A desaceleração no mercado de trabalho voltou a dar sinais ontem no Brasil, com uma queda superior a 30% na geração de empregos formais que também pegou em cheio o Rio Grande do Norte. O cenário é apontado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mas não significa uma tendência, diz o vice-presidente do Conselho Regional de Economia, Janduir Oliveira da Nóbrega. "O viés é de alta para contratações", analisa.
Uma possível guinada no número de contratações - esperada, por exemplo, com realização de obras para a preparação do Brasil para a Copa do Mundo de futebol de 2014 - deverá surgir após um ano de enfraquecimento do mercado de trabalho, pelo menos no Rio Grande do Norte. As diferentes atividades econômicas do estado continuaram absorvendo novos trabalhadores, mas o ritmo diminuiu, na comparação com 2010 e também com anos anteriores.
Para se ter ideia, o estado encerrou o mês passado com um saldo de 4.596 novas vagas geradas - foram 19.367 contratações e 14.771 demissões, no período - mas o número ficou 32,27% abaixo do alcançado em agosto de 2010. Se considerado o período entre janeiro e agosto, o cenário fica ainda pior, com uma queda de nada menos que 70%, sobre o mesmo período do ano anterior.
A desaceleração foi puxada principalmente pela indústria de transformação e o setor agropecuário.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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