segunda-feira, 18 de abril de 2016
Lula briga até o último minuto em vão para conseguir votos para Dilma
Mesmo após voltar às pressas para Brasília na manhã de domingo, a fim de tentar represar a sangria de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fracassou na sua principal missão desde que conseguiu eleger sua sucessora, Dilma Rousseff, em 2010. Lula não conseguiu reverter os votos necessários para impedir o prosseguimento do processo de impeachment da presidente. O ex-presidente assistiu a votação ao lado de Dilma e dos ministros Jaques Wagner, do Gabinete Pessoal da Presidência, e Ricardo Berzoini, secretário de Governo, no Palácio da Alvorada.
Visivelmente abatido e sem voz, Lula desistiu de participar do ato contra o impeachment no Vale do Anhangabaú e retornou a Brasília logo pela manhã, depois de passar a noite em São Bernardo do Campo (SP). A viagem para a capital federal foi mais uma tentativa de última hora de angariar votos contra o impeachment. Pelo twitter, o Instituto Lula anunciava a missão: “Trabalhando pela democracia e o Brasil. O voto de 54 milhões não será desrespeitado.#naovaitergolpe”.
Ao longo do domingo, a estratégia foi batalhar pelos indecisos, por abstenções e ausências.
Mas Lula passou a receber negativas até mesmo para conversas. Parlamentares passaram a evitar o ex-presidente – alguns preocupados em não desagradá-lo – e o pessimismo se instalou entre os governistas antes mesmo do início da votação. Orientados pelo ex-presidente, aliados tentavam converter colegas hesitantes até mesmo no banheiro da Câmara. “Não vote de jeito nenhum. Você não é obrigado a votar. Então, se você não votar com o povo, não vote,” conclamava o deputado federal Vicentinho (PT-SP). O clima piorou com as traições.
Mesmo abalado, Lula quer unir a militância. O ex-presidente teme que o resultado na Câmara dos Deputados desanime os apoiadores de Dilma e do PT e fragmente os movimentos sociais, há tempos insatisfeitos com o governo. A ideia do ex-presidente, segundo aliados, é atacar o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adotando o discurso de “nem Dilma, nem Temer, nem Cunha”.
No sábado pela manhã, em um acampamento montado por manifestantes contra o impeachment em Brasília, Lula falou por menos de 10 minutos. O discurso era para uma tradicional claque do PT – pequenos produtores rurais e militantes do movimento estudantil -- , mas mesmo assim não incendiou o grupo. Lula já chegou pedindo desculpas por ter de ir embora rápido. Ainda iria negociar com governadores, estratégia que o governo demorou a perceber que poderia surtir efeito na virada de votos.
O ex-presidente estava acompanhado de um grupo de parlamentares que passou a semana trabalhando no bunker montado num quarto de hotel em Brasília. Entre eles: o deputado Orlando Silva (SP) e as senadoras Vanessa Grazziotin (AM) e a senadora Gleisi Hoffman (PR). Lula deixou o ato direto para o hotel, onde passou a tarde recebendo políticos e ligando para aliados.
Foram as últimas horas de um esforço organizado e extenuante, que havia começado dias antes.
Era tarde de quarta-feira, quatro dias antes da votação do impeachment na Câmara, e uma fila de convidados se acomodava num pequeno café no hotel Royal Tulip, a menos de 1 quilômetro do Palácio da Alvorada. O local se transformara em sala de espera. Políticos e assessores aguardavam para falar com o ex-presidente Lula, que transformara um quarto do hotel em escritório informal desde que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o impedira de assumir a Casa Civil. A cena vista na quarta-feira se repetia havia quase um mês no local – e, com a aprovação pela Câmara do impeachment da presidente Dilma, o espaço deverá se manter como barricada governista.
A presença de Lula mudou o hotel.
O corredor do quarto do ex-presidente estava tomado por seguranças. Políticos e assessores entravam e saíam. Os visitantes eram conduzidos por uma assessora equipada com headphone. A cada encontro entre um que chegava e um que saía, ouvia-se “E aí, falou com ele?”. Lula ganhou uma rouquidão adicional. A alguns convidados, pareceu abatido.
O ex-presidente tem passado mais tempo em Brasília do que em São Bernardo do Campo, onde vive. Sua missão na capital federal era tentar garantir ao governo ao menos 172 votos na Câmara dos Deputados para evitar o avanço do processo de impeachment. Nos primeiros dias, a prosa do ex-presidente, negociador hábil, pareceu surtir efeito. O governo ficou animado. Lula ainda foi estimulado por uma pesquisa do Datafolha que o colocou no topo das intenções de voto para presidente, em 2018. Líderes aliados repetiam pela Câmara que o vice-presidente Michel Temer fracassara no esforço de levar a base governista a apoiar o impeachment.
Mas o cenário não tardou a mudar.
Num primeiro momento, Lula apostou em conversar com presidentes de partidos e líderes. Depois de falar com o ex-presidente, os interlocutores eram encaminhados ao Palácio do Planalto, onde ouviam promessas de cargos e emendas. Algumas nomeações foram publicadas no Diário Oficial, mas Dilma decidiu só mexer no ministério após a Câmara votar o processo que pede sua cassação. O plano começara a fracassar.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança
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