Os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira disseram neste sábado que a afirmação do juiz Sérgio Moro de que o conteúdo das gravações de conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia justificar a decretação da prisão temporária do petista é “descabida” e reforça que o magistrado “perdeu a imparcialidade”.
“Essa afirmação é manifestamente descabida e apenas reforça que o juiz Moro perdeu a imparcialidade para julgar qualquer assunto envolvendo Lula, como vem sendo reiterado pelos seus advogados”, afirma nota assinada por Martins e Teixeira.
Em despacho em que respondia a um pedido dos advogados para que se considerasse suspeito para conduzir os inquéritos que investigam Lula, Moro respondeu: “Rigorosamente, a interceptação revelou uma série de diálogos do ex-presidente nos quais há indicação, em cognição sumária, de sua intenção de obstruir as investigações, como no exemplo citado, o que por si só poderia justificar, por ocasião da busca e apreensão, a prisão temporária dele, tendo sido optado, porém, pela medida menos gravosa da condução coercitiva.”
De acordo com os advogados, Moro deixou de observar que a “lei apenas permite ao lei apenas permite ao juiz decretar a prisão temporária se houver pedido do órgão policial ou do Ministério Público, o que não existiu em relação a Lula” e que no dia 24 de fevereiro deste ano, “o Ministério Público Federal requereu a condução coercitiva do ex-presidente Lula, sem abrir a opção de prisão temporária”.
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