Sabia-se que o Ministério Público Federal estava pronto para denunciar Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex da praia do Guarujá, em São Paulo, reformado de graça para ele e sua família pela construtora OAS, uma das envolvidas na roubalheira da Petrobras.
O que não se fazia ideia, e só há pouco se ficou sabendo, foi que o Ministério Público estava pronto para ir além, denunciando Lula como o chefe, o comandante, o maestro do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato.
Uma coisa já seria grave. A outra, afinal consumada, é gravíssima. E poderá apressar a aceitação da denúncia pelo juiz Sérgio Moro, a promoção de Lula à condição de réu e sua condenação em seguida. Moro costuma levar, em média, seis meses para decidir sobre uma denúncia.
É provável que neste caso seja mais rápido. Até aqui, algo como 96% das decisões de Moro foram aceitas pela instância seguinte – o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre. Rara foram as decisões de Moro anuladas pelas últimas instâncias da Justiça.
Se Moro condenar Lula ele deverá ser preso. Se o TRF4 confirmar a condenação, Lula não poderá ser candidato às eleições de 2018.
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