domingo, 26 de dezembro de 2010

Pesquisa diz:a parte mais cara da alimentação são Verduras, legumes e cereais


Com uma lata de leite condensado é possível consumir metade das 2 mil calorias diárias recomendadas para um adulto saudável a um custo de menos de R$ 3. Mas para ingerir a mesma quantidade de calorias com frutas seriam necessárias 10 maçãs, um gasto total de R$ 8. Apesar de frutas, verduras, legumes e cereais serem alimentos que devem compor a base da dieta do brasileiro, um estudo da Universidade de São Paulo mostra que, proporcionalmente, essa é a parte mais cara da alimentação.
O blog simulou a compra de alimentos suficientes para suprir o consumo aconselhado de uma pessoa por uma semana — sendo 2 mil calorias diárias. Em um dos carrinhos, foram utilizados apenas produtos de preparo rápido, fácil consumo e alto valor calórico, e R$ 73,10 se mostraram suficientes para completar a quantidade de energia estipulada. Já no segundo carrinho, foi gasto quase o dobro para atingir o total de calorias com frutas, hortaliças, legumes e outros alimentos considerados saudáveis.
Rafael Claro, autor da pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP sobre a influência do preço dos alimentos na composição da dieta do brasileiro, acredita que políticas de ajuste de preço podem ajudar a melhorar os hábitos alimentares da população. De acordo com o estudo, se o preço de frutas e hortaliças baixasse em 10%, o total de calorias ingeridas vindas desses itens aumentaria em quase 7,9%. “Hoje, apenas 2,5% da dieta dos brasileiros é composta pelo consumo de frutas e hortaliças. Se o preço desses produtos diminuísse, com certeza ocorreria um estímulo na demanda”, diz.
Em contrapartida, a ingestão de produtos industrializados, com muitas calorias e baixo teor nutricional só tem aumentado. “Nos últimos anos, esses produtos sofreram baixa de preço significativa. Quem viveu nos anos 1980 lembra como era caro um refrigerante. Hoje essa é uma das bebidas mais acessíveis”, lamenta. Para o especialista, as bebidas adoçadas estão associadas aos casos de sobrepeso e obesidade — condição que favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes tipo 2.
Claro defende a intervenção do governo para estimular o consumo de alimentos saudáveis e reduzir a ingestão daqueles que, em excesso, podem ser prejudiciais à saúde. “Num primeiro momento, os impostos das frutas, hortaliças e legumes produzidos no país deveriam ser removidos. A parcela de arrecadação do governo oriunda desses produtos é muito pequena e o impacto poderia ser compensado com a economia em gastos com saúde. Em seguida, alimentos com muita caloria e baixo teor nutricional deveriam sofrer maior taxação, para desestimular o consumo”, sugere. O estudo constatou que se o preço de bebidas adoçadas (refrigerantes, energéticos e sucos com adição de açúcar) aumentasse 10%, o consumo poderia cair em 8,4%.
De acordo com o especialista, além de alterações nos preços dos alimentos, a propaganda também tem grande influência na escolha dos produtos. “O ideal seria estabelecer uma equidade no ambiente para favorecer a compra de alimentos saudáveis. As empresas de produtos industrializados têm condições de manter promotores de venda nos supermercados e também de posicionar os itens em pontos estratégicos para estimular a venda. Frutas, verduras e legumes ficam em desvantagem”, explica.
Mudança de hábitosEspecialistas, no entanto, alertam que só uma política de ajustes de preços não resolveria o problema. Kênia Baiocchi, especialista em nutrição da Universidade de Brasília, acredita ser necessária uma mudança de comportamento para que o brasileiro cultive novos hábitos. “O preço é um ponto importante, mas é um conjunto de fatores que faz as pessoas seguirem certos hábitos de dieta. Apenas políticas de redução do preço de produtos naturais não resolveriam esse problema”, explica.
Para a nutricionista, falta de tempo e comodidade também atrapalham. “A correria do dia a dia, aliada ao forte apelo publicitário de produtos industrializados, dificulta bastante. Hoje você vai abastecer o carro e no posto de gasolina existem inúmeras opções de salgadinhos ou doces a baixo custo que podem enganar a fome naquele momento”, diz.
O servidor público aposentado Sebastião Andrade, 64 anos, concorda com a especialista. “As pessoas preferem alimentos de fácil preparo e acesso”, diz. Mas ele acredita que esse pensamento está começando a mudar. “Acho que chega um momento que elas percebem que a comodidade não vale a pena, já que vão gastar tempo e dinheiro com academia, ou até cirurgias, para se livrar do excesso de peso”, diz.
Maria Lúcia Mello, 58 anos, mora no Rio de Janeiro e diz que busca manter uma alimentação balanceada, e com muitas frutas por causa das vitaminas. “No Rio, as pessoas valorizam o cuidado com a saúde. Acredito que mais do que preço, é uma questão de conscientização”, diz. Já José Inácio Ferreira, 83 anos, diz que aprendeu a se preocupar com a alimentação com a idade. Morador de Rio Preto (MS), ele acha os preços das frutas e dos legumes muito altos no Distrito Federal. “Moro perto da região produtora, então o valor dos produtos é muito mais acessível. Aqui em Brasília as coisas são muito caras”, afirma.
"Hoje, apenas 2,5% da dieta dos brasileiros é composta pelo consumo de frutas e hortaliças. Se o preço desses produtos diminuísse, com certeza ocorreria um estímulo na demanda”
Rafael Claro, pesquisador da USPNovas regrasA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou em junho deste ano uma série de novas regras para a publicidade e promoção de alimentos e bebidas com baixo teor nutricional e elevadas quantidades de sódio, açúcar e gordura saturada ou trans. Um pacote de biscoito recheado, por exemplo, chega a conter 60g de açúcar em 100g de biscoitos, mais de quatro vezes superior ao limite. As empresas têm até a próxima quarta-feira para se adequar às novas regras.Opções de consumoA especialista em nutrição da UnB Kênia Baiocchi apresenta algumas alternativas para melhorar a qualidade da alimentação, economizar na compra de produtos saudáveis e fugir do apelo publicitário da indústria de guloseimas. Para quem come sempre fora de casa e não quer gastar muito, ela recomenda optar por restaurantes do tipo self-service que ofereçam boas opções de saladas e evitar alimentos congelados ou lanches rápidos. “Além de muito calóricos, esses produtos geralmente têm grande quantidade de sódio e de gordura saturada”, explica. Para os intervalos entre as refeições, a nutricionista indica as frutas de fácil transporte, como maçã e banana. “Se não tiver acesso a locais com frutas, tem que levar de casa”, recomenda.
E para melhorar o acesso às frutas, a dica é aproveitar as estações. “Tem que ficar atento às safras. As frutas da época são mais baratas”, explica. Fazer pesquisas de preços e procurar fim de feiras também são boas opções.
"Alguns produtos podem não ser tão vistosos, mas nem por isso estão estragados ou são menos nutritivos”, esclarece.
A preocupação maior da nutricionista é com as crianças. “É importante trabalhar o comportamento alimentar desde cedo. Acostumar o paladar da criança com produtos saudáveis. Mudar de atitudes depois de adulto é mais difícil”, diz. De acordo com a especialista, a maioria das pessoas sabe como manter uma alimentação saudável, mas poucas colocam esse conhecimento em prática. “As pessoas sabem que é importante comer frutas e verduras e praticar exercícios. Por isso, aliado à informação, são necessários outros incentivos”, diz. (CK).

Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança