segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Desafio agora é a luta contra a miséria
O cenário parece incompatível com uma região que está a pouco minutos do Centro do Rio. Ao ser libertada do tráfico, Manguinhos mostrou uma das faces mais cruéis do domínio do poder paralelo: o território deserto de ações básicas de saneamento, onde serviços como coleta de lixo, calçamento, iluminação e esgoto nunca chegaram.
A pobreza absoluta é sentida no ar, fétido pela decomposição de animais mortos e línguas negras que saem dos barracos e deixam expostos fezes, restos de alimentos e entulhos. Nas ruas de lama, crianças dividem o espaço com urubus, ratos e porcos. A imagem é de caos e miséria extrema.
“Minha casa vive infestada de baratas e ratos. Ontem (sábado), eu estava dormindo no quarto e acordei com um rato caindo na minha cabeça”, conta a moradora de Manguinhos, a dona de casa Fátima Pereira, 52 anos. “Meus filhos já tiveram leptospirose duas vezes e tuberculose”, completa ela. Manguinhos tem o 5º pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio, uma coletânea de dados que mede a qualidade de vida dos lugares.
Um lixão a céu aberto na localidade João Goulart, atrás da estação ferroviária, atrai dezenas de animais, que se alimentam de lixo. Ao lado da montanha de entulho, cerca de 100 casas amontoadas — a maioria no reboco — dividem espaço com um valão, que transborda sempre quando chove e exala mau-cheiro.Na Rua Nossa Senhora de Aparecida, ao lado da Estação de Manguinhos, um poste caído em uma viela há um mês deixa moradores apreensivos. Para cruzar o local, as pessoas precisam passar agachadas. “Vivemos no meio da imundície”, afirma a auxiliar de serviços gerais Andréa Lopes, 42 anos, que mora na comunidade. “Ganho um salário mínimo por mês. Não tenho outra opção de onde morar, mas pretendo alugar minha casa assim que chegar a UPP. Quero pedir uns R$ 600 por mês”, avalia.
A miséria é agravada pela venda de crack. Centenas de usuários perambulam em busca da droga. Na ânsia de satisfazer o vício, eles perdem completamente a noção de realidade, a dignidade e ficam no chão, enrolados em lençóis ou abordam quem passa em busca de R$ 0,10 para comprar pedra e fumar.
“Fiquei triste ao ver uma criança jogada no chão e sendo destruída pelo vício maldito. Tenho um filho de 11 anos e trabalho todos os dias para dar a ele o melhor. Não há perspectiva de vida para estas pessoas”, disse, chorando, o motorista da Comlurb Antônio Francisco de Brito, 50 anos, que largou o que estava fazendo para amparar o menino viciado, que estava no chão, envolto a panos velhos e sujos.A região é uma das mais miseráveis do Rio. Segundo dados do Laboratório de Direitos Humanos da RedeCCAP (Centro de Cooperação e Atividades Populares), cerca de 50% das famílias quem moram no Complexo de Manguinhos, formado por 14 comunidades, vivem em situação de extrema pobreza, com rendimento per capita de até R$ 70 por mês. Outras 20% estão em condição de miséria, sem rendimento. A maioria, 70%, é considerada pobre, vivendo com meio salário-mínimo.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1
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Ordem: 1.º Imperador do Brasil
Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança
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