
A presidente Dilma Rousseff abriu nesta terça-feira (27) a primeira reunião ministerial do segundo mandato determinando aos ministros que enfrentem o "desconhecimento", a "desinformação" e "reajam aos boatos" e à "falsa versão".
Para o encontro, ela reuniu os 39 ministros na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência. Dilma fez o discurso de abertura, que durou cerca de 35 minutos (veja íntegra ao final desta reportagem). Em seguida, os ministros passaram a fazer exposilções sobre prioridades nas suas pastas.
"Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação sempre e permanentemente. Nós não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública, a posição do ministério à opinião pública. Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas", declarou a presidente.
Dilma também pediu aos ministros que digam "a cada cidadão" que não houve recuo naquilo que foi apresentado como princípio durante a campanha eleitoral."Vamos mostrar a cada cidadão brasileiro que não alteramos um só milímetro o nosso compromisso com o projeto vencedor da eleição, com o projeto de desenvolvimento que nós estamos implementando desde 2003, um projeto de crescimento com distribuição de renda. O nosso povo votou em nós porque acredita que somos os mais indicados para fazer o que for preciso para o Brasil avançar ainda mais, porque acredita em nossa capacidade e em nossa honestidade de propósitos", afirmou.
Dilma mencionou como exemplo a questão trabalhista, objeto de crítica da oposição, que afirma que o governo está retirando direitos e contrariando o discurso da campanha eleitoral. "Direitos trabalhistas são intocáveis e não será o nosso governo, um governo de trabalhadores, que irá revogá-los", afirmou.
"Vamos falar mais, comunicar sobre nossos desafios, sobre nossos acertos", afirmou.
A presidente afirmou que a reforma política será prioridade neste ano e pediu aos ministros que tenham "muito diálogo" com o Congresso Nacional – a suposta falta de diálogo é uma das principais críticas ao governo de parlamentares da base aliada.
"Espero de cada um das ministras e dos ministros muito diálogo com o Congresso, com governadores, com os prefeitos e os movimentos sociais, tal como eu mesma farei. [...] Espero de todos muita dedicação, muita cooperação entre os ministérios", afirmou a presidente, para quem os ministros devem ter entre si uma "ação cooperativa".
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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