domingo, 12 de junho de 2016
Mossoró reconhece o trabalho que desempenhei', diz Rosalba
A ex-governadora e pré-candidata a prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP) rebate declarações do prefeito Silveira Júnior (PSD) e diz que a crise nacional tem sido usada como escudo por ele para amparar a sua falta de planejamento.
Rosalba conversou com o jornalista Magnos Alves, quando abordou diversos assuntos, mas principalmente sobre a situação de caos em que se encontra a cidade.
A ex-prefeita por três vezes relata que já administrou Mossoró em situação econômica bem delicada, com quatro meses de salários atrasados de servidores efetivos e que teve a coragem e determinação de enfrentar o desafio.
Rosalba diz que é impossível comparar o seu trabalho com o de Silveira e pede que ele, pelo menos, cuide um pouco de obras e ações que ela fez ou planejou. Confira na entrevista.
NOS últimos meses, a senhora tem evitado confirmar candidatura, mas, agora, já se pode afirmar que Rosalba vai se candidatar à Prefeitura de Mossoró?
ROSALBA CIARLINI – Não é que eu tenha evitado confirmar candidatura; é que o momento é de dialogar com o partido e com as pessoas da cidade sobre a situação do município e identificar quais são as demandas e necessidades de Mossoró. Só depois dessa discussão do que a cidade precisa e dos problemas é que a discussão dentro do partido se encaminha para a escolha de um nome. Desde quando me filiei novamente a um partido político, defini ali que iria participar das decisões políticas que apontem para um futuro melhor, em especial para a minha cidade Mossoró e que passei a maior parte da minha vida residindo aqui, seja como médica, presidente da Unimed, prefeita, me dedicando exclusivamente para o bem das pessoas que aqui vivem e da cidade. Dessa forma, me sinto à vontade para novamente participar das decisões que tragam novas conquistas e avanços para a cidade. Então, o meu partido viu o mesmo que eu sinto nas ruas: um clamor muito forte e nítido para que a cidade tenha administrações tão benéficas à cidade como foram as que tive a honra de realizar e que quase todos reconhecem que mudaram para melhor Mossoró.
A SENHORA foi três vezes prefeita de Mossoró, senadora e governadora. O que a motiva a retornar à Prefeitura de Mossoró?
DEPOIS de ter passado por essas honrosas missões, eu não tenho nenhuma ambição pessoal de atingir algum cargo ou função importante. No entanto, há três fatores que me fazem acreditar que posso continuar contribuindo para o bem comum, se o povo assim desejar: o primeiro é a reação das pessoas nas ruas quando me veem, com demonstrações de reconhecimento, carinho e pedido quase unânime que a cidade tenha uma administração eficiente como as que consegui realizar como prefeita. O segundo fator é que não consigo viver sem trabalhar e gosto muito de trabalhar, me sinto realizada. Na sua pergunta, você se esqueceu de dizer uma função que exerci e exerço com muito prazer e entusiasmo: ser médica. As pessoas da minha família e amigos próximos dizem que sou incansável. Ficam impressionados que, mesmo após eu ter passado por esses cargos e esses mandatos, voltei a trabalhar como médica e a pegar plantões de 12 horas, de 24 horas, às vezes um em seguido do outro.
Porque essa determinação?
Faço isso porque me sinto realizada trabalhando. Então, digo com muita sinceridade que um dos períodos mais recompensadores da minha vida foi o período que trabalhei como prefeita, especialmente no final das administrações quando você sente o reconhecimento das pessoas pelo esforço que você desempenhou, pelas obras que conseguiu realizar. E o terceiro fator é que me sinto muito mais preparada para fazer bem feito do que me sentia antes. Mais preparada do que das vezes que fizemos administrações plenamente exitosas, por exemplo. Digo isso porque na política você aprende muito nas dificuldades, nas armadilhas políticas que lhe são impostas e eu não nego, vivenciei isso na passagem pelo governo, muitas vezes vendo o tabuleiro político interferir e evitar que você consiga fazer tudo que deseja e quer fazer numa administração. Hoje, eu saberia driblar essas armadilhas políticas. Então, me sinto mais experiente e apta a contornar qualquer dificuldade ou armadilha que o jogo político imponha. Me sinto capaz de fazer o que Mossoró espera de uma administração neste momento, que é recuperar a cidade, a cidade voltar a ser bem cuidada, ter o essencial funcionando.
MUITO tem se especulado sobre uma composição com o PMDB e até com o PSB, tradicional adversário do grupo rosalbista. Como está a formação das alianças para a chapa majoritária?
