segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Primo de Bruno conta como foi feita a execução de Eliza Samudio
Um dos acusados de participação no desaparecimento de Eliza Samudio, o primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, contou detalhes dos últimos momentos com vida da ex-amante do atleta, em reportagem do Fantástico, na noite de domingo. Nas imagens, Sales conta que quando perguntou por Eliza, na noite do crime, Bruno respondeu "já era".
O primo do goleiro foi o único que desde o desaparecimento da ex-amante de Bruno não voltou atrás em seu depoimento. Já o menor, também primo do atleta, em um primeiro momento relatou uma versão semelhante a de Sales e depois negou tudo o que havia dito.
Na reportagem, Marco Antônio Siqueira, advogado de Sérgio Rosa Sales, afirmou que caso seu cliente mude o depoimento, pagará por isso. "Uma certeza eu tenho: que se ele mudar para tentar beneficiar a, b ou c, certamente ele será condenado", disse o advogado ao programa de TV.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Pesquisa mostra desrespeito às grávidas
Todas as mães esperam que o nascimento de um filho ocorra tranquilamente, cercadas de todos os cuidados médicos possíveis e com o apoio da família. No entanto, a realidade nem sempre dialoga com o sonho das futuras mamães. O parto vem se tornando um procedimento cada vez mais artificial, reclamam. No lugar das contrações, um bisturi. No lugar da família, médicos que sequer acompanharam o pré-natal e, no lugar do apoio, muitas vezes o que elas encontram é algo muito próximo do descaso. Profissionais e autoridades admitem o problema e criam programas, na tentativa de garantir o que antigamente era comum se desejar a qualquer gestante: "Uma boa hora".
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra que, pelo menos nas unidades de saúde da capital paulista, uma das regiões mais ricas do país - e, portanto, teoricamente em melhor situação -, o desrespeito aos direitos das gestantes é constante. "Elas relataram ter sofrido com a ausência de recursos materiais e humanos, como a falta de anestesistas de plantão para aliviar a dor do parto normal", conta a psicóloga Janaína Marques de Aguiar. "Muitas relataram a negação do direito - garantido por lei - a um acompanhante durante todo o trabalho de parto e pós-parto", conta.
Outro problema apontado pela pesquisa da USP foi a discriminação social e racial que muitas mães, especialmente as de renda mais baixa, sofriam. "Isso se manifesta na forma de brincadeiras jocosas de cunho moralista, baseadas em preconceitos e estereótipos de classe e gênero", conta. "Está chorando por quê? Na hora de fazer, não chorou" é um típico insulto que algumas gestantes relataram às pesquisadoras paulistas. "Esses jargões revelam crenças culturais como a de que a dor do parto é o preço que a mulher deve pagar pelo prazer sexual; ou que a mulher pobre tem uma sexualidade descontrolada e por isso tem muitos filhos", conta.
Segundo a doula Clarissa Kahn, o problema não está restrito à capital paulista. "O parto se tornou algo muito hospitalar, muito médico. Nós defendemos tornar esse momento o mais natural possível. Achamos que é direito da mulher ter por perto quem ela gosta e ter seus direitos respeitados", afirma a psicóloga, que faz parte da organização não governamental Amigas do Parto, que trabalha para a humanização do tratamento das gestantes em todo o Brasil.
O grupo tenta divulgar o conceito de parto humanizado. "A Organização Mundial da Saúde (OMS) exige uma série de aspectos que podem ser flexibilizados para dar mais qualidade de vida e conforto no momento do parto", afirma Clarissa. "Não deixar a gestante sem se alimentar durante todo o trabalho de parto, garantir um espaço privado que resguarde a intimidade da gestante e respeitar a sua manifestação de dor são alguns dos aspectos aos quais os profissionais de saúde devem estar atentos", conta.
Se no dia do parto muitas gestantes se sentem perdidas, durante o pré-natal a sensação é constante. "A informação é muito ruim. Sinto que os médicos não se dão ao trabalho de explicar o que está acontecendo", reclama a socióloga Mariléia Hillesheim, 35 anos, grávida pela primeira vez. "As consultas são geralmente rápidas, objetivas e focadas. Sempre que surge alguma questão, o máximo que eles respondem é: 'Fique tranquila, não é nada grave'."
Na sétima semana de gravidez, Mariléia teve um susto. "Fui fazer uma ultrassonografia e foi detectado um descolamento da minha placenta. Na hora, o médico simplesmente disse para eu procurar meu obstetra. Me senti desnorteada. Até o médico me explicar, não tinha informação alguma", relata. "O jeito é a gente ir se resolvendo como dá. Tento pesquisar em livros e procurar na internet mais informações, mas elas nem sempre são confiáveis. E quem não tem acesso a esse tipo de ferramenta, como faz?", questiona.
Para tentar resolver o problema, o Ministério da Saúde (MS) criou o Programa Parto Humanizado. "Nosso objetivo é levar informação e capacitação para as maternidades, para que as mães possam exercer plenamente seus direitos. Algumas das questões são um pouco mais complicadas. Para garantir a presença de um acompanhante, temos que investir na ampliação nas salas de parto", explica a coordenadora técnica de Saúde da Mulher do MS, Thereza De Lamare.
Cesarianas
Se as maternidades públicas ainda têm problemas estruturais, as mães reclamam que no setor privado o problema é outro. "Logo na primeira consulta, a primeira coisa que o médico diz é: 'Parto normal para quê? Melhor marcar a data e o horário e resolver isso logo'", reclama a professora Maria Ferreira Florinda, 35 anos. A opção pela cesariana, que deveria ser apenas para casos específicos, tem se tornado padrão, reclamam as mães. "Eu já passei por cinco obstetras e nenhum deles aceitou fazer parto normal, que é o que quero pra mim. É uma forma menos invasiva, mais natural. Desde que soube que seria mãe, decidi que seria parto normal. Só falta encontrar um médico", diz.
