
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (11) que num eventual governo seu a diretoria da Petrobras será escolhida por um “comitê de busca” que deverá analisar o currículo de candidatos. Segundo Marina, o modelo deve ser seguido por outras empresas públicas e agências reguladoras.No nosso programa estamos assumindo o comprisso de que [nas] empresas como Petrobras, as agências, que são importantes, e os Correios nós iremos fazer a escolha recebendo currículo de pessoas honestas e competentes comprometidas com a gestão pública. Faremos um comitê de busca para fazer o preenchimento dos cargos", disse Marina.
Reportagem da revista "Veja" publicada no último fim de semana apontou o nome de políticos que teriam sido citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em depoimentos de delação premiada, como beneficiários de um esquema de pagamento de propina com recursos de contratos da estatal. Costa foi preso pela Polícia Federal por suspeita de desviar dinheiro de contratos para pagar propina a políticos.
Marina defendeu a criação de um "comitê de busca" para o quadro de diretores de estatais durante palestra no Clube de Engenharia, no Centro do Rio. De acordo com a candidata, a ocupação de cargos nas companhias por meio de indicação política cria “nichos de corrupção”. Ela voltou a afirmar que o PT quer fazer uma “cortina de fumaça” para esconder os escândalos na estatal.
“No nosso governo teremos uma Petrobras que não será entregue aos interesses políticos deste ou daquele grupo [...]. Não vamos permitir que uma empresa importante como Petrobras seja entregue à sanha dos partidos que hoje criou nichos de corrupção. Uma empresa que agora está na metade do valor que tinha e deve quatro vezes mais do que quando a presidente Dilma a recebeu”, disse.
Mais cedo, em entrevistao ao jornal "O Globo", a presidenciável do PSB havia afirmado, em alusão a Paulo Robeto Costa, que o PT colocou um diretor na Petrobras para "assaltar os cofres" da estatal. Ela também disse considerar que "os partidos perderam o vínculo com a sociedade".
Pré-sal e educação
Marina também declarou em seu discurso no Clube de Engenharia que pretende dar continuidade aos leilões de bacia do pré-sal. A propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, tem feito críticas à candidata usando o argumento de que a ela é contra o pré-sal.
A presidenciável destacou nesta quinta que o “desmonte” da Petrobrás e a corrupção ameaçam a exploração do pré-sal. No entanto, segundo ela, caso seja eleita, vai manter a partilha dos recursos do pré-sal em 75% para a educação e 25% para saúde. Marina disse ainda que pretende ampliar o ensino em tempo integral para todo o país em quatro anos de um eventual mandato.
“Nós decidimos de acordo com as diretrizes do Plano Nacional de Educação que haverá um investimento de 10% para educação e o pré-sal se constituirá numa base importante para estes investimentos. Estamos inclusive assumindo o compromisso de aumentar as metas de educação em tempo integral. Em quatro anos queremos universalizar o ensino integral para todo o país”, afirmou.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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