Sabe aquela cortina de fumaça negra que os carros soltam no trânsito e que acabam intoxicando motoristas e pedestres? A emissão de gases poluentes por descarga de veículos está entre as prováveis causas pelo tipo de câncer cuja incidência mais cresce entre os brasileiros: o Linfoma Não-Hodgkin. A estimativa é que mais 10 mil novos casos surjam em 2016. Como o do ator Edson Celulari, de 58 anos, que nesta segunda-feira postou em rede social foto de cabeça raspada e anunciou que estava com a doença.
Celulari não é a primeira
pessoa famosa diagnosticada com câncer linfático. A novelista Glória
Perez, o ator Reynaldo Gianecchini e a presidente afastada Dilma
Rousseff enfrentaram e venceram a doença. O governador licenciado Luiz
Fernando Pezão trava uma luta contra a enfermidade.
Em
nota enviada pela ‘TV Globo’, o ator mantém a atitude positiva em
relação ao tratamento: “Vida que segue. Estou organizando a rotina, sem
nenhuma reação significativa por conta do tratamento. Tenho certeza que
vou sair dessa mais forte e com cabelos encaracolados.” Em seguida, o
ator se recolheu e, segundo sua assessoria de imprensa, não iria mais se
manifestar.
Entre as demonstrações de carinho
recebidas, a da ex-mulher, a atriz Cláudia Raia, que postou no Instagram
foto da filha caçula, Sophia, 13, dando um beijo em Celulari e
escreveu: “Amor dos filhos, isso CURA.” O filho mais velho do casal,
Enzo, 19, também se manifestou na rede social. “Passando para afirmar
três coisas: ele está bem, é um guerreiro e em breve estaremos brindando
a vida”. O ator não deu mais detalhes sobre a doença, mas de acordo com
médicos do Inca, dependendo do diagnóstico, o tratamento pode ser com
quimioterapia, radioterapia ou ambas, além da imunoterapia.
Estudos
do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que o número de casos
desse tumor duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas
com mais de 60 anos.
Além
da fumaça negra das ruas, o cigarro, um transplante e a baixa imunidade
estão entre as diversas causas para o Linfoma Não-Hodgkin. Segundo Jane
Dobbin, chefe do Serviço de Hematologia do Inca, a pessoa deve estar
atenta aos sinais do próprio corpo.
“Um
caroço que surge do tamanho de azeitona e, de repente, cresce e vira um
limão. É sinal de que o médico deve ser procurado para um exame”,
explicou. Ela afirmou, ainda, que apesar de maligno, esse tipo de câncer
tem apresentado um bom índice de cura. “Felizmente, temos visto o
aumento de sobrevida, livre da doença”, explicou a especialista.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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