A massa da renda das mães que trabalham cresceu 83% nos últimos dez anos, um salto de R$ 446,3 bilhões para R$ 818,6 bilhões. A conclusão é de um levantamento do Instituto Data Popular, realizado a partir de dados de 415 mulheres trabalhadoras da Pnad e da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), ambas do IBGE.O crescimento da massa de renda desde 2003 foi bem superior ao de número de mães, que subiu 11,7%, o que indica que as trabalhadoras tiveram uma melhoria real nas suas respectivas rendas. No mesmo período, a população cresceu 14%.Segundo o Instituto Data Popular, o crescimento da massa da renda foi possível porque elas também foram absorvidas pelo mercado de trabalho. "A bancarização e o acesso ao crédito cresceram no País, de maneira geral. Para as mães, não foi diferente. Com o ingresso no mercado de trabalho formal, as possibilidades de obtenção de linhas de financiamento, abertura de contas correntes e poupanças, ampliaram-se", comenta o sócio e diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.Ainda conforme os dados do Data Popular, calcula-se que cerca de 38,6 milhões de cartões de crédito estejam na mão destas trabalhadoras.
Jornada duplaO outro lado desse crescimento na renda é o consequente aumento do número de atribuições que as mães trabalhadoras precisam dar conta. Hoje, muitas têm que fazer jornada dupla."O presente ideal neste Dia das Mães seria o de ter mais tempo livre para cuidar de si mesma e descansar", afirma Meirelles. "Nos últimos dez anos, elas estão ficando cada vez menos em casa, pois batalham bastante para maximizar a renda familiar", complementa.
AjudaA maioria das mulheres entrevistadas (55,2%) afirmaram contar com ajuda para cuidar dos filhos. O restante (44,8%) afirmou não ter qualquer apoio.A principal ajuda vem das próprias mães das trabalhadoras (34,2%) e dos maridos (32,6%). Sogras e filhas aparecem logo em seguida.Entre as mulheres casadas, 53% disseram não contar com a ajuda dos maridos. Já para 60% das solteiras e viúvas, o apoio da mãe é o mais importante, assim como 70,1% das divorciadas.
Presentes ficam abaixo da inflaçãoRio. Os presentes típicos do Dia das Mães tiveram aumento abaixo da inflação, de acordo com estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado ontem. A pesquisa analisou 31 itens usados para calcular o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e que estão na lista dos presentes mais procurados para as mães, como TVs e bijuterias.A maioria dos produtos e serviços estudados apresentou aumento de 6,01%, entre maio de 2012 e abril de 2013. O índice ficou abaixo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR) no período: 6,17%.Alguns produtos tiveram quedas de preços como agasalho feminino (-6,59%), aparelho de TV (-6,19%), máquina fotográfica (-2,51%) e celular (-2,31%).Conforme a pesquisa, os itens que compõem a lista de presentes no Dia das Mães que apresentaram os maiores aumentos, ficando acima da inflação, foram: os shows musicais (12,65%), as bijuterias (11,37%), os pacotes turísticos (10,08%), os instrumentos musicais (9,81%) e os restaurantes (8,72%).
Pesquisar é a saídaQuem escolheu como presente do Dia das Mães um dos itens que ficaram mais caros pode utilizar algumas estratégias para não extrapolar o orçamento.Além de fazer uma pesquisa de preços, o economista da FGV André Braz, responsável pelo levantamento, orienta que a melhor estratégia para o consumidor é pagar à vista, sem esquecer de pedir desconto.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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