Ela diz que, entre os especialistas que já consultou, as desculpas foram muitas. "Alguns tentam dizer que é mais prático, mais rápido e menos doloroso. Outros já são mais diretos e dizem abertamente que não fazem parto normal", conta Maria. "Eles dizem que até podem fazer o pré-natal, mas na hora do parto não te acompanharão e que eu ficarei na mão da equipe que estiver de plantão." O problema é o mesmo relatado por Mariléia. "É muito mais difícil e demorado, então me disseram abertamente: se eu quiser parto normal, terei que procurar outro profissional, mas está difícil de encontrar", lamenta.
A médica Lucila Nagata, da Federação Brasileira da Associação dos Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo), admite o problema. "Muitos profissionais trabalham em vários hospitais e, por uma questão econômica, preferem a cesariana. Por mais que o valor pago por um parto normal seja maior que o da cesariana, o tempo e esforço do médico são muito maiores, e isso acaba desestimulando-o a optar pelo parto natural", conta.
O Ministério da Saúde também reconhece o abuso nas cesarianas - que violam o direito das gestantes a um parto o mais natural possível. Segundo dados do próprio ministério, 43% de todos os partos do Brasil são desse tipo. Na iniciativa privada, o índice chega a 80%. "Há três anos fazemos campanhas com as associações médicas e com os planos de saúde para conscientizar os médicos, especialmente da iniciativa privada, sobre a importância do parto normal", afirma Thereza. "Nos hospitais públicos, as normas do SUS também reforçam que cesariana só em casos excepcionais", completa a coordenadora.
Amanhã, a professora Maria Ferreira tem uma consulta com o sexto obstetra. Na lista de perguntas que pretende fazer sobre a gestação e sobre a saúde do futuro filho, a primeira não será a tradicional "É menino ou menina?" Antes de qualquer coisa, a professora vai perguntar: "Podemos optar pelo parto normal?"
Suporte profissional
A palavra vem do grego e significa "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. Antigamente, o cargo era ocupado por mulheres mais velhas, que, além de ajudar no momento do nascimento, acompanhavam as mães e faziam serviços domésticos. Hoje, com famílias menores, a doula virou uma profissão. Psicólogas e outras profissionais dão assessoria para o pré e o pós-parto e acompanham a mãe, tanto no hospital quanto em casa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra que, pelo menos nas unidades de saúde da capital paulista, uma das regiões mais ricas do país - e, portanto, teoricamente em melhor situação -, o desrespeito aos direitos das gestantes é constante. "Elas relataram ter sofrido com a ausência de recursos materiais e humanos, como a falta de anestesistas de plantão para aliviar a dor do parto normal", conta a psicóloga Janaína Marques de Aguiar. "Muitas relataram a negação do direito - garantido por lei - a um acompanhante durante todo o trabalho de parto e pós-parto", conta.
Outro problema apontado pela pesquisa da USP foi a discriminação social e racial que muitas mães, especialmente as de renda mais baixa, sofriam. "Isso se manifesta na forma de brincadeiras jocosas de cunho moralista, baseadas em preconceitos e estereótipos de classe e gênero", conta. "Está chorando por quê? Na hora de fazer, não chorou" é um típico insulto que algumas gestantes relataram às pesquisadoras paulistas. "Esses jargões revelam crenças culturais como a de que a dor do parto é o preço que a mulher deve pagar pelo prazer sexual; ou que a mulher pobre tem uma sexualidade descontrolada e por isso tem muitos filhos", conta.
Segundo a doula Clarissa Kahn, o problema não está restrito à capital paulista. "O parto se tornou algo muito hospitalar, muito médico. Nós defendemos tornar esse momento o mais natural possível. Achamos que é direito da mulher ter por perto quem ela gosta e ter seus direitos respeitados", afirma a psicóloga, que faz parte da organização não governamental Amigas do Parto, que trabalha para a humanização do tratamento das gestantes em todo o Brasil.
O grupo tenta divulgar o conceito de parto humanizado. "A Organização Mundial da Saúde (OMS) exige uma série de aspectos que podem ser flexibilizados para dar mais qualidade de vida e conforto no momento do parto", afirma Clarissa. "Não deixar a gestante sem se alimentar durante todo o trabalho de parto, garantir um espaço privado que resguarde a intimidade da gestante e respeitar a sua manifestação de dor são alguns dos aspectos aos quais os profissionais de saúde devem estar atentos", conta.
Se no dia do parto muitas gestantes se sentem perdidas, durante o pré-natal a sensação é constante. "A informação é muito ruim. Sinto que os médicos não se dão ao trabalho de explicar o que está acontecendo", reclama a socióloga Mariléia Hillesheim, 35 anos, grávida pela primeira vez. "As consultas são geralmente rápidas, objetivas e focadas. Sempre que surge alguma questão, o máximo que eles respondem é: 'Fique tranquila, não é nada grave'."
Na sétima semana de gravidez, Mariléia teve um susto. "Fui fazer uma ultrassonografia e foi detectado um descolamento da minha placenta. Na hora, o médico simplesmente disse para eu procurar meu obstetra. Me senti desnorteada. Até o médico me explicar, não tinha informação alguma", relata. "O jeito é a gente ir se resolvendo como dá. Tento pesquisar em livros e procurar na internet mais informações, mas elas nem sempre são confiáveis. E quem não tem acesso a esse tipo de ferramenta, como faz?", questiona.
Para tentar resolver o problema, o Ministério da Saúde (MS) criou o Programa Parto Humanizado. "Nosso objetivo é levar informação e capacitação para as maternidades, para que as mães possam exercer plenamente seus direitos. Algumas das questões são um pouco mais complicadas. Para garantir a presença de um acompanhante, temos que investir na ampliação nas salas de parto", explica a coordenadora técnica de Saúde da Mulher do MS, Thereza De Lamare.
