
O governador Robinson Faria (PSD) chega a Mossoró na próxima terça-feira, para cumprir sua primeira agenda oficial na capital do Oeste ao lado do prefeito Francisco José Júnior. Quando candidato, ele disse que daria atenção especial à segunda maior cidade do Rio Grande do Norte e a sua vinda nos primeiros dias úteis de sua gestão pode ser considerada o cumprimento da primeira promessa.
Na agenda, visita ao Hospital da Mulher Parteira Maria Correia e ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) que enfrentam graves problemas administrativos. O primeiro está com a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) fechada por conta de uma bactéria, problema que tem sobrecarregado a Prefeitura de Mossoró, mesmo não sendo responsável por procedimentos de alta complexidade.
No Hospital Regional Tarcísio Maia, o problema é com o Raio-X que está quebrado há meses. A situação no principal hospital do Oeste é tão grave que há quem diga que ele corre o risco de fechar em menos de um mês caso nada seja feita. A herança deixada de problemas deixados na unidade de saúde obrigará o novo governador a tomar medidas enérgicas para evitar um colapso. Nos últimos anos, o Governo do Rio Grande do Norte deixou de repassar cerca de R$ 10 milhões por ano da contrapartida para a Prefeitura de Mossoró. Essa é uma das distorções que o prefeito Francisco José Júnior tentará corrigir junto ao governador Robinson Faria.
O sucateamento dos aparelhos de Saúde do Estado e a ausência de contrapartida criou bolsões graves de problemas e obriga o município a atender pacientes não referenciados para não negar atendimento à Saúde.
Um exemplo disso é a Casa de Saúde Dix-sept Rosado, atualmente gerenciada por uma junta interventora nomeada pela Justiça. A unidade realiza cerca de 600 partos por mês, no entanto, menos de 200 são oriundos de Mossoró. Como é a Prefeitura de Mossoró quem subsidia toda a parte médica, sobra para a Secretaria Municipal de Saúde a responsabilidade de atender a mais de 60 municípios norte-rio-grandenses.
Filha de Mossoró, prefeita por três mandatos, Rosalba Ciarlini deixa o governo com uma dívida imensa com sua cidade. Não conseguiu avançar em nada no Tarcísio Maia e entregou o Hospital da Mulher numa situação lastimável. A unidade, embora tenha grande importância hoje na cidade, não tem o porte necessário para um município da dimensão e localização de Mossoró. Os desafios de Robinson são grandes, mas parece que a disposição dele de reverter o quadro é bem maior. A visita dele às unidades de Saúde logo neste período mostra a sua boa vontade de realizar as mudanças necessárias.
SEGURANÇA
Atacar os problemas da segurança é outra meta do governador. Junto com Silveira, ele inaugura a quarta Base Integrada Cidadã (BIC), localizada no bairro Barrocas. Essas unidades têm reduzido significativamente o índice de violência nos bairros onde estão localizadas.
A BIC é uma ação importante, mas será necessário para Robinson trabalhar a segurança em um aspecto mais amplo. Para isso, precisa valorizar e equipar a corporação. O índice de violência na cidade chegou a um nível de descontrole tornando-se mais um grave problema deixado por Rosalba Ciarlini para o governador Robinson Faria resolver.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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