Um dos sobreviventes da queda do voo da Chapecoense, o goleiro Jackson Follmann passará por uma nova cirurgia nesta quinta-feira. A informação foi confirmada pelo diretor médico do Hospital São Vicente Fundación, Ferney Rodriguez. De acordo com o hospital, a cirurgia foi autorizada pelos familiares e médicos da Chapecoense.
Follmann teve uma perna amputada e permanece na UTI. Ele corria o risco de perder a outra perna. Em nota, o hospital informou que o goleiro foi "avaliado por diferentes especialistas, e dentro da avaliação foi determinada a necessidade de realizar a cirurgia, para determinar a evolução clínica de suas lesões em seus membros inferiores". Existe a possibilidade de o jogador ter o pé esquerdo amputado.
O hospital também afirmou que o atleta apresenta uma "evolução positiva", apesar do seu estado crítico.
De acordo com a Chapecoense, os três jogadores do clube que permanecem internados não correm risco de morte. Mas todos inspiram cuidados. O lateral-direito Alan Ruschel, que também está internado no hospital de Rio Negro, já passou por uma cirurgia na coluna e vem se recuperando de forma satisfatória. Os seus movimentos não estão comprometidos, de acordo com o hospital.
- Ele está movimento as extremidades sem problemas. No entanto, a sua condição é crítica e ainda é prematuro falar do resultado da cirurgia - analisou Ana Maria González.
O estado do zagueiro Neto, que está na Clínica San Juan de Dios, em La Ceja, é o mais grave, pois, segundo o médico, ele esteve “exposto a muitas horas em temperaturas baixas e isso gera um esfriamento do organismo”. Tanto ele quanto o jornalista Rafael Henzel tiveram uma leve evolução após passarem por cirurgia para corrigiram o severo trauma no tórax. Eles estão na UTI, sedados e respirando com o auxílio de aparelhos.
- Nesse momento, seu estádio é mais delicado que o de Rafael, mas os médicos são otimistas sobre a sua recuperação, ainda que possa demorar um pouco mais - afirmou Rodríguez.
Três dos seis sobreviventes da tragédia permanecem internados na clínica Somer, localizada no município de Rionegro, na Colômbia. Segundo a diretora médica da entidade, Ana Maria González, os comissários Erwin Tumiri e Ximena Suárez estão se recuperando bem dos seus ferimentos e estão sendo avaliados constantemente para saber quando poderão receber alta.
- Eles estão bastante impactados pelo que passou. No caso de Ximena, ela está com sua mãe, que veio da Bolívia - contou a médica.
Na quarta-feira, Ximena recebeu a visita do governador de Antioquia, Luís Perez. Após o encontro, o político contou que a comissária de voo disse que “as luzes se apagaram repentinamente” antes da queda do voo que iria para Medellín, onde a Chapecoense disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Na noite desta quarta-feira, a aeronáutica colombiana confirmou que o avião caiu porque estava sem combustível suficiente para chegar ao aeroporto.
Enquanto os sobreviventes lutam pela vida, as homenagens aos 71 mortos no voo não pararam no Brasil, na Colômbia e no resto do mundo. A torcida do Atlético Nacional lotou o estádio Atanásio Girardot no horário em que seria disputada a final da Copa Sul-Americana para prestar uma homenagem aos mortos. Na Arena Condá, torcedores permaneceram em vigília pelas vítimas do acidente.
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