domingo, 14 de junho de 2015

Bala Juquinha tem produção suspensa e se despede depois de 64 anos


 Uma amarga notícia pegou de surpresa o mundo das guloseimas: a Juquinha, a mais famosa bala brasileira, exportada para pelo menos 60 países, parou de ser fabricada. A gostosa goma, que tinha o rosto de um menino lourinho como marca, reinou absoluta no mercado por seis décadas. As portas da empresa, em Santo André (SP), foram fechadas há pouco mais de um mês. No Rio, um dos principais estados consumidores do confeito, atacadistas já não têm mais estoques e nas vitrines, elas desapareceram.
O motivo do encerramento da produção da primeira bala mastigável do país seria a falta de interesse dos filhos do criador, o italiano Giulio Luigi Sofio, de 77 anos, que mora em Santo André (SP) e não quer comentar sobre o negócio, adquirido por ele do português Carlos Maia, em 1982.
Segundo alguns dos últimos 18 funcionários demitidos mês passado, porém, a maior parte do maquinário da empresa — que chegou a ter mais de 200 empregados, produzir 600 toneladas de balas por mês e ter uma receita superior a R$ 15 milhões mensais, na Avenida dos Estados, em Santo André — já foi retirada. Um empresário carioca, que não seria do ramo alimentício, teria comprado a original e ultrassecreta fórmula da bala Juquinha de tutti-frutti, guardada a sete chaves.
“O empresário do Rio veio de helicóptero a Santo André, cheio de seguranças, no final de maio. Em pouco mais de dez minutos, levou, num cofre, a fórmula”, garante um ex-empregado. A mistura clássica do mimo, foi desenvolvida por cozinheiras de Carlos Maia, que começaram a escala de produção em tachos de cobre. Maia batizou a guloseima em homenagem a Juca, um amigo português.
Na Central do Brasil, os principais distribuidores da bala Juquinha lamentaram o fim da produção. “Vendíamos 200 fardos, cada um com 20 pacotes de 700 gramas, por mês. Hoje (sexta), temos menos de 50 pacotes nas prateleiras”, diz o gerente da Cia do Doce, Paulo dos Santos. “É uma pena. Herdei essa loja (Esplendor, na Lapa) dos meus pais, há 34 anos. A Juquinha era a bala que mais saía”, lamentou.
O aposentado José Alves, de 78 anos, diz que a bala Juquinha vai deixar saudades. “Quem não se lembra da famosa frase?: ‘quer enganar, dê bala Juquinha’. Ou seja, era a forma mais simples e divertida de se acalmar uma criança. Até hoje eu usava esse argumento com meu neto Olavo, de 4 anos”, diz. Agora, só resta a José e aos fãs da Juquinha, uma açucarada torcida pela possível volta da fabricação da bala. Um doce mistério.
Fórmula secreta 
A Balas Juquinha Indústria e Comércio Ltda foi fundada em 1945 com uma outra razão social: Salvador Pescuma Russo & Cia Ltda. No início, dedicava-se apenas à fabricação de refresco em pó efervescente. Cinco anos depois, a empresa começou a fabricar balas mastigáveis. Pouco depois, a ‘docíssima e mole’ Juquinha virou febre no País, conquistando rapidamente o mercado.
O sucesso da tão falada bala foi ampliada ainda mais com Giulio Sofio na direção do empreendimento, comprado através de um simples anúncio num jornal, colocado por Carlos Maia, que, em 1979, atolado em dívidas, acabou vendendo para o italiano, a receita mágica, que deu origem a outros sabores como uva, abacaxi e coco. Atualmente, até os ex-funcinários foram orientados a não dar entrevistas sobre a delícia.
Um antigo funcionário conta que, quem ousava bisbilhotar e tentar descobrir a composição da fórmula, era demitido. “Muitos ‘espiões’ foram descobertos e mandados embora ao longo dos 30 anos. O segredo sempre foi o principal pilar de sobrevivência da empresa”, diz X., 56 anos, desempregado desde abril. “Nem sei se sei fazer outra coisa. Só bala”, lamenta, preocupado com o futuro.
O auge das vendas ocorreu em meados da década de 90, quando, durante o então Plano Real, as balas Juquinha viraram troco nos supermercados, bares e restaurantes. “Naquela ocasião faturei três vezes mais que agora”, disse Giulio, em entrevista a uma revista de ecnonomia em 2005.
Desde então, o faturamento da fábrica caiu para R$ 8 milhões, passando sua produção de 600 toneladas por mês para menos de 100 toneladas. E veio registrando queda através dos anos, assim como o número de empregados. Em abril deste ano, conforme testemunhas, somente 18 pessoas operavam a linha de produção, que tinha modernos maquinários. Metade das balas era destinada ao mercado externo.
Segundo especialistas, a queda é atribuída, especialmente, a dois fatores: a falta de interesse dos descendentes de Giulio para tocar os negócios no ramo, e a competitividade no mercado. “A clandestinidade no setor atualmente alcança mais da metade da produção de balas, pirulitos e doces. Como competir com produtos até 40% mais baratos, embora tenham qualidade duvidosa? Os fabricantes informais não pagam impostos e por isso assumem cada vez mais a liderança de vendas”, justifica o economista Jaiber Assumpção.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





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Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



D. Amélia de Leutchenberg



Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança