O Facebook completa hoje dez anos. Só chegou aqui ao Brasil algum tempo depois, mas foi em 4 de fevereiro de 2004 que Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes jogaram na rede o ‘Thefacebook’, desenvolvido inicialmente para conectar os estudantes de Harvard e instituições afins. O sucesso retumbante os levou a ganhar fronteiras. Hoje, 1,23 bilhão de usuários entram no Facebook pelo menos uma vez por mês. A empresa vale US$ 135 bilhões. Mais que isso, está explodindo no mundo móvel: no fim de 2013, as vendas por meio de anúncios em smartphones ou tablets ultrapassaram as feitas nos velhos PCs. É um caminho sem volta.
Na última década, Zuckerberg, que só completa 30 anos em maio, ficou podre de rico; o brasileiro Saverin tomou outros rumos, etc, etc. Tudo virou história. A questão agora é: qual é o futuro do Facebook?
Para quem vive da internet — e,
especialmente — do comércio eletrônico, é sempre bom pensar nisso,
porque essa ‘coisa’ chamada rede social tornou-se o território da
internet onde milhões de pessoas estão diariamente trafegando, trocando
ideias, abrindo segredos. Isso significa um grande potencial de
negócios.
Fui ouvir a opinião de quem entende, o
diretor de Estratégia da Agência Frog, Roberto Cassano, que é, digamos
assim, um ‘jovem veterano’ do mundo digital. Perguntei como ele acredita
que será o Facebook daqui a dez anos:O Facebook não vai ser mais exatamente como o conhecemos
hoje. Vai se pulverizar em diversos sistemas de aplicativos”, respondeu o
Cassano. “Ele será menos um endereço e mais uma família de soluções.
Hoje o Facebook tem o Instagram e o recém-lançado Paper, por exemplo. E
tudo bem se perder espaço no desenho atual. Esses aplicativos vão todos
levar para o mesmo mundo. Dentro de casa, acaba ficando tudo bem.”
Tudo a ver — e os resultados financeiros da
empresa comprovam isso. Ramificar-se é uma estratégia que comparo à da
Google, que prende você, por exemplo, pelo Gmail, pelo Drive ou até
pelos Maps, o que seja.A Google já tinha feito isso muito bem com o moribundo porém insistente Orkut, ferramenta que realmente ensinou o brasileiro a gostar e transitar pelas redes sociais interneteiras. Só que o Orkut não soube se adaptar e acabou perdendo seu espaço depois que o Facebook chegou por aqui, em 2008. Hoje, somos 88 milhões de "feicebuqueiros" bastante ativos. E o Orkut caiu no esquecimento.
Cassano garante, aliás, que é justamente essa capacidade de adaptação que garante saúde ao Facebook. É o contrário do que disseram, nos últimos tempos, pesquisas indicando que a rede de Zuckerberg está começando a entrar em crise. Palpite furado.
“Estudos como a da Universidade de Princeton não consideram esse lado mutante do Facebook”, diz Cassano. “Essas pesquisas fizeram confusão. A empresa não é um produto, ou seja, ela pode se transformar em um ecossistema completamente diferente”.
Fica a lição Facebook, via Cassano: saiba adaptar-se.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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