
No último domingo, o Fantástico mostrou que Santana do Livramento, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, vivia uma polêmica: um Centro de Tradições Gaúchas seria sede de um casamento coletivo. O problema, para parte da população, é que entre os 29 casais, um deles era homossexual.
Na reportagem da semana passada, o patrão do CTG Sentinelas do Planalto se dizia preocupado com boatos de que o local seria queimado. Na última quinta-feira, as ameaças se concretizaram.
“A gente não acreditava, achava que era apenas ameaça. Infelizmente, não era só ameaça”, conta Gilberto Gisler.
“Trata de um atentado ao CTG. Seria uma garrafa pet que teria algum líquido inflamável, que provavelmente seja gasolina”, afirma o delegado da Polícia Civil Eduardo Finn.
Depois do incêndio, um mutirão foi realizado para recuperar tudo. Enquanto um grupo trabalhava para remover os entulhos, e era muita coisa para ser retirada, outros trabalhadores, em uma corrida contra o tempo: a reconstrução do prédio.
“Amigos, vizinhos, todo mundo junto, pegando aparelho, para nós reerguermos novamente”, diz um integrante do CTG.
“E aqui não tem gays trabalhando para um casamento gay, aqui tem tradicionalistas e simpatizantes do movimento trabalhando para que as pessoas que querem ser felizes consigam celebrar essa união”, disse um outro integrante do CTG.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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