Um mercado de até R$ 15 milhões foi assegurado para a agricultura familiar do Rio Grande do Norte, nos últimos dias, com a previsão de que forneçam ao menos 50% do volume adquirido pelo “Programa do Leite Potiguar”. O programa foi relançado ontem pelo governo do estado
em meio a críticas de produtores maiores, que cobram mais
transparência e põem em dúvida a capacidade dos 'pequenos' de suprirem a
demanda. Os agricultores familiares, no entanto, se mostram otimistas
com a produção e comemoram o que consideram “uma luta antiga”.Antes, os atravessadores pegavam o leite dos pequenos e levavam como se
fosse deles. Agora nós vamos usar o nosso nome. É uma questão de
autonomia, cidadania”, disse João Cabral, presidente da Federação dos
Trabalhadores e Trabalhadoras no Rio Grande do Norte (Fetraf).
Ele avalia que essa nova política vai dar mais estabilidade a esse nicho produtor. “Uma coisa é levar o leite para vender aqui e acolá. Outra coisa é você vender para o governo, é uma coisa certa. Como não se tinha segurança na comercialização, você acaba tendo medo de investir. E agora isso tudo muda”, analisou o presidente da federação. O líder dos agricultores familiares disse ainda que, mesmo com a seca prolongada, os produtores estão se adaptando à condição extrema, o que daria base para ampliação da produção.O decreto 25.447 de 2015, que dá um novo formato ao Programa do Leite, estabelece que pelo menos 50% do produto tenha origem na agricultura familiar. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a parcela de agricultores familiares teria capacidade de suprir a demanda de 44 mil litros de leite diários.
Em 2006, quando foram divulgados os dados mais recentes, os agricultores familiares eram responsáveis por 45% do leite produzido no Rio Grande do Norte, com 85.681.000 de litros produzidos. Ou seja, 238 mil litros diários.
Mesmo supondo a possibilidade de queda de 50% para a produção de leite – estimada pela Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) para a produção global do estado nos primeiros três anos de seca - os agricultores familiares teriam condições de atender a cota do Programa do Leite e ainda sobrariam 75 mil litros.
De acordo com o diretor geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater), César Oliveira, no antigo formato o programa havia 197 produtores. O número considera todos os portes de fornecedores. “Agora vamos ter algo em torno de 2 mil ou mais. Vale lembrar que o próprio decreto garante que na falta de leite entre os agricultores familiares o governo pode comprar de outros”, informou.
O instituto não tem o detalhamento dos fornecedores entre familiares e não familiares. Mas segundo a Fetraf, esse segmento só participava de forma indireta. Dos R$ 47 milhões anuais do programa, R$ 28 milhões serão destinados para a compra de leite. O restante irá para a distribuição do produto. “Desse total (da compra do leite), entre R$ 14 milhões ou R$ 15 milhões irão para a agricultura familiar”, estimou o dirigente da Emater.
Mas a capacidade de produção dos 'pequenos' não é a única preocupação dos representantes dos médios produtores e as indústrias de laticínios. Eles fazem críticas ao novo modelo do programa.
Ele avalia que essa nova política vai dar mais estabilidade a esse nicho produtor. “Uma coisa é levar o leite para vender aqui e acolá. Outra coisa é você vender para o governo, é uma coisa certa. Como não se tinha segurança na comercialização, você acaba tendo medo de investir. E agora isso tudo muda”, analisou o presidente da federação. O líder dos agricultores familiares disse ainda que, mesmo com a seca prolongada, os produtores estão se adaptando à condição extrema, o que daria base para ampliação da produção.O decreto 25.447 de 2015, que dá um novo formato ao Programa do Leite, estabelece que pelo menos 50% do produto tenha origem na agricultura familiar. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a parcela de agricultores familiares teria capacidade de suprir a demanda de 44 mil litros de leite diários.
Em 2006, quando foram divulgados os dados mais recentes, os agricultores familiares eram responsáveis por 45% do leite produzido no Rio Grande do Norte, com 85.681.000 de litros produzidos. Ou seja, 238 mil litros diários.
Mesmo supondo a possibilidade de queda de 50% para a produção de leite – estimada pela Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) para a produção global do estado nos primeiros três anos de seca - os agricultores familiares teriam condições de atender a cota do Programa do Leite e ainda sobrariam 75 mil litros.
De acordo com o diretor geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater), César Oliveira, no antigo formato o programa havia 197 produtores. O número considera todos os portes de fornecedores. “Agora vamos ter algo em torno de 2 mil ou mais. Vale lembrar que o próprio decreto garante que na falta de leite entre os agricultores familiares o governo pode comprar de outros”, informou.
O instituto não tem o detalhamento dos fornecedores entre familiares e não familiares. Mas segundo a Fetraf, esse segmento só participava de forma indireta. Dos R$ 47 milhões anuais do programa, R$ 28 milhões serão destinados para a compra de leite. O restante irá para a distribuição do produto. “Desse total (da compra do leite), entre R$ 14 milhões ou R$ 15 milhões irão para a agricultura familiar”, estimou o dirigente da Emater.
Mas a capacidade de produção dos 'pequenos' não é a única preocupação dos representantes dos médios produtores e as indústrias de laticínios. Eles fazem críticas ao novo modelo do programa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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