
As articulações para a sucessão do vereador Edivan Martins (PV) na presidência da Câmara Municipal de Natal (CMN) apontam até o momento para um cenário confuso, imprevisível e - como é praxe - recheado de fortes emoções. Em meio a um emaranhado de candidaturas reais, outras fakes e de suposições, dois grupos aparecem com postulações praticamente postas. Uma delas é a de Amanda Gurgel (PSTU). A candidata do PSTU não deve alçar voos consideráveis e possivelmente se limitará à parceria com Sandro Pimentel (PSOL) e Marcos Ferreira (PSOL), colegas de afinidades ideológicas. Substancial mesmo é uma aliança que está sendo formatada por 16 parlamentares eleitos e reeleitos, além do atual presidente, Edivan Martins. Alguns dos integrantes deste grupo tem aproximação política com o prefeito eleito, Carlos Eduardo (PDT), outros nem tanto. Neste fim de semana, as articulações devem se intensificar e o "Grupo dos 17" tem reuniões marcadas para discutir a sucessão do legislativo municipal.Presidência tem controle da estruturaOs 29 vereadores da próxima legislatura terão disponível um subsídio mensal de R$ 15 mil, já com a promessa de reajuste dos vencimentos, uma vez que a autorização para isso já foi dada. Além disso, cada um deles disporá de um número de cargos comissionados para livre nomeação - até este ano eram 10 cargos, que somavam ao todo R$ 21 mil; e de embolsar R$ 21 mil da chamada verba de Gabinete.
O presidente da Casa, além das benesses comuns de um parlamentar, gerencia, outros cargos comissionados para acomodar aliados, negociar com os demais parlamentares e aumentar o círculo de auxiliares.
E não para por aí. Até este ano, os parlamentares que, por sorte ou por conveniência, reforçavam a base de sustentação da Prefeitura puderam dispor de muitas outras vantagens. A mais almejada era chamada de "porteira fechada", que é quando um vereador recebe para livre indicação uma Secretaria ou órgão importante da administração. Ele pode nomear, exonerar e contratar quem quiser.
Essa condição "privilegiada", segundo fontes , foi dada ao atual presidente da CMN, vereador Edivan Martins.
"Ele mandava e desmandava na Secretaria de Educação, mas depois que deixou a pasta", disse a fonte. Edivan era considerado um importante mobilizador junto aos demais colegas e defendia com desenvoltura e presteza a gestão de Micarla de Sousa (PV). Na relação legislativo/executivo os "menos abastados" geralmente não são esquecidos. De um jeito ou de outro, é dado a todos um lugar na administração.Câmara Municipal tem 463 cargos A estrutura da CMN foi recentemente redimensionada, quando a presidência extinguiu 265 cargos comissionados, embora tenha aumentado o valor dos salários e o orçamento acabou sendo o mesmo. Com as mudanças, as remunerações para os cargos de confiança na Câmara chegam a R$ 9 mil, no caso do diretor geral e do procurador-geral. A presidência da Câmara sustenta que a economia anual será de R$ 1,5 milhão. Os projetos que visam contenção de gastos, foram concebidos com a salvaguarda do Ministério Público. Na época da reestruturação, o presidente da casa, Edivan Martins, afirmou que estava preocupado porque com a chegada de oito novos vereadores porque o atual prédio do legislativo municipal não comporta a estrutura necessária.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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