Cesarianas
Se as maternidades públicas ainda têm problemas estruturais, as mães reclamam que no setor privado o problema é outro. "Logo na primeira consulta, a primeira coisa que o médico diz é: 'Parto normal para quê? Melhor marcar a data e o horário e resolver isso logo'", reclama a professora Maria Ferreira Florinda, 35 anos. A opção pela cesariana, que deveria ser apenas para casos específicos, tem se tornado padrão, reclamam as mães. "Eu já passei por cinco obstetras e nenhum deles aceitou fazer parto normal, que é o que quero pra mim. É uma forma menos invasiva, mais natural. Desde que soube que seria mãe, decidi que seria parto normal. Só falta encontrar um médico", diz.
Ela diz que, entre os especialistas que já consultou, as desculpas foram muitas. "Alguns tentam dizer que é mais prático, mais rápido e menos doloroso. Outros já são mais diretos e dizem abertamente que não fazem parto normal", conta Maria. "Eles dizem que até podem fazer o pré-natal, mas na hora do parto não te acompanharão e que eu ficarei na mão da equipe que estiver de plantão." O problema é o mesmo relatado por Mariléia. "É muito mais difícil e demorado, então me disseram abertamente: se eu quiser parto normal, terei que procurar outro profissional, mas está difícil de encontrar", lamenta.
A médica Lucila Nagata, da Federação Brasileira da Associação dos Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo), admite o problema. "Muitos profissionais trabalham em vários hospitais e, por uma questão econômica, preferem a cesariana. Por mais que o valor pago por um parto normal seja maior que o da cesariana, o tempo e esforço do médico são muito maiores, e isso acaba desestimulando-o a optar pelo parto natural", conta.
O Ministério da Saúde também reconhece o abuso nas cesarianas - que violam o direito das gestantes a um parto o mais natural possível. Segundo dados do próprio ministério, 43% de todos os partos do Brasil são desse tipo. Na iniciativa privada, o índice chega a 80%. "Há três anos fazemos campanhas com as associações médicas e com os planos de saúde para conscientizar os médicos, especialmente da iniciativa privada, sobre a importância do parto normal", afirma Thereza. "Nos hospitais públicos, as normas do SUS também reforçam que cesariana só em casos excepcionais", completa a coordenadora.
Amanhã, a professora Maria Ferreira tem uma consulta com o sexto obstetra. Na lista de perguntas que pretende fazer sobre a gestação e sobre a saúde do futuro filho, a primeira não será a tradicional "É menino ou menina?" Antes de qualquer coisa, a professora vai perguntar: "Podemos optar pelo parto normal?"
Suporte profissional
A palavra vem do grego e significa "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. Antigamente, o cargo era ocupado por mulheres mais velhas, que, além de ajudar no momento do nascimento, acompanhavam as mães e faziam serviços domésticos. Hoje, com famílias menores, a doula virou uma profissão. Psicólogas e outras profissionais dão assessoria para o pré e o pós-parto e acompanham a mãe, tanto no hospital quanto em casa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Campanha entra na semana decisiva para Serra e Dilma
Pouco mais de duas horas de propaganda eleitoral gratuita, dois debates televisivos e atos de campanha em sete estados separam os candidatos à Presidência do domingo decisivo para o destino político do país. Os últimos passos previstos para Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) demonstram que Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral, ainda é a noiva mais imprevisível e cobiçada. Os dois presidenciáveis devem escolher as Alterosas para marcar presença entre o eleitorado às vésperas da eleição, mas em cidades diferentes. Dilma é aguardada na capital e Serra no norte do estado.
O Nordeste que acolheu a petista no primeiro turno continua sendo assediado pelo tucano, mas a campanha de Dilma não deixa o adversário voar sozinho na região. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta arrematar o predomínio eleitoral de Dilma no Nordeste, pedindo votos para sua candidata em evento marcado para quinta-feira em Recife (PE). Durante a semana, a petista também se encontrará com aliados em Fortaleza (CE) e Caruaru (PE). Serra deve visitar Pernambuco e Bahia.
Almeida diz que a estratégia é investir em agendas de rua mais intensas
Apesar da importância da campanha nas ruas e do contato direto dos candidatos com os eleitores, são os dois debates da última semana que movem os marqueteiros petistas e tucanos. Aliados dos presidenciáveis são unânimes ao afirmar que não é o momento de lançar mão de nenhuma manobra ousada. As pesquisas internas do PT de Dilma mostraram que a atitude mais “assertiva” da candidata nos últimos debates foi positiva para a mobilização da militância e bem aceita pelo eleitorado.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirma que apesar de a campanha continuar apostando na fórmula da comparação dos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, a orientação é para que Dilma não se intimide diante das provocações do adversário. “É a estratégia da comparação dos projetos, das biografias de FHC e Lula. O confronto é para deixar mais claras as posições. Não há como evitar o confronto entre os dois candidatos, o Serra baixou muito o nível da campanha”, critica Vaccarezza. O aliado de Dilma afirma que na reta final da campanha os estados prioritários são os que concentram maior número de eleitores, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Hoje, a candidata lança oficialmente em São Paulo seu programa de governo. A presidenciável escolheu o estado para reforçar seus compromissos registrados no “Os 13 Compromissos Programáticos de Dilma Rousseff para Debate na Sociedade Brasileira”.
“Coisas novas”
Enquanto o PT tenta se fortalecer no Sudeste, aliados de Serra no Nordeste têm trabalho redobrado para conquistar votos para o tucano na reta final da campanha. O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), conta que os correligionários têm investido em “coisas novas”, para atrair os eleitores por meio de peças publicitárias e ações mais intensas na rua. Amanhã, Serra deve cumprir agenda na Bahia, em companhia do ex-governador e senador eleito Aécio Neves
(PSDB). Segundo Almeida, Dilma evitou participar de debate no SBT Nordeste, para não correr risco de perder votos na região. “Ela não está querendo enfrentar as discussões sobre o Nordeste, porque essa bondade do Nordeste para ela não se justifica”, ataca.
O líder do PSDB afirma que Serra retomará, no debate de hoje, o episódio da agressão que sofreu em caminhada no Rio de Janeiro, mas deixará de lado temas de inspiração religiosa. O incidente abriu polêmica sobre o objeto que atingiu o presidenciável e até o presidente da República apareceu para botar fogo na discussão, acusando o adversário de Dilma de simular ferimento depois de ser acertado por uma bolinha de papel. “Não há como não abordar esse tema. A violência e a perda de equilíbrio do PT e do próprio presidente Lula estarão no debate.”
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
domingo, 24 de outubro de 2010
Rosalba, Agripino,Rogério Marinho participam de mobilização da campanha de Serra no RJ
A governadora eleita Rosalba Ciarlini, o senador José Agripino e os deputados federais Rogério Marinho e Felipe Maia participaram neste domingo(24) em Copacabana, no Rio de Janeiro, de manifestação política do candidato a presidente da República José Serra.
Milhares de pessoas compareceram a orla fluminense para ouvir Serra.
Rosalba discursou depois do senador eleito pelo Estado de Minas Gerais, Aécio Neves.
“Eu voto em Serra porque conheço seu trabalho e sei que com Serra presidente o Brasil vai ter uma saúde de verdade”, disse Rosalba.
No seu discurso, Serra ressaltou a importância de o eleitor escolher a candidatura que representa a afirmação de valores morais e éticos.
“Nós precisamos de um governo de honestidade. Para nós, democracia é uma maneira de viver e sabe o que preocupa os adversários? É que, para nós, esses valores são de verdade”, ressaltou o candidato tucano.
Líderes políticos do PSDB, do DEM e de outros partidos representando vários Estados participaram da mobilização.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
REUNIÃO DOS PREFEITO DO RN ACONTECE NESTA SEGUNDA EM NATAL
Nesta segunda-feira(25), às 15 horas, no auditório Senador Albano Franco, na Casa da Indústria, os prefeitos do RN voltam a se reunir.
A reunião, convocada pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, discutirá a grave crise financeira vivida pelas prefeituras do Estado.
Os senadores e os deputados federais da bancada do RN em Brasília foram convidados para participar do encontro pelo presidente da Femurn, prefeito Benes Leocádio.
O objetivo da reunião é contribuir para uma mobilização nacional dos prefeitos em busca de soluções para a crise financeira dos municípios.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
AGOSTINHO PINTO QUER LANÇAR HELIO DA AMBULANCIA CANDIDATO A PREFEITO DE APODI CONTRA SUA PRIMA
Preocupados com a ascensão do prof. Flaviano Monteiro e com a chamada Nova Geração, que se recusa a ser caracterizada como 'bicudos' ou de defender uma bandeira, já que sua ideologia é contrária a defesa de cores, alguns líderes 'rebelados' do grupo da prefeita Goreti Silveira, juntamente com lideranças que já tinham saído há meses atrás e outras do lado 'vermelho', o articulador político Agostinho Pinto parece que não descansará na disputa interna contra o marido da atual prefeita Goreti Silveira.
Segundo informações, Agostinho teria dito que pretende resgatar a bandeira vermelha em Apodi, e para isso articula a candidatura do vereador Hélio da Ambulância que contará também com o apoio do senador José Agripino e do deputado estadual Getúlio Rêgo.
A estratégia de Agostinho nesse momento é tirar do foco a prefeita Goreti Silveira que teria revidado ao saber dos planos do 'primo' na articulação de uma nova candidatura surgida dentro de sua base eleitoral.
A ideia na verdade é juntar os lados 'verde' e 'vermelho' na disputa contra a Nova Geração, nesse momento liderada pelo professor Flaviano Monteiro na disputa pela prefeitura.
Agostinho atualmente é o presidente do PMDB, partido da prefeita Goreti Silveira, e sabe que dificilmente eles cederão o partido para que surja dali uma nova candidatura, e por isso sua articulação nesse momento é conseguir reunir dissidentes como os ex-prefeitos Simão Nogueira, Evandro Marinho e José Pinheiro, atualmente na 'bandeira vermelha', e adversários políticos declarados de Klinger e Goreti.
A meta é implantar, na atual administração, uma nova candidatura capaz de concorrer com a Nova Geração, visto que Goreti Silveira passa por problemas sérios na administração da cidade, o que tem impossibilitado a mesma de disputar as eleições em 2012.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Ari Clemente o zagueiro que quase tirou Pelé da Copa de 58
Opa! Aquele é o Ari Clemente? O Ari Clemente do Corinthians? Aquele do pontapé que quase tirou o Pelé da Copa de 58? O rottweiler que deixou os campos e entrou para a história soterrado pela reputação de 'violento', 'duro', 'desleal', 'conhecido por sua maldade', o homem do 'carrinho por trás', da 'sanha', da 'rasteira', da 'caixa de ferramentas'? É aquele senhor ali encolhido no sofá da sala, as pernas juntas equilibrando uma bandeja, e se fartando de duas mangas coração-de-boi? Ari Clemente do Corinthians? 'Eu mesmo, ao seu dispor', ele diz, já de pé, enquanto limpa os lábios com as costas da mão esquerda e estende a direita num cumprimento molenga. O 'ao seu dispor' é resquício dos 11 anos que trabalhou como recepcionista da diretoria do Banco Safra, depois de pendurar as chuteiras, em 1971.
