Figura fácil nos palcos e na mídia nas décadas de 80 e 90, e intérprete querida por compositores como Roberto Carlos e Milton Nascimento, a cantora Joanna anda sumida. Não lança um novo trabalho desde 2009 (o CD e DVD ‘Pintura Íntima’) e, nos bastidores do mercado fonográfico, o comentário é de que teria se mudado do Rio para o interior do Nordeste, em endereço desconhecido, como informou ontem o colunista Mauro Ferreira na coluna ‘Estúdio’.
Mas por onde anda Joanna? Tudo indica que o mistério rondaria sua vida pessoal. A cantora estaria numa séria briga judicial e, por isso, teria se refugiado em Pernambuco, em uma fazenda. Mas as mudanças não param por aí. Ela também trocou de agente. Há pelo menos um ano, não é mais empresariada pela fiel escudeira Marta Vieira, com quem trabalhou por pelo menos 15 anos. Atualmente quem responde por sua agenda de shows é o pernambucano Mario Luiz.
“Estamos na fase de produção de um novo CD e em breve vocês terão notícias da Joanna”, minimiza o empresário. Ele se refere ao álbum ‘Em Nome de Jesus, Joanna interpreta Padre Zezinho’, previsto para ser lançado no fim deste mês. “É uma comemoração dos 30 anos de carreira dela e 45 da vida musical do padre, que é um grande precursor da música católica no Brasil”, explica Mario.
Questionado sobre por que ela não concede entrevista, despista: “Ela só falará no lançamento da produção. Hoje vamos gravar um clipe numa igreja com o padre, em São Paulo, mas ela ainda não vai falar”, afirma Mario, garantindo que a cantora não mudará o estilo. “No próximo dia 18, ela irá ao Rio, para um show em Campos. Pela primeira vez, tocará as músicas novas, mas não significa que não incluirá sucessos”.
‘Roberto Carlos de saia’
Para os admiradores e amigos que trabalharam com a cantora, o mistério permanece. Por que Joanna demorou tanto para lançar outro CD?
“Ela era a preferida de compositores excepcionais. ‘Bailes da Vida’, do Milton Nascimento, foi composta para ela. Tinha muito prestígio nos anos 80, era considerada um ‘Roberto Carlos de saia’. Não acredito que tenha se cansado da música, algum fato pessoal deve tê-la afastado por um tempo”, opina o crítico Mauro Ferreira.
Assessora de Joanna por 10 anos e amiga desde 1978, Eulália Figueiredo também não acredita em desmotivação. “Em anos de trabalho, ela nunca sinalizou cansaço. Sempre foi feliz por prosperar na sua arte”, conta.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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