
Parlamentares do DEM e do PSDB ouvidos nesta terça-feira (23) apontaram "loteamento de cargos" e "toma-lá-dá-cá" nas indicações da presidente Dilma Rousseff para a equipe ministerial do próximo governo, enquanto deputados do PT disseram que as nomeações vão "reforçar" a base aliada.
Por meio de nota oficial, o Palácio do Planalto anunciou nesta terça os nomes de 13 novos integrantes do primeiro escalão do governo federal. Entre os ministros que atuarão no segundo mandato da petista estão os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), do Ceará, Cid Gomes (PROS), e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD).
As indicações contemplaram alguns dos partidos que apoiaram a candidatura de Dilma à reeleição – PT, PMDB, PROS, PSD, PCdoB e PRB.
Para o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), a reforma ministerial demonstra que a máquina pública continua “dominada pelo aparelhamento partidário” e “inchada”, já que não houve corte de ministérios.
“A gente assiste mais do mesmo, da mesma política, do toma-lá-dá-cá, dominado pelo aparelhamento partidário, que produziu o quadro que temos aqui de fraco desempenho político-econômico. Ela não está preocupada em produzir resultados em termos de satisfazer as políticas públicas, mas, sim, satisfazer os interesses partidários”, disse Mendonça Filho.
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), também criticou o número de pastas e a distribuição dos cargos entre partidos da base aliada. “O governo continua com a prática do toma-lá-dá-cá, do afilhadismo, mantendo desnecessariamente 39 ministérios, que além da irracionalidade do número, leva a um gasto do dinheiro do contribuinte no momento em que a presidente deveria dar um bom exemplo de corte de despesas, depois da gastança desenfreada no ano eleitoral."
Elogio petista
Já o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), avaliou a escolha dos nomes anunciados nesta terça como um sinal da intenção da presidente de manter a sua base aliada unida.
“A minha avaliação é bastante positiva, que expressa a coalização com a qual ela pretende governar o país. Sem dúvida nenhuma, a presidente faz uma escolha que demonstra o desejo dela de consolidar uma base de sustentação para o governo, uma coalizão com responsabilidade de governar tanto no Executivo quanto no Legislativo”, opinou.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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