Em sua primeira entrevista coletiva à frente do Ministério da Saúde, o engenheiro e deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP-PR) falou de fé. Questionado sobre a lei no Congresso Nacional que liberou o uso da fosfoetanolamina, a chamada “pílula do câncer”, mesmo sem estudos clínicos que comprovem a eficácia e segurança do produto, ele arriscou. “Pessoalmente, na pior das hipóteses tem o efeito placebo. A fé move montanhas”, resumiu.
O composto, que durante anos foi
formulado e distribuído num laboratório de química do câmpus de São
Carlos da Universidade de São Paulo, agora tem sua venda e produção
liberada por uma lei, aprovada em março e sancionada pela presidente
afastada Dilma Rousseff. sanção da presidente afastada foi feita a revelia de
pareceres do governo, que recomendavam o veto à lei, para evitar maiores
desgastes no Congresso, às vésperas da votação do impeachment.
O
ministro afirmou que, agora, caberá à agência a incumbência de tratar o
tema da melhor forma. “A Anvisa está tomando todas as providências para
que não haja risco. Vamos tomar todas as providências para que não causem problemas”, completou, sem especificar quais medidas seriam estas.AEDES
Barros falou também do combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya e defendeu a adoção de medidas de “força” para que a prevenção do vetor. Ele defendeu que municípios ampliem a aplicação de multas no caso da identificação de casas em que se constate a presença de criadouros do mosquito.
O novo ministro sugeriu que a população somente responde quando induzida sob duas formas, incentivos (como é o caso da política do Bolsa Família, que condiciona o pagamento do benefício a atitudes como manter a carteira de vacinação em dia) ou punições, como o caso de multas.
Para ilustrar, citou ainda como exemplo as campanhas para o uso do cinto de segurança que, em sua avaliação, nunca surtiram o efeito necessário. O hábito somente foi criado entre brasileiros, emendou, depois que a multa foi criada.
Diretor da PF fica à frente da Lava Jato
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que pretende manter no cargo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Os dois se reuniram ontem em Brasília.
Chefe da PF desde 2010, Daiello é uma das pessoas à frente da Operação Lava Jato. Em seu primeiro discurso, Michel Temer defendeu que a operação não sofra interferências que possam enfraquecê-la.
“A moral pública será permanentemente
buscada por meio dos instrumentos de controle”, disse Temer. “A Operação
Lava Jato tornou-se referência e, como tal, deve ter seguimento e
proteção contra qualquer interferência que possa enfraquecê-la”,
completou.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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