domingo, 17 de maio de 2015
Não há medidas que preparem o Governo”
Presidente nacional do Democratas, o senador José Agripino Maia avalia que Governo Robinson Faria precisa de uma gestão com uma política mais racional de gastos. Por outro lado, ainda na ótima administrativa, o líder político se mostra otimista com a possibilidade do Estado potiguar receber a instalação de um hub da companhia aérea TAM. E para isso ele aponta como diferencial para o Estado o fato de estar em solo potiguar a refinaria de Querosene de Aviação. Já sobre a política eleitoral, o senador é direto: defende que a aliança partidária posta no palanque de 2014 quando Henrique Eduardo Alves foi candidato ao Governo seja reproduzida em 2016 para se manter coesa com vistas a 2018.
Onde vai levar a Lava Jato?Primeiro de tudo vai passar o país a limpo, porque os procedimentos que vinham se acumulando dentro do Governo do PT. E nós vamos saber também, com a CPI do BNDES e a CPI dos Fundos de Pensão, o que houve no setor elétrico, de rodovias, de infraestrutura. Então muitas coisas estão para acontecer. O que está em apuração no momento é apenas a questão Petrobras, que é hoje a mais endividada empresa do mundo. A Petrobras já foi campeã no plano internacional, hoje é a mais endividada e vive diante de uma humilhação. O regime de partilha determina que todos os planos de prospecção de petróleo sejam levados a efeito sobre o comando da Petrobras que deve ter 30%. Mas ela (a Petrobras) não tem dinheiro nem para 2%, que dirá para 30%. O processo de perfuração e prospecção de novos campos de petróleo, pela situação a que a Petrobras foi levada, é conseqüência da má gestão da Petrobras e da roubalheira. A que vai levar a Lava Jato? Passar a limpo um estado de coisas que se instalou na Petrobras, de má gestão e corrupção. E vai levar a identificação da corrupção em outros segmentos que o Governo permitia, como setor elétrico, BNDES, fundos de pensão. Será (a Lava Jato) a grande luz que vai orientar a correção de procedimentos governamentais. Com todo esse cenário traçado pelo senhor, há clima de impeachment no Brasil?
Acho que ainda não. Você faz impeachment na medida em que tenha elementos jurídicos, políticos e revolta da população. Revolta da população você tem, mas algo contido. Os movimentos de rua são uma expressão, mas têm ocorrido a intervalos de tempo. Pressupõe também fato jurídico perfeito e acabado, não há ainda esse fato jurídico que determine a perda de mandato a Dilma. Mas eu não sei o que vem com as declarações de Ricardo Pessoa (da construtora UTC), que dizem que era o núcleo central das articulações das empresas dentro da Petrobras. E falam que tinha conhecimento de práticas indecorosas em outros segmentos. Não sei se a delação premiada dele pode produzir elemento jurídico perfeito e acabado. Existem sim elementos que estão em prospecção, como a pedalada fiscal que o Tribunal de Contas da União está avaliando e claro que é um ferimento a Lei de Responsabilidade Fiscal e pode ensejar um processo de impeachment. Do ponto de vista congressual, a presidente Dilma, mesmo com base esgarçada, ainda mantém suporte suficiente para não votar pela abertura do processo que a Câmara teria responsabilidade.
A presidente Dilma ainda tem mais de três anos de gestão. Há ambiente para ela se recuperar?
Acho muito difícil. O ajuste fiscal produzindo grandes desgastes políticos, porque contraria tudo que ela havia prometido, ou seja, a herança de Dilma foi deixada por ela própria. Ela chegou a dizer que não iria mexer com os direitos dos trabalhadores “nem que a vaca tussa”. A vaca está tossindo toda hora. Há duas semanas que o congresso vota coisas que a presidente negou que faria durante a campanha eleitoral. Então, além de estar havendo desgaste político muito forte, o ajuste fiscal, se for todo ele aprovado, aplicado para ter conseqüências práticas de recuperação da economia, levará, no mínimo, dois anos. Em dois anos o governo, praticamente, acabou. Acabou com uma presidente extremamente desgastada, porque ela terá perdido a coisa que político não pode perder. Político pode perder popularidade, prestígio, agora credibilidade, se perdeu, não recupera mais. E foi o que Dilma perdeu. Ela fez uma cadeia de rádio e televisão prometendo baixar em 20% a tarifa de energia elétrica e a gente sabe como está a energia elétrica. Ela prometia que não iria mexer nos direitos dos trabalhadores e está aí votando e obrigando a base dela a votar a retirada de direito dos trabalhadores. Não é só Dilma, a imagem de Dilma e a imagem do PT estão definitivamente comprometida com as investigações da Petrobras. São vasos comunicantes. Um a coisa se comunica com a outra. Quem sai desse processo muito mutilado, mais até do que a presidente da República, é o partido que está há 12 anos no poder e é responsável por tudo isso que está sendo apurado. A responsabilidade do Petrolão é muito mais do PT e menos de Dilma, apenas Dilma é PT.
Observando agora a administração estadual, qual avaliação que o senhor faz da gestão Robinson Faria, superado o marco dos 100 dias?
Está muito no começo. Os prefeitos me dizem que nunca passaram por uma situação financeira tão difícil como estão enfrentando agora. Eles dizem que não sabem como será o segundo semestre. E eu não vejo o Governo do Rio Grande do Norte tomar nenhuma medida no rumo de saneamento das finanças. Será que o Rio Grande do Norte está num mar de bonança? Eu não acredito. Gostaria muito, mas não acredito. O que se sabe é que a folha está sendo paga pelo socorro de um fundo previdenciário, cuja legalidade se questiona e terá que ser reposto. E, em matéria de investimentos, eu não tenho informação de nada que esteja sendo feito com recursos produzidos pelo Governo do Estado. São decorridos pouco mais de 100 dias de Governo. O que me preocupa é que não foram adotadas medidas que preparem quatro anos de Governo, a sustentabilidade. Nós vivemos uma crise na economia do Estado. Fiquei alarmado com os dados do IBGE que mostram que o maior desemprego nos Estados do Brasil inteiro está no Rio Grande do Norte. O desemprego aponta para o nível de atividade econômica. Eu vejo com muita preocupação o que está ocorrendo aqui e no resto do Brasil. E me reporto a mim mesmo, em 1991, quando assumi o Governo do Estado fui obrigado, com o coração sangrando, a demitir 4 mil pessoas e fechar sete órgãos da administração direta e indireta para passar um primeiro ano de profundo desgaste e só recuperar as condições de governar do segundo ano para frente. A situação do Estado naquela época era ruim, mas não sei se a de hoje era melhor do que aquela. Pelo contrário, no contexto, acho que a de hoje é situação pior a que me levou demitir 4 mil pessoas. Vejo com preocupação o que está por ocorrer.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança
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