As mãos do Ari são enormes. Os cabelos, grisalhos e poucos. Os olhos estão meio embaçados, mas a queixada é a mesma de antigamente. A boca exagerada também. O corpo de 71 anos continua musculoso. E os chinelos pretos de couro, desmanchando de tão velhos. 'Senta. Não repara na bagunça. Eu ia começar a ver o jogo do Barcelona.' A 'bagunça' são os bordados, almofadas e toalhas que a dona Elenita, mulher do Ari, uma alagoana arretada, faz para engrossar a féria da família. 'Hoje em dia o meu véio é craque nisso aqui, ó', ela se empolga, esticando uma bolsinha preta com miçangas brancas, autoria do casal. 'Ele me ajuda muito, sabe? Corta os panos, vai comigo na 25 de Março comprar as coisas...' O Ari ri, encabulado.
Quarta-feira, quatro e meia da tarde. O Ari Clemente que abre sua casinha de quarto-sala-cozinha-banheiro no Imirim, zona norte de São Paulo, e se ajeita diante da antiga TV de tubo, embora chupando manga, não se parece com o Cão que a lenda pintou. Ele já sabe o motivo da visita: Pelé fazendo aniversário redondo, o septuagésimo, e não querendo dar entrevistas... Bem, sempre sobra pros coadjuvantes do Rei(foto com a ex-namorada Xuxa).
Até que fazia tempo que não procuravam o Ari. Ele jogou no Corinthians e no Bangu nas décadas de 60/70. Era um lateral-esquerdo parrudo, de 1,80 m e 83 kg, nada a ver com esses de hoje, que vão ao ataque, fazem cruzamentos, gols e outros bichos. 'Eu era marcador de ponta-direita.' Ponto. Tinha uma missão simples e única: impedir a passagem do atacante adversário que vinha com gracinhas por aquela beirada do campo. E o Ari pegou muito engraçadinho pela frente, os melhores que o Brasil já teve: Garrincha (Botafogo), Jair da Costa (Portuguesa), Dorval (Santos), Joel (Flamengo) e Julinho (Palmeiras). 'O Garrincha era o mais complicado. Quando parava na minha frente eu sabia direitinho o que ele ia fazer, por onde ia escapar. Porque, vou te dizer, eu não era um João dele, não. Eu era esperto. Mas, mesmo assim, quem disse que dava pra parar o homem?'
O Ari não alisava. Se era para frear alguém, ele conjugava o verbo em todas as pessoas e declinações. Subiu balão, desceu balão e lá estava o Ari dando chutão. 'Ele jogava firme, chegava junto. Sem muita técnica, mas sem maldade também', relembra o santista Dorval, aos 75. 'Era um bom defensor. Forte e sério', emenda o meio-campista Zito, de 72, também do Santos. 'Como os dois eram vizinhos na Penha, o meu pai vivia dando carona pro Ari depois dos clássicos. Você acha que ele faria isso se o Ari detonasse as canelas dele?', questiona Carlos Botelho, filho do Julinho do Palmeiras. Quiseram os alfarrábios futebolísticos, contudo, que o Ari se tornasse um tremendo vilão sem nunca ter sido. Tal qual o Barbosa, goleiro 'culpado' pela derrota nacional na Copa de 50.
Talvez pior, porque o caso do Ari, como naquela canção do Chico Buarque, foi mais um 'e se...' E se, por causa do Ari, o Pelé tivesse ficado fora da Copa de 58? O Brasil venceria o seu primeiro mundial? Teria se livrado do tal complexo de vira-latas do Nelson Rodrigues? Seríamos penta? Neymar existiria? E se o Chico, deus nos livre, tivesse rimado 'E se o Arapiraca for campeão' com 'E se o Ari não tivesse quebrado o Negão?'
Tudo aconteceu no dia 21 de maio de 1958. A Seleção fazia a sua última apresentação em solo brasileiro antes de embarcar para a Suécia: um jogo-treino contra o Corinthians. O Pelé tinha 17 anos, um fiapo. O Ari, aos 19, já era assim um Ari Clemente em termos de tamanho. Um choque entre os dois, se tele-transportado para os dias atuais, seria algo acontecido entre um Maicon e um Robinho. E o choque aconteceu. Pelé deixou o campo com o joelho direito machucado, e a comissão técnica temeu pelo pior. Três relatos em letras de forma:
A bola estava no chão, rolando, Pelé avançava quando recebeu um pontapé de Ari no joelho. A dor derrubou-o. Quis levantar-se rápido, estufar o peito, enfrentar Ari, mas ficou no chão. Segurou o joelho entre as duas mãos cheias de barro. (Mario Filho, na biografia romanceada Viagem em torno de Pelé, de 1963)
Ari Clemente largou a bola e acertou um pontapé arrasador em Pelé. Não era a sua primeira tentativa de esquartejamento. Pelé rolou em campo com as duas mãos no joelho direito. Seu grito de dor foi ouvido no túnel. (...) Ao ver Pelé sendo carregado chorando, Ari Clemente procurou no gramado um buraco onde esconder a cara. (Ruy Castro, na biografia de Garrincha, Estrela solitária, de 1995).