A FORMAÇÃO de alianças é algo que a gente vai fazer com norte na afinidade de ideias de um projeto para os próximos quatro anos para a cidade e vamos ouvir a nossa base também para definir. Não há nenhuma definição da nossa parte ainda. No entanto, asseguro que da nossa parte não há disposição de reeditar o radicalismo de tempos passados, até porque mesmo nesta época evitamos entrar nesse clima radical. É tempo de se evitar brigas e picuinhas em torno do que o cidadão quer: as melhorias para a cidade. Então, essa definição será feita ouvindo os amigos, as pesquisas que identifiquem quem o eleitor quer que esteja ao nosso lado e, acima de tudo, ouvindo qual projeto e qual contribuição cada partido quer dar à cidade. Só aí definiremos a aliança e a chapa.
COMO a senhora avalia a gestão do prefeito Silveira Júnior?
DA MESMA forma que a população. Terrível.
A SENHORA acha que Silveira Júnior tem chance de ser reeleito?
NÃO, porque o mossoroense é muito politizado e um exímio observador dos assuntos da cidade. Então, ele percebeu a perda de controle da administração municipal, a falta de propósitos, de zelo, o deserto de ideias e a ausência de ações e projetos para o bem-comum. Mas, quem dirá isso será a população. Não cabe a mim aprofundar essa análise.
O PREFEITO tem falado em comparar a gestão dele com as da senhora. É possível comparar o trabalho de Rosalba com o de Silveira Júnior à frente da Prefeitura de Mossoró?
SINCERAMENTE, não. Não há como comparar. Para falar a verdade, eu só queria que ele cuidasse um pouco de obras e ações que fiz ou planejei. Como o Teatro Dix-huit Rosado, que é o maior templo da cultura mossoroense e que deu muito trabalho pensar, planejar e construir. Hoje, a gente passa do lado do teatro e vê as pastilhas caindo das paredes, nos chegam notícias de que até o ar-condicionado vive quebrado, uma pena tudo isso. O teatro foi um dos pilares de um planejamento maior que deu certo, que foi transformar a Avenida Rio Branco num grande Corredor Cultural, fiz tudo o que deu tempo fazer e deixei os projetos prontos para outras etapas que foram concluídas pela prefeita Fafá. Mas, a gente passa hoje pela Rio Branco e vê o teatro mal cuidado, o espaço das crianças com os brinquedos desmontados no chão, nas ruas ao lado semáforos quebrados. Assim fica difícil comparar. Tomara que essa minha crítica – construtiva, diga-se de passagem – sirva para chamar a atenção da Prefeitura para consertar essas falhas nesse maior patrimônio que a cidade possui e que valeu a pena ter planejado, pensado e realizado, que é a Avenida Rio Branco, como grande corredor de promoção da cultura, das artes, dos esportes e do bem-estar dos cidadãos.
O prefeito também afirma que a senhora governou em tempo de vacas gordas, enquanto ele enfrenta uma crise econômica. A diferença entre os mandatos da senhora e o dele é de ordem econômica ou administrativa?
FALTA de informação do prefeito. Na segunda vez que assumi a Prefeitura, a cidade se recorda que peguei o Município com quatro meses de salários atrasados, não apenas dos comissionados, mas também dos efetivos. Prestadores de serviços também não recebiam. A crise era proporcionalmente bem maior que a atual. Enquanto isso, Silveira pegou a administração bem mais organizada, Claudia Regina estava com a administração ajustada e vimos que o tempo foi passando e a desestruturação, gradativamente, acontecendo. Hoje, é difícil encontrar uma área da Municipalidade que esteja bem; é uma desorganização generalizada, com o cidadão se surpreendendo a cada dia com novos erros da administração. Ouço críticas não apenas em diversas áreas, mas reclamações de serviços que funcionavam bem e que hoje não funcionam mais. Outro dado revelador é que os problemas não surgiram após a crise nacional. Antes mesmo dela, já era apontado esse altíssimo grau de desapontamento. A crise nacional tem se revelado, infelizmente, um escudo que a administração usa para amparar a falta de planejamento.
PARA a senhora, qual dos pré-candidatos já postos – Larissa Rosado (PSB), Tião Couto (PSDB), Genivan Vale (PDT), Silveira Júnior (PSD) e Josué Moreira (PSDC) – seria seu principal adversário?
NÃO vou julgar outros postulantes. O diálogo da pré-candidatura do PP em Mossoró será com as pessoas, apresentando propostas, mostrando o que nós já fizemos e mostrando também o que aconteceu com a cidade quando ela apostou num rumo desconhecido. Mas a nossa pré-candidatura não está posta apenas pelo que já fizemos, e sim pelo que pretendemos fazer. Não vejo adversários como inimigos e os convido para fazermos um debate de alto nível, do jeito que a população espera.
A SENHORA é apontada como franco-favorita para vencer a disputa à Prefeitura de Mossoró. Esse favoritismo é motivo de tranquilidade?
