertamente: se eu quiser parto normal, terei que procurar outro profissional, mas está difícil de encontrar", lamenta.
A médica Lucila Nagata, da Federação Brasileira da Associação dos Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo), admite o problema. "Muitos profissionais trabalham em vários hospitais e, por uma questão econômica, preferem a cesariana. Por mais que o valor pago por um parto normal seja maior que o da cesariana, o tempo e esforço do médico são muito maiores, e isso acaba desestimulando-o a optar pelo parto natural", conta.
O Ministério da Saúde também reconhece o abuso nas cesarianas - que violam o direito das gestantes a um parto o mais natural possível. Segundo dados do próprio ministério, 43% de todos os partos do Brasil são desse tipo. Na iniciativa privada, o índice chega a 80%. "Há três anos fazemos campanhas com as associações médicas e com os planos de saúde para conscientizar os médicos, especialmente da iniciativa privada, sobre a importância do parto normal", afirma Thereza. "Nos hospitais públicos, as normas do SUS também reforçam que cesariana só em casos excepcionais", completa a coordenadora.
Amanhã, a professora Maria Ferreira tem uma consulta com o sexto obstetra. Na lista de perguntas que pretende fazer sobre a gestação e sobre a saúde do futuro filho, a primeira não será a tradicional "É menino ou menina?" Antes de qualquer coisa, a professora vai perguntar: "Podemos optar pelo parto normal?"
Suporte profissional
A palavra vem do grego e significa "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. Antigamente, o cargo era ocupado por mulheres mais velhas, que, além de ajudar no momento do nascimento, acompanhavam as mães e faziam serviços domésticos. Hoje, com famílias menores, a doula virou uma profissão. Psicólogas e outras profissionais dão assessoria para o pré e o pós-parto e acompanham a mãe, tanto no hospital quanto em casa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Campanha entra na semana decisiva para Serra e Dilma
Pouco mais de duas horas de propaganda eleitoral gratuita, dois debates televisivos e atos de campanha em sete estados separam os candidatos à Presidência do domingo decisivo para o destino político do país. Os últimos passos previstos para Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) demonstram que Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral, ainda é a noiva mais imprevisível e cobiçada. Os dois presidenciáveis devem escolher as Alterosas para marcar presença entre o eleitorado às vésperas da eleição, mas em cidades diferentes. Dilma é aguardada na capital e Serra no norte do estado.
O Nordeste que acolheu a petista no primeiro turno continua sendo assediado pelo tucano, mas a campanha de Dilma não deixa o adversário voar sozinho na região. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta arrematar o predomínio eleitoral de Dilma no Nordeste, pedindo votos para sua candidata em evento marcado para quinta-feira em Recife (PE). Durante a semana, a petista também se encontrará com aliados em Fortaleza (CE) e Caruaru (PE). Serra deve visitar Pernambuco e Bahia.
Almeida diz que a estratégia é investir em agendas de rua mais intensas
Apesar da importância da campanha nas ruas e do contato direto dos candidatos com os eleitores, são os dois debates da última semana que movem os marqueteiros petistas e tucanos. Aliados dos presidenciáveis são unânimes ao afirmar que não é o momento de lançar mão de nenhuma manobra ousada. As pesquisas internas do PT de Dilma mostraram que a atitude mais “assertiva” da candidata nos últimos debates foi positiva para a mobilização da militância e bem aceita pelo eleitorado.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirma que apesar de a campanha continuar apostando na fórmula da comparação dos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, a orientação é para que Dilma não se intimide diante das provocações do adversário. “É a estratégia da comparação dos projetos, das biografias de FHC e Lula. O confronto é para deixar mais claras as posições. Não há como evitar o confronto entre os dois candidatos, o Serra baixou muito o nível da campanha”, critica Vaccarezza. O aliado de Dilma afirma que na reta final da campanha os estados prioritários são os que concentram maior número de eleitores, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Hoje, a candidata lança oficialmente em São Paulo seu programa de governo. A presidenciável escolheu o estado para reforçar seus compromissos registrados no “Os 13 Compromissos Programáticos de Dilma Rousseff para Debate na Sociedade Brasileira”.
“Coisas novas”
Enquanto o PT tenta se fortalecer no Sudeste, aliados de Serra no Nordeste têm trabalho redobrado para conquistar votos para o tucano na reta final da campanha. O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), conta que os correligionários têm investido em “coisas novas”, para atrair os eleitores por meio de peças publicitárias e ações mais intensas na rua. Amanhã, Serra deve cumprir agenda na Bahia, em companhia do ex-governador e senador eleito Aécio Neves
(PSDB). Segundo Almeida, Dilma evitou participar de debate no SBT Nordeste, para não correr risco de perder votos na região. “Ela não está querendo enfrentar as discussões sobre o Nordeste, porque essa bondade do Nordeste para ela não se justifica”, ataca.
O líder do PSDB afirma que Serra retomará, no debate de hoje, o episódio da agressão que sofreu em caminhada no Rio de Janeiro, mas deixará de lado temas de inspiração religiosa. O incidente abriu polêmica sobre o objeto que atingiu o presidenciável e até o presidente da República apareceu para botar fogo na discussão, acusando o adversário de Dilma de simular ferimento depois de ser acertado por uma bolinha de papel. “Não há como não abordar esse tema. A violência e a perda de equilíbrio do PT e do próprio presidente Lula estarão no debate.”
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
domingo, 24 de outubro de 2010
Rosalba, Agripino,Rogério Marinho participam de mobilização da campanha de Serra no RJ
A governadora eleita Rosalba Ciarlini, o senador José Agripino e os deputados federais Rogério Marinho e Felipe Maia participaram neste domingo(24) em Copacabana, no Rio de Janeiro, de manifestação política do candidato a presidente da República José Serra.
Milhares de pessoas compareceram a orla fluminense para ouvir Serra.
Rosalba discursou depois do senador eleito pelo Estado de Minas Gerais, Aécio Neves.
“Eu voto em Serra porque conheço seu trabalho e sei que com Serra presidente o Brasil vai ter uma saúde de verdade”, disse Rosalba.
No seu discurso, Serra ressaltou a importância de o eleitor escolher a candidatura que representa a afirmação de valores morais e éticos.
“Nós precisamos de um governo de honestidade. Para nós, democracia é uma maneira de viver e sabe o que preocupa os adversários? É que, para nós, esses valores são de verdade”, ressaltou o candidato tucano.
Líderes políticos do PSDB, do DEM e de outros partidos representando vários Estados participaram da mobilização.
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VOLTE LOGO!
PROG.COISAS DA GENTE DE SEG Á SEXTA FEIRA DAS 5:00 AS 06:00Hs.
PROG. ALVORADA SERTANEJA(FORA DO AR)
AREIA BRANCA-RN
MINHA CIDADE -
SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon
Ordem: 1.º Imperador do Brasil
Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança