terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Indústria fecha 2013 com alta de apenas 1,2%
A indústria brasileira recuou 3,5% em dezembro, frente a novembro, muito acima da expectativa média do mercado de uma queda de 1,7%, sob o impacto das paralisações para férias coletivas, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. A pesquisa mostrou uma queda generalizada, em todas as categorias de uso e em 22 dos 27 setores avaliados. A queda de 3,5% é a maior para um mês desde dezembro de 2008, quando caiu 12,2%.
Com o desempenho de dezembro, a indústria fechou o ano de 2013 com alta de 1,2%, muito longe de recuperar a perda de 2,6% registrada em 2012. A indústria está 6,9% abaixo do nível mais alto de produção, de maio de 2011, e retoma o patamar observado no fim de 2009, quando ainda se recuperava dos efeitos da crise financeira internacional.
Na comparação com dezembro de 2012, a queda da indústria foi de 2,3%. E esse recuo foi em cima de uma base fraca, já que naquele mês a produção tinha caído 3,4%.Uma série de fatores vem acontecendo. Desde a redução da demanda, com níveis de inadimplência mais elevados, encarecimento do crédito, maior comprometimento do orçamento das famílias, formação de estoques e desaceleração da economia mundial ajudam a entender a redução do ritmo da produção industrial - afirmou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Luiz Macedo, lembrando que o início da alta da taxa básica de juros da economia ocorreu no mês de abril.
Houve uma forte desaceleração da indústria no segundo semestre. Na primeira metade do ano, a produção avançou 2,1% frente a igual período de 2012. Já no segundo semestre essa alta foi de apenas 0,3%.
O mês de dezembro foi marcado principalmente pela concessão de férias coletivas pela indústria de veículos automotores segundo Macedo, mas a razão também foi apontada por empresas de outros setores para justificar a queda na produção. Em dezembro, 1.300 companhias citaram as férias coletivas como influência, frente a 1.100 em dezembro de 2012, 500 em dezembro de 2010 e 250 em novembro de 2013.
- Há uma frequência maior de empresas em férias coletivas e também um ajuste maior da redução da produção - disse.
O principal impacto negativo em dezembro foi a produção de veículos automotores, que caiu 17,5%, depois de alta de 9,5% em agosto e setembro. Este é o terceiro resultado negativo e o pior resultado mensal desde o tombo de 29,3% em janeiro de 2012. A perda acumulada da produção de veículos automotores em três meses é de 22,9%.
O segmento de máquinas e equipamentos foi o segundo de maior influência, com recuo de 6,2%, seguido por farmacêutica (-11,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,3%).
- O recuo de 4,3% praticamente elimina o avanço de 4,6% de novembro. Houve paralisação de uma unidade produtiva do segmento de refino em dezembro - destacou Macedo.
A refinaria da Petrobras Repar, no Paraná, ficou fechada em dezembro depois do incêndio em sua unidade.
A indústria de bens de capital recuou 11,6% em dezembro, frente a novembro, a queda mais expressiva entre as categorias de uso. A menor produção de caminhões pesou nesse resultado, em função de férias coletivas em várias empresas do setor. Foi a maior queda para o indicador desde janeiro de 2012, quando recuara 17,9% e a segunda seguida.
A indústria de bens intermediários caiu 3,9% na mesma base de comparação - o maior recuo desde os 12,2% de dezembro de 2008. Com isso, anulou o ganho de 2,6% entre agosto e novembro. Já os bens de consumo tiveram queda de 2,5%, sendo 2,3% para semiduráveis e não duráveis e de 3% para duráveis.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
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Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
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