
O vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, internado desde a noite de sexta-feira (21), passa bem e está sendo medicado, conforme o boletim médico divulgado pelo Hospital Santa Cruz, de Curitiba. O executivo foi levado ao hospital após ter uma crise de hipertensão na carceragem da Policia Federal, em Curitiba, onde está preso desde sábado (15), quando se entregou, após ter a prisão decretada em função das investigações da Operação Lava Jato.
Leite está entre as 13 pessoas que ainda são mantidas na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O grupo é suspeito de participar de um esquema de fraudes na Petrobras. Além dele, também foram detidos outros executivos de empreiteiras, o ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
O executivo da Camargo Corrêa chegou ao hospital por volta das 20h30. De acordo com o advogado Marlus de Oliveira, ele é cardiopata. “Acredito que o internamento seja mais por precaução, disse ao G1. Ainda conforme o boletim do hospital, Eduardo Leite deve ser submetido a novos exames e não há previsão de alta.
Eduardo Hermelino Leite se entregou à PF um dia após a sétima fase da Operação Lava Jato ter sido deflagrada. A prisão preventiva do executivo foi decretada em 14 de novembro. Com a prisão preventiva, ele pode ficar detido durante todo o processo. Ele está preso na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense.
Lava Jato
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 24 pessoas foram presas pela PF durante esta etapa da operação. Porém, ao expirar o prazo da prisão temporária (de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), na última terça (18), 11 suspeitos foram liberados. Outras 13 pessoas, entre as quais o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, continuam na cadeia.
Segundo a PF, os envolvidos responderão, de acordo com suas participações no esquema, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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