Em busca de diminuir a quantidade de seguros-desemprego pagos e, principalmente, movimentar o mercado de empregos, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), desde meados do fim do primeiro semestre, implantou novas regras para o sistema de seguro-desemprego. A partir de agora, o trabalhador potiguar desempregado que procurar as unidades do MTE buscando ser cadastrado no seguro-desemprego será incluído em um cadastro paralelo de vagas de emprego e, estando qualificado para uma vaga, poderá ser chamado por uma empresa, de uma forma parecida da que já ocorre com o Sistema Nacional de Emprego (Sine). O sistema é chamado de IMO (Intermediação de Mão-de-Obra), integrando tanto as vagas disponíveis como o perfil dos trabalhadores cadastrados.
Segundo o chefe do setor de seguro-desemprego da Delegacia Regional do Trabalho do RN (DRT-RN), Rodney Sivori, a integração do sistema facilita vários trâmites entre a empresa e o trabalhador. "A empresa que desejar utilizar o cadastro irá se favorecer, poisconhecerá o trabalhador por meio das informações contidas no sistema. Não vai precisar mais receber indicações de um ou de outro. Caso seja chamado, o trabalhador terá certo tempo para realizar uma adaptação na empresa. Se não der certo, ele retorna a receber o seguro", explica Rodney.
Em troca do benefício de participar do sistema e ter mais um meio de busca de vagas no mercado, o trabalhador terá que cumprir regras, como a de que quem for chamado a uma vaga por três vezes e não apresentar justificativas para as ausências, terá o benefício cortado. As regras, de acordo com Rodney, procuram inibir a ocorrência de pessoas que usam o seguro-desemprego como um suporte, ao invés de apenas ser um auxílio temporário. "Já teve casos aqui na unidade de que uma pessoa, que tinha acabado de receber a última parcela do auxílio e entrado em um emprego, ligar para saber quando poderia receber a última parcela. Por isso, o sistema tem certas regras de incentivo à recolocação no mercado. Muitos ainda acham que o seguro-desemprego é algo melhor do que trabalhar, infelizmente", conta o chefe do setor de seguro-desemprego.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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