O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou ontem a articulação para aprovar o projeto petista sobre a reforma política, que muda as regras para a eleição de deputados e vereadores e restringe doações privadas a campanhas.
Lula obteve apoio de líderes do PSB, PDT e PC do B ao relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), que deve ser votado em comissão especial na Câmara no dia 27.
O ex-presidente convocou os presidentes dos três partidos e comandou a reunião, que teve a presença do presidente do PT, Rui Falcão, e do líder do partido na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP).
Ele convenceu os aliados a apoiar o texto, apesar de divergências sobre a reserva de metade das vagas da Câmara, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Municipais para listas apresentadas pelos partidos.
Segundo a proposta, se o texto virar lei, o eleitor votará duas vezes, uma no candidato e outra no partido, e as cadeiras serão divididas meio a meio.
"Um ponto de consenso foi a defesa do voto proporcional, seja qual for o sistema de votação, se vai ter a lista partidária, como nós defendemos, ou se outro sistema. Mas o sistema proporcional, tal como existe hoje, é consenso. Mas isso passaria a valer a partir de 2014", disse o presidente do PT, Rui Falcão.
Políticos de outras legendas temem que a mudança beneficie mais o PT, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas que medem a preferência por partidos.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário