segunda-feira, 28 de julho de 2014

Dois em cada dez jovens brasileiros nem estudam e nem trabalham


O Fantástico trata de um drama que afeta dois em cada dez jovens brasileiros.
Eles fazem parte da chamada "geração nem-nem". Nem estudam, nem trabalham.

É um problema que atinge sobretudo meninas pobres, que engravidam cedo e acabam abrindo mão dos projetos de vida.
Aos 19 anos e com duas filhas gêmeas, Pâmela não via solução para melhorar de vida a curto prazo. Quando engravidou, teve que parar de estudar. Depois, não conseguiu voltar para a sala de aula, nem trabalhar. “Eu vi que minha vida parou totalmente. Parou totalmente. Mas vou correr atrás”, diz Pâmela.
A situação que Pâmela viveu é o retrato de uma estatística alarmante. Hoje, quase 20% dos jovens brasileiros fazem parte de um grupo chamado nem-nem: nem trabalham nem estudam. Desse grupo, a maioria é mulher. E, assim como Pâmela, quase 59% delas têm um ou mais filhos.
Números que chamaram a atenção dos autores da novela "Geração Brasil".
“Quando a gente começou a fazer a sinopse, o Brasil estava em um momento muito otimista. E estava se falando muito dos jovens empreendedores. E a gente começou a estudar querendo saber sobre isso. Quando vimos o outro lado isso nos chocou um pouco”, afirma a autora da novela “Geração Brasil” Isabel de Oliveira
Esta semana, o assunto ganhou destaque na novela, que se propõe a mostrar personagens típicos dessa geração de jovens brasileiros. “Mas, eu acho que cabe a sociedade debater essa questão. E assim, a gente só está levantando a bola, como a Bel falou” diz o autor da novela “Geração Brasil” Filipe Miguez.
O grupo “nem-nem” é maior entre os pobres. E a presença desse índice de exclusão social nas estatísticas ao longo do tempo mostra que uma herança de desigualdade vem passando de geração para geração no país.
Uma prova disso é que Pâmela herdou a mesma condição da mãe e da avó, que ficaram grávidas na adolescência. “Eu parei com os estudos, eu parei com tudo também. Aí eu tive muita dificuldade de arranjar emprego, a não ser em casa de família”, diz Rosemar Pereira, mãe de Pâmela. 
Além da gravidez na adolescência, o abandono da escola é um fator que explica por que o jovem se torna nem-nem, diz o professor Adalberto Cardoso, que analisou quase 20 anos de estatísticas desse fenômeno. E explica: “O ensino público médio, no Brasil, é de má qualidade, a pessoa deixa a escola e não consegue trabalhar porque não tem qualificação para isso. Está competindo com gente que tem mais qualificação. Setenta por cento dos 'nem-nem' estão nas famílias entre os 40% mais pobres”, afirma o sociólogo Adalberto Cardoso.
O assunto é delicado e deixa os jovens até constrangidos. Marcelo, que vive no morro Santa Marta, no Rio de Janeiro, sofre por ser um “nem-nem”. “Vou fazer o que, né? O que bater na cabeça na hora eu estou fazendo”, afirma Marcelo Silva Santos,18 anos.
Evanaldo diz que não fala sobre esse assunto com a família. “Não gosto, assim, de conversar muito com eles não. É cada um por si, cada um vive sua vida”, conta Evanaldo Fully, de 20 anos.
O professor de artes marciais Ricardo Pires faz a ponte entre pais e filhos que não têm diálogo. “Os pais ficam um pouco, também, perdidos para como orientar seus filhos. Que muitas vezes ele também não foi orientado”, afirma.
Cada ano a mais de estudo diminui em 2% a chance de um jovem ser “nem-nem”. E a cada ano perdido a situação dos que ficam para trás piora, segundo a pesquisadora Joana Monteiro, da fundação Getúlio Vargas, no Rio: “Por mais que o sistema educacional no Brasil ainda seja muito deficiente, o sistema público, sem ele são muito poucas as chances de ir a algum lugar”, afirma.
Matheus chegou a essa conclusão e constrói seu futuro com lápis, pincéis, desenhos e pinturas. Voltou a estudar, em um curso técnico, para procurar emprego, enquanto faz bicos em casa como desenhista. O rapaz mora em Recife, que tem o maior índice de “nem-nem” entre todas as regiões metropolitanas do país.
Ele ficou três anos sem trabalhar nem estudar. “Eu pensando que se eu estudasse ia perder tempo de conquistar meu sonho. Só que depois de um tempo caí na real com a ajuda dos meus pais, que sempre me aconselharam”, diz Matheus Bartolomeu Pinheiro da Silva, de 19 anos.
Paloma não quer seguir o caminho da irmã, Pâmela, da mãe e da avó. A família "nem-nem" que você conheceu no início da reportagem.
“Eu penso assim: trabalho em primeiro lugar. Depois filho, quero passar isso também não”, diz Paloma André da Silva, de 20 anos. Paloma é técnica de enfermagem e quer estudar medicina. Faz estágio nos fins de semana e, no tempo livre, cuida das duas filhas da irmã.
Há um mês, Pâmela conseguiu um emprego como monitora de van escolar. Deixou temporariamente de ser nem-nem. Mas o sonho de melhorar de vida depende de mais uma conquista. “Eu queria voltar a estudar e agora para mim por enquanto não dá”, afirma Pâmela.
 Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança