
A presidente Dilma reafirmou nesta terça-feira, em cerimônia do Plano Safra da Agricultura Familiar, no Palácio do Planalto, que não irá renunciar. Segundo ela, mais de uma vez pediram que deixasse o cargo voluntariamente, mas isso, enfatizou, seria mais confortável para os que querem ocupar o seu lugar. “Se eu renunciar, se esconde para debaixo do tapete esse impeachment sem base legal e, portanto, esse golpe. É confortável para os golpistas que a vítima desapareça”, disse para a plateia, formada por integrantes de movimentos sociais do campo.
“É confortável que a injustiça não seja visível. Pois eu quero dizer para vocês: a injustiça vai continuar visível”, disse ao falar que não renunciaria. “Nós estamos fazendo história porque a democracia é, sem sombra de dúvida, o lado certo da história”, afirmou.
Ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu que já há elementos suficientes para pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Os dois serão investigados juntos, sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Lava Jato.
Para os procuradores do grupo de Janot, a nomeação de Lula para o ministério da Casa Civil fez parte de uma série de “tentativas do governo de atrapalhar as investigações do esquema de corrupção na Petrobras”.
Em parecer enviado ao Supremo Tribunal, Janot diz que a decisão da presidente Dilma de transformar Lula em ministro teve a intenção de “tumultuar” o andamento das investigações ao tentar retirar o caso do ex-presidente das mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância em Curtiba.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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