Em severa crítica ao sistema carcerário brasileiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou ontem que preferia a morte a ter que cumprir pena num presídio no país. “Se fosse para cumprir muitos anos na prisão, em alguns dos nossos presídios, eu preferiria morrer”, protestou, ao responder se apoiava a adoção da pena de morte e da prisão perpétua no Brasil, em
palestra a empresários. Em seguida, o ministro disse ser contrário a ambas as penas, explicando que é necessário melhorar o sistema prisional, considerado por ele de “medieval”.Cardozo defendeu a melhora dos presídios para a reinserção social e evitou comentar as sentenças definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos companheiros de partido, José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, condenados no processo do Mensalão. “Como cidadão, tenho as minhas impressões. Mas, como ministro, não comentarei a decisão judicial.”
Barbosa se recusou a nominar os acusados ao ser indagado se esse seria o caso de José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil e apontado como o comandante do esquema. “Não vamos falar sobre pessoas”, disse o ministro, que visitou o Congresso para entregar convites para a sua posse na presidência do STF aos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
O presidente do PT, deputado Rui Falcão, divulgou vídeo no qual diz ter recebido as sentenças do STF com “extrema indignação” e “muita tristeza”. Para ele, a decisão foi “injusta”.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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