A medida que aumentará, em 30 pontos percentuais o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre carros importados, cujas fábricas possuem menos de 65% de conteúdo nacional e regional, deverá impactar nos preços de marcas como Kia, SSangYong, Hyundai e Chery, que têm conquistado cada vez mais espaço nas ruas de Fortaleza. A estimativa é do presidente da Fenabrave-CE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Fernando Ponte, que citou essas empresas como "as que vão sofrer muito".
Conforme avalia, as asiáticas que não estão há muito tempo no mercado brasileiro, com fábricas e aparato locais, dificilmente vão conseguir segurar os atuais valores.
Medida corajosa De acordo com Ponte, a medida do governo foi "corajosa" e "salutar" para fortalecer a indústria automobilística nacional, tanto de montadoras como de autopeças.
"Alguns desses carros estão vindo para cá sem uma estrutura adequada de pós venda, de peças, de manutenção. E a medida, de certa forma, pune aquelas que não vierem respaldadas desses fatores", avalia.
A partir do momento em que essas empresas nacionalizarem seu processo produtivo, diz, elas não se enquadrarão mais no imposto aumentado, o que, afirma, estimula o uso maior de mecanismos brasileiros.
No entanto, de acordo com Ponte, o incremento do IPI para os importados pode, naturalmente, desmotivar a chegada de outras companhias do exterior. "Mas importante mesmo é você estimular o mercado local, as empresas que estão aqui gerando renda e emprego no nosso País", pondera.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário