
Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, condenado no escândalo do mensalão e foragido do Brasil, foi preso na Itália com documentos de três países – Espanha, Brasil e Itália – entre eles, “muitos falsos”, revelou nesta quinta-feira a polícia especial italiana em Modena, os carabinieri, junto com um representante da Interpol. Por conta dos documentos falsos, ele corre o risco de ser condenado a até três anos de prisão na Itália.
Numa coletiva de imprensa nesta quinta-feira em Modena, no centro da Itália, o tenente-coronel Carlo Carrozo contou que cerca de 10 policiais, alguns à paisana, participaram da prisão de Pizzolato, num apartamento na cidadezinha de Maranello, sede da Ferrari, onde trabalha o sobrinho que o acobertou, Fernando Grando.
- Ele estava de jeans e camiseta. Aconteceu por volta das 11h30m. Tocamos a campainha, a mulher atendeu. Pedimos documento. Ele inicialmente apresentou o documento falso. Depois, quando viu que foi pego, revelou sua identidade. Não resistiu – contou Carrozo.
Dentro do apartamento, alugado pelo sobrinho há um ano, além dos documentos falsos, foram encontradas “grande quantidade de comida”: muita massa, frutas e cerveja, segundo os policiais.
Pizzolato se mantinha trancado no apartamento há uma semana, acreditam os policiais. Durante 24 horas, a polícia observou o movimento do apartamento. Só o sobrinho saía e voltava para o apartamento, do trabalho. Todas as janelas ficavam fechadas. Mas os policiais italianos pegaram Pizzolato provocando uma pane elétrica :
- Desligamos a luz para provocar, e alguém saiu do apartamento - contou Carrozo.
Pizzolato está agora numa cela com duas pessoas na Penitenciária de Bolonha. Antes de chegar ao apartamento do sobrinho, a polícia conseguiu saber que ele estava na Itália pelo menos desde outubro: morou em La Spezia, uma cidade portuária na região de Ligúria, e passou por Treviso, uma outra cidade do norte.
Agora, o destino dele está nas mãos na Corte de Apelação de Bolonha. O Brasil tem 40 dias para enviar os documentos com o pedido de extradição. Caberá ao juiz decidir se Pizzolato aguarda em liberdade ou permanecerá preso.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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