Três candidatos derrotados à prefeitura do Rio estão com as contas no vermelho, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jandira Feghali (PCdoB), Flávio Bolsonaro (PSC) e Carlos Osorio (PSDB) gastaram mais do que arrecadaram. O maior rombo é da campanha tucana, que deve R$ 1,1 milhão. Os candidatos que concorreram apenas no primeiro turno têm até 1º de novembro para entregar a prestação de contas final da campanha, e os que disputam o segundo turno, como Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), terão até 19 de novembro. Por enquanto, os dois que continuam na disputa tiveram mais receita do que despesa. Crivella recebeu R$ 4,6 milhões em doações e Freixo, R$ 760 mil. O candidato do PSOL, inclusive, tornou-se a maior arrecadação por financiamento coletivo da história do Brasil neste quinta-feira.
Em nota, Osorio informou que a campanha está seguindo o planejamento de arrecadações e que “tudo será devidamente quitado no prazo”. O texto não detalha, no entanto, como está sendo feita a arrecadação. O segundo maior devedor, Flávio Bolsonaro, está com dívida de R$ 222,8 mil.
— Esse valor vai ser quitado com fundos do partido — afirmou o deputado estadual.
A campanha de Jandira é a que tem o menor rombo: R$ 41 mil. Procurada, a deputada informou que “a campanha seguiu a orientação do TRE de divulgar todos os contratos firmados desde o início, reafirmando seu compromisso com a transparência” e que o partido honrará as dívidas.
A reforma eleitoral mudou o financiamento de campanha e impôs um teto de gastos que, no caso do município do Rio, foi de quase R$ 19,9 milhões. Além disso, a nova lei proibiu a doação de empresas. Ficaram permitidas apenas as receitas oriundas dos partidos e de pessoas físicas. Quem mais se aproximou do teto foi Pedro Paulo (PMDB), que recebeu R$ 9,1 milhões e gastou R$ 6,1 milhões. Os valores declarados pelos candidatos podem mudar até a prestação de contas final.
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