NÃO vejo favoritismo; vejo reconhecimento pelo trabalho que desempenhei. As pessoas se recordam como a cidade se transformou, como Mossoró estava e como ficou após nossas gestões. Tenho conversado muito com a população, e ela deposita grande confiança em nosso grupo. Portanto, a boa colocação nas pesquisas aumenta a nossa responsabilidade em apresentar à população o melhor plano, as melhores propostas com base na realidade, formar a melhor aliança e juntar pessoas de bem e preparadas para reerguer Mossoró, e assim vamos fazer.
CASO seja eleita prefeita, como a senhora pretende enfrentar os diversos problemas que estão espalhados por Mossoró atualmente?
TEMOS pensado em um plano de governo para a cidade separado em dois momentos. No primeiro momento, uma verdadeira operação de resgate da cidade, buscando garantir o essencial ao cidadão num período determinado dentro do primeiro ano: melhorar a qualidade da coleta de lixo, recapear os buracos nas ruas, abastecer melhor os postos de saúde, retomar a qualidade desses e de outros serviços que hoje estão padecendo, além de sanear as finanças, de forma que a Prefeitura volte a pagar os compromissos que assumir; isso recupera a credibilidade da cidade e reaquece a economia também. No segundo momento, a partir do segundo ano e após essas etapas cumpridas, é que executaremos outros projetos maiores que vamos apresentar à população em breve, durante a pré-campanha ou a própria campanha.
A SENHORA ainda é a maior força política da cidade, por ter deixado sua marca à frente da Prefeitura, mas realizou uma gestão cercada de críticas no Governo do Estado. O que houve para Rosalba não repetir no Rio Grande do Norte a aprovação conseguida em Mossoró?
MUITO boa a sua pergunta e agradeço a Mossoró a oportunidade de falar sobre isso. Eu me sinto mais experiente e capaz hoje, principalmente pelas dificuldades que me impediram fazer tudo o que desejava fazer no Governo do Estado. Realmente, não consegui realizar tudo o que desejava fazer e vi, ao vivo, como o tabuleiro do jogo pesado da política pode neutralizar um trabalho.
Como assim?
Vou dar uma breve explicação do que enfrentei e do que, mesmo diante desse enfrentamento, consegui realizar. Não é novidade para ninguém que peguei o Estado em dificuldades, com mais de R$ 800 milhões em dívidas, mas essa foi a menor das dificuldades. Também fui a única governadora do DEM, que era um partido que fazia oposição frontal ao Governo Federal, e embora eu fosse de uma ala mais moderada, o PT elegia o DEM e o tom dos seus opositores mais ferrenhos como alvo a ser batido. Nesse panorama, não tive o suporte do Governo Federal que outros governos tiveram.
O que aconteceu, então?
O estado viu. Eu lutava bastante para a liberação de verbas e projetos, de forma incansável e persistente, mas sempre via, à certa altura, tais projetos e recursos serem barrados para o Rio Grande do Norte. Para mim, não resta dúvida que era o trabalho de agentes políticos que queriam atingir o partido do qual eu fazia parte, mas na verdade atingiam a mim pessoalmente e ao Rio Grande do Norte. Outro exagero do jogo pesado da política rasteira era o que as alas radicais de partidos que dominavam os sindicatos buscaram fazer atrelados a essa redução de repasses, convênios e parcerias com o governo central: deflagravam greves políticas sistematicamente, única e exclusivamente para criar desgaste ao governo.
Se o seu governo não recebia respaldo do Governo Federal, qual foi a saída?
Fui atrás do Banco Mundial e, após recuperar a capacidade de crédito do Rio Grande do Norte, tirar o Estado do CAUC (o Serasa dos estados e municípios) e cumprir a lei de responsabilidade fiscal, conseguimos celebrar o contrato do RN Sustentável, o maior programa de investimentos da história do estado e que traz benefícios da saúde à segurança, passando por turismo, infraestrutura, fomento a cadeias produtivas. Hoje, são mais de R$ 2 bilhões assegurados, e o desenvolvimento que esses investimentos gera se reverterá em tributos que vão pagar o financiamento conseguido.
O RN Sustentável foi a salvação?
Procure saber sobre as obras que o Estado está fazendo; garanto que a maioria são frutos do RN Sustentável. Além desse projeto imprescindível, consegui assegurar e deixar contratadas as obras que garantem 100% do saneamento básico de Natal e um salto nesse quesito para o interior, a duplicação Mossoró-Tibau, os salários dos professores, que dobraram em quatro anos, a Arena das Dunas, que garantiu a Copa, e outros investimentos, como o viaduto, a interiorização do Samu, o início das obras da barragem de Oiticica, os novos ônibus do transporte escolar, novas viaturas policiais e aumento de salário para a categoria, novo centro de inteligência para a polícia e uma administração do sistema penitenciário que conseguia ser mais efetivo, evitando fugas. Poderia falar de muitas outras ações, mas teremos, se Deus quiser, muitas oportunidades para, pela primeira vez, poder mostrar estas, porque esse direito me foi tirado quando o partido não me deu a oportunidade de concorrer a reeleição e mostrar tudo isso e muito mais.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
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