O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ironizou na tarde desta terça-feira (13) declaração dada mais cedo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e disse em nota esperar que os "ventos" que chegam em Renan "não se transformem em tempestade".
Mais cedo, o presidente do Senado afirmou, ao ser questionado por jornalistas sobre a cassação do mandato de Cunha pelo plenário da Câmara, que "quem planta vento colhe tempestade". Questionado sobre eventuais ameaças de Cunha, Renan respondeu: "Afasta esse cálice de mim. Eu não quero de forma nenhuma falar sobre isso, mas quem planta vento colhe tempestade".
"Com todo desejo de sucesso ao presidente do Senado no comando da Casa, e acreditando na sua inocência, espero que os ventos que nele chegam através de mais de uma dezena de delatores e inquéritos no STF, incluindo [o ex-presidente da Transpetro] Sérgio Machado, não se transformem em tempestade. E que ele consiga manter o cálice afastado dele", disse Cunha.
Na nota, o ex-presidente da Câmara também criticou o que chamou de "diferença de tratamento" dada a ele e a Renan nas ações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.
Segundo Cunha, os mesmos delatores que o acusaram de receber propina em contratos da Petrobras, acusaram Renan de também ter recebido valores ilícitos do esquema de corrupção.
"Entretanto, a ação penal que deveria ser indivisível, segundo o Código Penal, foi aberta apenas contra mim", critica o peemedebista.
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