Pelé já passara três bolas por debaixo das pernas de Ari Clemente, seu alvo preferido quando jogava contra o Corinthians. (...) E quando preparava um novo drible no zagueiro, este não perdoou. Pelé ainda tentou saltar, mas foi pego no joelho pela chuteira de Clemente. (Tom Cardoso e Roberto Rockmann, na biografia de Paulo Machado de Carvalho, O marechal da vitória, de 2005)
Quanto ao Ari, quase todas as memórias futebolísticas que ele tinha a água levou, numa enchente de meio muro que anos atrás estragou fogão e geladeira e esfarelou suas fotos e recortes de jornais. As lembranças que sobraram devem estar guardadas no relógio em forma de escudo do Corinthians pendurado na parede da sala. É para ele que o Ari olha sem ver enquanto dá a sua versão dos fatos. 'Estava garoando. A seleção atacava para o gol da concha acústica e o Pepe bateu uma falta para dentro da área. A bola não pingou, porque a grama estava molhada. Ela bateu no chão e deslizou. Eu fui de sola para afastar a bola dali, da entrada da área, perto da meia-lua. Então o Pelé surgiu chutando. Mas em vez de acertar a bola ele acertou meu pé esquerdo. Eu não quis machucar. O juiz nem deu falta.' Pepe, de 75 carnavais, não se lembra. Pede para dizer quem fez os gols, quem sabe isso lhe refresque a memória. Dois dele mesmo, dois do Garricha o engraçadinho que deveria estar aos cuidados do Ari e um do Mazola. Brasil 5, Corinthians 0. 'Ah tá. Foi de noite esse jogo. O lance com o Pelé foi uma dividida normal. O negócio é que ele, ainda menino, não tirava o pé de dividida. Não afinava. Muito menos o Ari Clemente', conta o ex-ponta-esquerda. Zito completa: 'E não foi por causa dessa contusão que o Pelé começou a Copa no banco. Ele fez tratamento quando paramos na Itália e já chegou recuperado à Suécia. Só entrou na terceira partida por opção do (técnico) Feola'. Se há algo de que o Ari pode ser acusado é de ter jogado mal pra burro naquele dia. A edição do Estado da manhã seguinte anotou que ele fez um pênalti em Garrincha (Didi bateu pra fora) e também bobeou num dos gols do Pepe. Além de quê, Sua Majestade já concedeu clemência ao Ari. Em 2008, Pelé disse: 'Quando tive a contusão, que foi casual, começaram a dizer que o Ari Clemente foi maldoso, mas ele não teve intenção'.
Pingos nos is
O Ari nunca carregou esse peso, porque na primeira oportunidade que teve foi esclarecer as coisas com o Rei. Pacaembu de novo, 14 de setembro de 1958, Santos x Corinthians.
Eles conversaram antes de a bola rolar, o Pelé disse que tudo bem, esquece isso, coisa e tal. Mas nem por isso deixou de marcar o seu golzinho: Santos 1, Corinthians 0. E assim foi até o Ari trocar o Parque São Jorge por Moça Bonita, no Rio, onde foi defender o Bangu do finado bicheiro Castor de Andrade, que ele respeitosamente ainda chama de 'doutor Castor'. Nunca mais o Corinthians do Ari venceu o Santos do Pelé em Campeonatos Paulistas, por irritantes 11 anos. Teve um quase, recorda o Ari, justamente na sua despedida, em 1964. 'O Santos ganhou de 7 a 4, só que o Pelé marcou 4. Se não fosse ele, teríamos vencido por 4 a 3', gargalha. E daí surgiu a lenda, também amarrada ao pé do Ari, de que o Pelé ficou tão fulo com a contusão às vésperas da Copa que espichou uma urucubaca: 'Enquanto eu jogar, o Corinthians jamais será campeão!' O Ari não crê, mas vai saber. 'Eu nunca ouvi isso da boca dele, só que contra nós o neguinho arrebentava...' O Timão só voltou a ganhar um título paulista, o famoso de 1977, doze dias depois de o Pelé encerrar a carreira. No Almanaque do Timão, do jornalista Celso Unzelte, maior conhecedor de assuntos corintianos de que se tem notícia, o verbete 'Ari Clemente' possui 20 linhas 6 de biografia, 14 de lenda.
O Ari não sabe disso, nem quer saber. Hoje, prefere falar dos tempos em que trabalhou no Safra e, depois, como vigia na casa de um dos seus diretores. 'Joguei bola dez anos. Trabalhei mais 20 depois. E foi por causa desses 20 que comprei um teto e posso ter a minha aposentadoriazinha (R$ 2.000 por mês). Até o meu primeiro carro, um Corcel II, só fui ter nos tempos do banco, quando me sortearam numa rifa. Eu ia pros treinos de ônibus. O futebol não me deu dinheiro.'
Araraquarense, filho de um maquinista e uma quituteira, oito irmãos, o Ari vingou um camarada religioso e feliz com o que a vida lhe deu. E ele põe tudo no mesmo patamar. O Corinthians, o Bangu, o casamento de 46 anos com a dona Elenita, os três filhos, seis netos, o joguinho solitário pela seleção (um 3 x 2 contra o Paraguai, em 1961), os gols que nunca fez, a única expulsão da carreira (por dar uma carreira num árbitro), a força pra caminhar toda santa manhã e o prazer de ser conhecido pelos vizinhos como um homem bom e de receber o padre do bairro aos domingos pra almoçar lasanha. Eis o Ari . 'Eita, que o Messi marcou mais um, o segundo dele hoje. Essa canhotinha dele é um veneno, vou te contar', comenta feliz o Ari, voltando-se definitivamente para a TV e trazendo a bandeja de mangas para o colo outra vez.
Do blog-que o Rei continue reinando sua coroa por muitos e muitos anos com muita saúde.parabens Rei Pelé.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
O 'partido da morte'se chama PT diz Bispo
O PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte', afirmou ontem d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo diocesano de Guarulhos, na Grande São Paulo. 'O PT descrimina o aborto, aceita o aborto até o nono mês de gravidez. Isso é assassinato de ser humano que não tem nem o direito de se defender.'
D. Luiz é a voz dentro da Igreja católica que desconforta Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e a coloca no centro da polêmica sobre o aborto. É dele a iniciativa de fazer 2 milhões de cópias do folheto 'apelo a todos os brasileiros e brasileiras'.
Mais que um libelo contra a interrupção da gravidez, o documento é uma recomendação expressa aos brasileiros para que 'nas próximas eleições deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto'. Não cita nominalmente a petista, mas é a ela que se refere claramente.
'Eu tenho uma palavra só, eu não tenho duas ou três palavras como a dona Dilma tem. Ela apresentou três planos de governo, o segundo mascara o primeiro e o terceiro mascara o segundo', disse d. Luiz, na casa episcopal, onde recebeu a imprensa para falar pela primeira vez sobre a ação da Polícia Federal que, há uma semana, confiscou 1 milhão de folhetos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A corte acolheu liminarmente ação cautelar do PT que alegou ser alvo de documento apócrifo e falso. 'Foi uma violência contra a Igreja', reprova o bispo. Mas ele não recua. Por meio dos advogados da Mitra de Guarulhos, João Carlos Biagini e Roberto Victalino de Brito Filho, o bispo requer ao TSE que revogue a decisão provisória e determine a imediata devolução da papelada que mandou fazer na Gráfica Plana, no Cambuci, em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
'surra nas urnas' no dia da votação é a Palavra chave diz Lula
Dois dias após ter acusado o presidenciável José Serra (PSDB) de simular uma agressão durante caminhada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrefeceu ontem o tom de seu discurso ao pedir que militantes e simpatizantes do PT não agridam os adversários com gestos ou palavras, mas que deem a 'surra nas urnas'.
'A surra que a gente quer dar neles é na urna no dia 31. Nós não queremos agredi-los nem com palavras, nem com gestos. O que nós queremos é encher a urna de 13, a urna de Dilma no dia 31', afirmou o presidente, ao discursar em comício no município de Carapicuíba (SP), ao lado da candidata Dilma Rousseff (PT).
A expressão 'surra nas urnas' também foi dita há dois anos pelo ex-ministro José Dirceu e vem sendo repetida nos programas eleitorais do PSDB. Tucanos acusam o PT de insuflar a violência eleitoral nas ruas.
Ainda que com um tom menos inflamado, Lula reiterou que o episódio no Rio foi uma 'armação'. 'Tentaram fazer uma armação para dizer que nós somos violentos. E a prova maior é que eu perdi em 89, perdi em 94, perdi em 98, e cada vez que eu perdi não havia da minha parte ataques e nem jogo sujo contra o adversário. Mas eles, que falam em democracia, não sabem perder', atacou o presidente.
Lula afirmou aos presentes no comício que é preciso dar 'um exemplo de como ganhar essas eleições', sem reagir a provocações de adversários. O presidente disse ainda que a disputa presidencial é uma disputa de projetos, e não de partidos. 'Muito mais que uma disputa entre a Dilma e o seu adversário, muito mais que a disputa entre o PT e o PSDB, muito mais do que a disputa entre uma mulher e um homem, o que está em disputa Brasil avançando ou se a gente quer retroceder o Brasil como era no tempo em que eles governavam esse País.'
Segundo Lula, caberá ao eleitor decidir se quer 'o futuro das incertezas do passado, do FHC, ou o futuro que o Lula e vocês e a Dilma construíram neste País'.
Dilma fez um rápido discurso e agradeceu os votos que recebeu na região. Ao final de carreata e comício, afirmou, em entrevista à imprensa, que a campanha deve ser finalizada sem 'clima de ódio', de 'desavenças e episódios desagradáveis'. 'Não é adequado instilar a desavenças, criar calúnias, tentar uma campanha que mais do que tudo cria confusão e conflito. Acho que é muito possível um ambiente de paz neste final de eleição.' As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Ganho real para aposentadorias no seu governo: diz Dilma
A previdência social protege 60 milhões de brasileiros. São trabalhadores que esperam se aposentar no futuro e hoje contam com os benefícios do INSS. Além desses, 27 milhões recebem aposentadorias e pensões. Para representar esses grupos, cinco leitores-eleitores do jornal O DIA fizeram perguntas aos candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Questionaram sobre reajuste único, ganhos reais, reforma da previdência, fim do fator previdenciário e cumprimento de decisões judiciais.
A candidata petista demonstrou disposição para negociar com os aposentados aumento real para 2011 além do estabelecido no Orçamento (que só prevê reposição da inflação) e exclui possibilidade de nova reforma da Previdência. O candidato tucano não respondeu às perguntas enviadas desde o dia 5 de outubro. A reportagem encaminhou e-mails e telefonemas quase diários até o fechamento desta edição, mas a assessoria de José Serra, que prometeu mandar as respostas, informou que não seria possível enviá-las. Para garantir espaço idêntico aos dois candidatos, a edição deixou em branco para Serra o mesmo número de linhas usado por Dilma.
PAULO BAIÃO, 77 anos, aposentado do INSS
LEITOR: Aposentados e pensionistas do INSS defendem a volta do reajuste único para quem ganha o salário mínimo e acima dele. O piso deixou de ser um parâmetro para as contribuições desde a regulamentação da Constituição Federal de 1988, mas os trabalhadores que estão em vias de se aposentar contribuíram com base nesse patamar. Isso criou distorções e perda de poder de compra para os segurados do INSS. O Projeto de Lei 4.434, na Câmara, recupera os benefícios em seus valores em mínimos. Aposentados continuam trabalhando, porque não têm como manter o padrão de vida da ativa. Não seria justo unificar os índices de correção para todos os benefícios e recuperar o poder de compra dessas aposentadorias e pensões?
DILMA ROUSSEFF — As aposentadorias e pensões, de acordo com a Constituição Federal, devem ser corrigidas pela inflação. As leis 8.212/91 e 8.213/91, que regulamentaram o assunto, não estabeleciam qual índice deveria ser utilizado. Isto permitiu que os governos anteriores utilizassem o menor índice, nem sempre o mais favorável aos aposentados. Nosso governo definiu que deve ser utilizado o INPC como índice oficial para essas correções, pois é o que melhor reflete a inflação para a média da população. Isto tem permitido a manutenção do poder de compra das aposentadorias. E o governo Lula, em alguns anos, garantiu reajustes acima da inflação, como ocorreu em 2010, por exemplo. No caso do piso previdenciário, que é vinculado ao mínimo, ele tem recebido reajustes sempre maiores que a inflação, devido à política de valorização do salário mínimo. Com isto, cerca de 70% dos aposentados e pensionistas brasileiros têm, desde 2004, acumulado ganhos reais em seus benefícios. Manterei a política de valorização do salário mínimo e discutirei, a cada ano, com as representações dos aposentados, as demandas e ações necessárias para garantir que a Previdência Social cumpra sua função de tratamento digno e cidadania aos milhões de brasileiras e brasileiros que trabalharam toda sua vida e hoje merecem o respeito do Estado.
JOSÉ SERRA — (Espaço para resposta do candidato e não usado por ele).
HÉLIO GUIMARÃES, 70 anos, aposentado do INSS
LEITOR : “Marca do governo atual foi a dificuldade de negociar com representações de aposentados e pensionistas, transferindo a responsabilidade para as centrais sindicais, que expressam mais as ideias de trabalhadores ativos. Hoje, há mais de 23 milhões de aposentados e pensionistas que reivindicam esse diálogo. O próximo presidente precisa lidar com esse grupo, que não é da população economicamente ativa, mas é ativa nas urnas. Qual será a sua política de negociação com esses segurados?”
DILMA — Nosso governo dialogou, e muito, com os aposentados. Fizemos inúmeros encontros e reuniões para discutir as reivindicações. Atendendo a essas, foi criada a Comissão Permanente de Políticas de Valorização dos Idosos, Aposentados e Pensionistas, em que têm participação, além das representações dos aposentados, Casa Civil e os Ministérios da Previdência, Trabalho, Planejamento, Saúde, Cidades e Transportes. O trabalho desse grupo permitiu implantar diversas melhorias: passagem interestadual gratuita para idosos, antecipação da data-base dos aposentados de maio para janeiro, ampliação das farmácias populares em locais indicados pelas entidades representativas, antecipação dos pagamentos dos aposentados e pensionistas do 1º ao 10º dia útil do mês subseqüente para o dia 25 do próprio mês e o dia 5 do mês seguinte, discussão e negociação de ganhos reais para os reajustes dos aposentados. Se eleita, darei continuidade a esse diálogo com as entidades representativas dos aposentados e pensionistas para avançarmos ainda mais na construção de políticas justas para esta parcela da população brasileira.
SERRA — (Espaço para resposta do candidato e não usado por ele).
BRAHIN JORGE NETO, 42 anos, publicitário
LEITOR: “O fim do fator previdenciário foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva este ano, e há um projeto de lei congelado na Câmara desde 2008 aguardando relatório que propõe um critério alternativo para a concessão das aposentadorias, como a fórmula 85/95. Esse novo fator prevê a concessão do benefício segundo a soma da idade e do tempo de contribuição para mulheres (85) e homens (95). O que os senhores pensam sobre essa proposta? Concordam?"
DILMA — Essa proposta foi discutida pelo governo junto com as centrais sindicais e precisamos aguardar os debates que ocorrerão no Congresso Nacional sobre o projeto que tem como relator, na Câmara, o deputado Pepe Vargas (PT-RS).
SERRA — (Espaço para resposta do candidato e não usado por ele).
EROTILDE VILLA BANDE, 69 anos, pensionista do INSS
LEITOR: “Não se conseguiu fechar consenso para uma nova reforma da Previdência com a participação de representantes da sociedade, no Fórum Nacional da Previdência Social em 2007. Há especulações sobre uma reforma sem debate amplo, com redução de direitos. Entre as propostas estaria a de estabelecer restrição na concessão das pensões, que não seriam de 100%, como é hoje, e limitariam o prazo de vigência para os pensionistas mais jovens. O que pensam a respeito dessas propostas?”
DILMA — Não precisamos de uma grande reforma na Previdência Social. Se necessário, poderão ser realizados ajustes pontuais, para adaptar a estrutura de aposentadorias e pensões às novas realidades da economia e da sociedade.
SERRA — (Espaço para resposta do candidato e não usado por ele).
MARIA DE LOURDES, 85 anos, pensionista do INSS
LEITOR: “Meu marido ganhou na Justiça o direito de receber aposentadoria acima do teto, em respeito às contribuições que fez ao INSS. O Tribunal de Contas da União considera a decisão da Justiça válida somente para o aposentado, sendo inválida para as pensionistas que herdam os benefícios. O governo atual está seguindo essa determinação. Qual será a sua posição em relação a essa ordem de descumprir a decisão judicial inicial ou acatar o que determina o TCU?”
DILMA — O Governo Lula tem cumprido todas as decisões transitadas em julgado, todas elas relativas a medidas ilegais adotadas contra os aposentados nos governos anteriores, especialmente FHC, como foi o caso do expurgo do índice de inflação de 39,67% dos aposentados em março de 1994, que custou R$ 17 bilhões e pagamos a partir de 2004. Desde o início do Governo Lula, têm sido pagos em média R$ 7 bilhões por ano em precatórios para aposentados e pensionistas. Todos esses pagamentos devem seguir orientação do TCU, que é o órgão fiscalizador das ações do Governo Federal. Quando houver controvérsias ou dúvidas quanto à clareza das sentenças, as instâncias judiciais devem ser acionadas para esclarecer e orientar o seu correto cumprimento.
SERRA — (Espaço para resposta do candidato e não usado por ele).
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon
Ordem: 1.º Imperador do Brasil
Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança