
No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar uma ação que definirá se réus em ações penais podem ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República, um grupo de cerca de 20 manifestantes protestou do lado de fora do tribunal contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Eles inflaram um boneco gigante que retrata Renan vestido de presidiário. Dependendo do andamento de outros processos no tribunal, o julgamento terá reflexos no futuro político do presidente do Senado. Ele ainda não é réu em ação penal, embora responda a onze inquéritos no STF, oito dos quais da Operação Lava-Jato. No inquérito que apura se a empreiteira Mendes Junior pagou pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem o parlamentar tem uma filha, já houve denúncia, mas ainda não há data marcada para o julgamento do seu recebimento. O mandato de Renan como presidente do Senado vai até janeiro do ano que vem. Assim, para que ele seja afastado do posto - mas não do mandato de senador - é preciso que o STF receba a denúncia, tornando-o réu, e conclua o julgamento da ação que trata da linha sucessória do presidente da República. Nesta quinta-feira, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou a favor da proibição de que réus em ações penais ocupem cargos na linha sucessória da Presidência da República, ou seja, os postos de vice-presidente da República, presidente da Câmara, presidente do Senado e presidente do STF. Seis ministros votaram assim, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Tofoli.
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