domingo, 21 de abril de 2013

Romário lembra duelo entre Brasil e Uruguai no Maracanã

 Foto: André Mourão / Agência O Dia
O Brasil poderia ficar de fora da Copa do Mundo pela primeira vez e, assim, não conquistaria o tetra. Mas Carlos Alberto Parreira se rendeu a Romário, que foi chamado de última hora e, com dois gols, garantiu a vitória de 2 a 0 sobre o Uruguai e a classificação dramática diante de 101.670 pessoas no Maracanã.
Uma das maiores atuações individuais de todos os tempos é o primeiro episódio da série produzida pelo ATAQUE  com os personagens que fizeram história no principal palco do futebol mundial. Após dois anos e sete meses fechado para as obras do Mundial de 2014, o estádio receberá o primeiro evento-teste no próximo sábado, com a partida entre os amigos de Bebeto e Ronaldo.
O jogo entre Brasil e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa de 1994 foi o seu melhor no Maracanã?
ROMÁRIO: Com certeza. Do primeiro ao último minuto, foi o maior jogo que fiz pela Seleção. Foi o que mais me marcou. Na verdade, o melhor foi a final da Copa do Mundo. Por mais que tenha sido pênalti, foi o mais importante de todos. Mas esse aí foi o mais marcante.

Teve um clamor popular para você ser convocado. Você chegou com mais vontade naquele jogo?
O que aconteceu foi que um ano antes os caras tinham parado de me convocar porque não estavam acostumados com pessoas de personalidade forte. Os jogadores que não gostavam de uma atitude deles sempre abaixavam a cabeça. E eu reclamei que tinha sido colocado no banco. Fiquei meio p..., eles fizeram beicinho, ficaram de babaquice e não me convocaram. Nesse jogo eles viram que havia por parte do povo brasileiro um pedido para eu voltar. Na concepção deles, eles estavam me colocando numa fogueira e acabaram se f... Essa é a verdade. Tiveram que baixar a bolinha e ir comigo até quando eu quis. Mudou o negócio.

Antes do jogo, você já tinha um pressentimento que iria arrebentar?
Eu cheguei com muita vontade de fazer algo diferente. O pensamento era muito positivo. A galera da Seleção também me deu muita força para eu fazer o que eu fiz. Aquela atuação foi a melhor de todas que eu já tive, mas o grupo me ajudou muito.

Você é o quarto maior artilheiro do estádio...
Eu sou o quarto, mas talvez eu seja o que tenha a melhor média. Eu tenho muito menos jogos do que os três que estão aí na minha frente.

Quais outros jogos marcantes no Maracanã não saem da sua memória?
Teve a final contra o próprio Uruguai na Copa América (1989), 1 a 0, com um gol meu de cabeça, e nós fomos campeões. Com a camisa do Vasco tive momentos importantes, fui campeão. Fui campeão no Maracanã com a camisa do Flamengo. Pelo Fluminense, não fui campeão, mas aquele jogo que eu fiz o gol de bicicleta (5 a 2 no Guarani, pelo Brasileiro de 2003) me marcou porque foi o único de bicicleta da minha carreira. Agradeço muito ao Maracanã pela oportunidade que eu tive de jogar nele. Infelizmente, ninguém mais vai ter esse privilégio porque agora é outro estádio.
A história do Maracanã se confunde com a sua?
Eu tenho certeza de que o Maracanã é muito importante na minha vida. Também tenho certeza de que eu faço parte da história do Maracanã, mas ele é muito mais importante para mim do que eu para ele.

Tinha diferença jogar para cada uma das torcidas?
É claro que a torcida que mais leva o time para frente é a do Flamengo. A torcida do Fluminense é para mim, disparada, a mais charmosa, chega a ser até a mais bonita. E a torcida do Vasco depende muito da Força Jovem. É uma torcida que, na minha época, era uma torcida de profissionais. Muitos daqueles que faziam parte daquela torcida eram mercenários. Na minha época, infelizmente, a relação não era legal. Fora essa torcida, que é a maior, o Vasco sempre teve uma torcida presente.

Algum episódio você gostaria de esquecer?
Aquela final Vasco e Corinthians que a gente perdeu (Mundial de Clubes de 2000), em que o Edmundo perdeu pênalti. A gente jogando em casa, mais descansado do que o Corinthians porque eles estavam vindo de uma batida muito forte. Até mesmo os nossos resultados dos jogos anteriores eram melhores.

Teve até caneta em cima do Maradona...
Teve num Brasil x Argentina pela Copa América. Logo no primeiro lance, na saída, o Bebeto tocou para mim e eu coloquei debaixo da perna dele. São lances assim que marcam. Contra a própria Argentina dei dois balões em dois zagueiros e quase fiz o gol.
E as recordações da época de torcedor?
Cheguei a ir no Maracanã no máximo dez vezes torcer pelo time do meu pai, o América. Consegui ver o América ser Campeão dos Campeões. Como torcedor, foi a parte que mais me marcou.

O novo Maracanã será como o antigo?
Infelizmente, o Maracanã que eu conheci e que foi o grande palco de muitos que fizeram a história do futebol agora é outro estádio.

Houve muitas brigas no vestiário? Teve uma com o Evaristo de Macedo...
Acho que foi Flamengo x Vasco. A gente discutiu no vestiário, ele veio para cima de mim, eu levantei, e a galera separou. Quase que a gente saiu na porrada. Hoje a gente se dá muito bem. A gente se respeita. Eu gosto dele e sei que ele gosta de mim. A partir desse momento, a gente passou a se gostar e se respeitar mais porque ele mostrou quem ele é e eu mostrei quem eu sou.

O grande momento do Brasil no Maracanã seria a final da Copa de 1950. O jogo de 1993 foi então o que aconteceu de melhor com a Seleção no estádio?
Talvez tenha sido o jogo mais importante da história da Seleção depois de 1950. Mas eu não tenho muitos viúvos no futebol, como vários ex-jogadores. Talvez se tivesse sido outro jogador que tivesse feito a mesma apresentação, esse jogo estaria sendo falado hoje todos os dias por alguém. Mas como eu nunca fui de ter viúvo, porque sempre tive esse meu jeito de falar o que eu tinha vontade e contestar aquilo que estava errado, talvez as pessoas não deem importância. Mas eu sei da importância desse jogo e isso para mim é o que vale.
 Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança