O PSDB fará uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo investigação sobre o acordo feito para a saída de Gleisi Hoffmann da diretoria financeira de Itaipu Binacional em 2006. Ela deixou o cargo para disputar uma vaga ao Senado, mas não foi "exonerada a pedido" e pode receber, pelo menos, R$ 145 mil. O diretor da empresa, Jorge Samek, diz ter demitido Gleisi porque ela desejava voltar ao cargo após a campanha.
Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou que a ministra fez um acordo para ser demitida em vez da "exoneração a pedido". Com isso, Gleisi pôde receber a multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), no valor de R$ 41 mil, além de sacar outros R$ 104 mil do fundo.
A exoneração foi publicada no dia 29 de março no Diário Oficial, dois dias antes do prazo para a desincompatibilização. O dinheiro entrou na conta de Gleisi quando ela já era pré-candidata, mas sua assessoria nega que o recurso tenha sido investido para esse fim A ministra também não quis explicar por que não pediu a exoneração. Quando deixou Itaipu, sua remuneração bruta era de R$ 31 mil.
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), destacou que o cargo ocupado por Gleisi na estatal reforça a suspeita sobre o caso. "Como diretora financeira, ela pagou a si própria. Isso precisa ser investigado". Além da representação na PGR, os tucanos também pedirão a convocação da ministra na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário